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Buenos Aires – Ontem, os jogadores do Atlético engrossaram a lista de brasileiros que passam por Buenos Aires todos os dias (cerca de 350 mil visitantes por ano). Novidade para um time que, mesmo com três Libertadores no currículo, ainda não havia pisado o solo argentino em sua história. Mas não é apenas conhecer a cidade e jogar no Monumental de Nuñez que eles querem. A palavra turismo sequer faz parte do vocabulário rubro-negro antes do jogo de amanhã contra o River Plate, pelas oitavas-de-final da Sul-Americana.

Apesar de alguns membros da delegação terem ficado em dúvida sobre qual opção assinalar no cartão de ingresso ao país vizinho no item que perguntava a finalidade da viagem, depois de um rápido debate no avião chegou-se a uma resposta que não poderia ser diferente da que foi dada pelo goleiro Cléber antes do embarque.

"Trabalho, claro. Podemos entrar para a história do clube, que pela primeira vez vai enfrentar um argentino. Construiremos isso se conseguirmos dois bons resultados e levarmos o time à classificação em cima dos arqui-rivais do futebol brasileiro. Esse negócio de turismo não existe", discursou o Mexerica, que fará sua primeira partida internacional oficial.

Mesmo carregando uma boa dose de responsabilidade, a viagem da equipe foi descontraída. Tudo era motivo para brincadeiras e gozações entre os jogadores. Desde uma tentativa desajeitada de falar espanhol de qualquer um que não os colombianos Ferreira e Herrera até a briga para sentar na janelinha.

Com o fundo musical variando do axé ao sertanejo, vindo de algum tocador de DVD em volume mais alto do que os demais passageiros gostariam, os solteiros do time ainda se engraçavam para duas torcedoras atleticanas presentes no vôo, e vice-versa.

"Sempre fica melhor de trabalhar com o ambiente leve, sem aquele sentimento de pressão. Temos um jogo dificílimo pela frente, mas todos com o pensamento que dá para voltar com um grande resultado", explicou o atacante Paulo Rink, um veterano de partidas internacionais – com cidadania alemã, já disputou até uma Eurocopa pelos tricampeões mundiais.

Ele admite que depois do jogo, caso o time consiga um bom resultado, o Atlético pode fazer um pouco de turismo pela capital argentina. "Se conseguirmos o nosso objetivo, podemos até sair para dar uma olhada na cidade", afirmou.

Na verdade, se passar pelo River, o Furacão possivelmente volte ao país para enfrentar o Boca Juniors – que pega o Nacional-URU nesta fase, em Salta, no norte da Argentina. Sempre a negócios.

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