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Fora da briga - Para Massa, a chance acabou

Fuji, Japão – O sexto lugar no GP do Japão não bastou para que Felipe Massa continuasse na disputa pelo título. Seu último fio de esperança se esvaiu antes da largada.

Após alinhar no grid com pneus para chuva, fez a troca. "O Kimi [Raikkonen] estava com os intermediários e disse que dava para correr. Como eu era o que mais podia arriscar, foi o que fiz", disse ele.

Foi o início da confusão. A FIA havia enviado um comunicado às equipes para informar que todos deveriam largar com pneus de chuva e obrigou a Ferrari a parar e trocar.

Eles caíram para o fim do grid e, com o safety car na pista, ficaram "presos". "A corrida foi um inferno, estava com a estratégia errada, tomei uma batida atrás, fui punido, coloquei combustível achando que iria chegar ao fim mas não deu, cheguei a estar em terceiro e tive que parar para reabastecer", enumerou.

A poucos metros da chegada, ele travou um duelo com Robert Kubica pelo sexto posto. "Eu passei, ele me passou, passei de novo e ele tentou passar outra vez."

Mas a colocação foi posta em xeque logo após o GP por causa da ordem da FIA para usar pneus para chuva. Após cinco horas, a FIA absolveu o time, que não recebeu o e-mail.

Fuji, Japão – Se Lewis Hamilton ainda tinha alguma coisa a provar na F-1, o fez ontem, no GP do Japão. E, como recompensa, saiu de Fuji muito mais perto do título.

O inglês venceu pela quarta vez na temporada, a primeira sob chuva. Graças ao abandono de Fernando Alonso, abriu 12 pontos de folga na liderança do Mundial. E, dependendo da combinação de resultados, pode tornar-se o primeiro estreante a ser campeão já na semana que vem, no GP da China.

"Foi a corrida mais longa da minha vida, ela parecia continuar e continuar", disse o piloto da McLaren, sorriso de orelha a orelha.

E Hamilton não exagerou. Foram duas horas exatas de corrida com a pista molhada, 25 voltas atrás do safety car, rodadas, batidas, punições e muita água. O GP do Japão foi um como a F-1 ainda não havia visto nesta temporada.

"Tinha água dentro do meu capacete e, como não podia abrir a viseira ou limpar, estava sofrendo", afirmou o líder do campeonato.

Mas, apesar da chuva, a largada foi na hora marcada. Porém, com o safety car. Após 19 voltas em comboio, muitas saídas de pista e trocas de pneus, os carros foram liberados.

Alonso manteve-se na cola do companheiro de equipe até parar para seu primeiro pit. Hamilton parou na volta seguinte, mas escolheu o momento certo e conseguiu colocar quatro carros entre ele e o espanhol.

Mas na 34.ª volta veio o primeiro susto. Um toque de Robert Kubica quase colocou a corrida a perder. Hamilton perdeu duas posições, mas continuou à frente de Alonso.

No giro seguinte, foi a vez do espanhol. Quase que numa repetição do que havia acabado de acontecer com seu parceiro de McLaren, foi acertado por Sebastian Vettel. Rodou, voltou, mas perdeu dois postos.

Foi na 42.ª volta, porém, que Alonso viu diminuir sua esperança de sagrar-se tricampeão. Perdeu o controle do carro na Curva 3, por causa da água, bateu forte e abandonou, forçando nova entrada do safety car.

Para a sorte de Hamilton, ele havia retomado a liderança justamente na volta anterior. E lá ficou até receber a bandeirada, à frente da dupla finlandesa que completou o pódio: Heikki Kovalainen, da Renault, e o ferrarista Kimi Raikkonen.

"Correndo ali no molhado, liderando e fazendo a última volta eu pensei em algumas corridas do Senna, do Prost, e naquele momento senti que estou a caminho de conseguir coisas parecidas com as que eles conseguiram", disse.

"Não vou festejar hoje [ontem] à noite", disse. Nem se ele quisesse. No motorhome da McLaren, Anthony Hamilton não deu margem para dúvida. "Nada de comemorações. Ele vai para a cama cedo", falou o pai do piloto de 22 anos.

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