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Hegemonia argentina

A Argentina conquistou cinco das dez edições da Copa Sul-Americana. No ano passado, o Independiente reforçou a força do país vizinho na competição – bateu o Goiás na final. Boca Juniors (2004 e 2005), San Lorenzo (2002) e Arsenal (2007) completam a lista dos hermanos. Os outros campeões são Cienciano-PER (2003), Pachuca-MEX (2006), Internacional (2008) e LDU (2009).

Desta vez, todos sabem desde o começo: a Copa Sul-Americana de 2011, que começou ontem, vale uma vaga na fase preliminar da próxima Libertadores – no ano passado o "brinde" só foi oficializado com a competição em andamento. Mas falta resolver um detalhe: a CBF ainda não sabe o que fazer se o Vasco, atual campeão da Copa do Brasil, vencer também o segundo torneio mais importante da América do Sul. A "tendência" é o Coritiba herdar a vaga.

É o que diz Virgílio Elísio, diretor de competições da CBF, considerando o vice-campeonato do Coxa na Copa do Brasil. "Em princípio, sim. Parece lógico e justo, mas ainda não temos uma posição definitiva. Não formalizamos nada sobre isso", diz.

O Vasco abre sua participação na Sul-Americana no dia 10 de junho, no confronto mata-mata com o Palmeiras. Atlético x Flamengo, Atlético-MG x Botafogo e Ceará x São Paulo são os outros duelos emparelhando brasileiros na primeira fase. Os quatro classificados chegam às oitavas de final, quando o evento se torna efetivamente internacional.

Para esta temporada, Marcos Malucelli, presidente do Atlé­­tico, único clube paranaense na disputa, prometeu valorizar a competição, afirmando que o objetivo é chegar pelo menos às semifinais. O discurso de Renato Gaúcho, porém, é outro. "Minha intenção é usar mesmo duas equipes [uma para a Sul-Ame­­ricana e outra para o Bra­­sileiro]", disse ontem o técnico, preocupado com a situação do time, na zona de rebaixamento da Série A.

Ontem a Sul-Americana teve início em sua fase preliminar. Para os brasileiros, é a chance de chegar à Libertadores em apenas dez partidas, um caminho mais curto até que o da Copa do Brasil – cuja trajetória varia de dez a 12 jogos.

Em 2010, a Sul-Americana distribuiu pela primeira vez uma vaga para o principal torneio continental, acarretando uma grande polêmica: o Goiás, mesmo rebaixado no Nacional, poderia ter chegado à Liber­­tadores, porém perdeu a final para o Independiente, da Ar­­gen­­tina. Se tivesse vencido, tiraria da Libertadores o Grêmio, quarto colocado do Brasileiro e treinado à época por Renato Gaú­­cho.

Não há mudanças para este ano: se um clube do país for campeão da Sul-Americana, cai a quarta vaga na Libertadores via Brasileiro. Isso inclusive está bem claro no regulamento do Nacional.

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