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Bergisch Gladbach – O quadrado mágico tem provado em campo que duas peças são fundamentais para seu equilíbrio: Kaká, o sacrificado, e Robinho, o incendiário.

Com os dois na equipe a seleção brasileira não fica totalmente desprotegida na meia-cancha e, se perde força física na área rival, ganha dinâmica para abrir a costumeira retranca do oponente. O ex-são-paulino é a alma do quadrado. Atuou em todos os 17 jogos em que o esquema foi adotado por Carlos Alberto Parreira.

O time já provou ficar mais envolvente quando Robinho substitui um dos pesadões centroavantes – Adriano e Ronaldo – que são titulares do quarteto original, ao lado de Ronaldinho Gaúcho e Kaká. Foi o que se viu na goleada por 4 a 1 contra o Japão.

O ex-santista se destacou jogando pela primeira vez na vaga de Adriano. E o Brasil cresceu com ele. A nova versão, mais light, já havia mostrado eficiência no ensaio do Mundial, a Copa das Confederações de 2005. Só que com Robinho ocupando o posto do ausente Ronaldo no ataque campeão. Até então, o melhor momento do esquema.

Contratado pelo Real Madrid no fim da temporada passada e se dizendo mais maduro com a experiência no Campeonato Espanhol, o atacante vem ganhando espaço rapidamente. Quando não inicia a partida, entra em campo durante o jogo para empolgar o time.

No Mundial, pela primeira vez ele atuou ao lado de Ronaldo no ataque. Na Copa das Confederações, com Adriano, levantou a taça com cinco vitórias, dois empates e duas derrotas. Na campanha, o Brasil teve testes duros contra Alemanha e Argentina. Convenceu. E goleou os argentinos na decisão: 4 a 1. Marcou 26 vezes e sofreu 11 gols. Com o quarteto, Robinho também participou de uma goleada sobre o Chile. Desta feita, jogando no meio, ao lado de Kaká, com Adriano e Ronaldo na frente: 5 a 0.

Apesar de ter cinco vitórias em cinco jogos, com 18 gols marcados e nenhum sofrido, o rendimento do quarteto original nunca saltou aos olhos dos brasileiros. Um desempenho inflado pelos jogos contra as frágeis equipes da Venezuela, do Lucerna e da Nova Zelândia.

Mas a adoção do ousado sistema de jogo fez bem à seleção. Desde o empate por 1 a 1 com o Uruguai nas Eliminatórias, quando estreou a novidade, Parreira teve 76,4% de aproveitamento dos pontos disputados. Sem esse desenho tático, a eficiência diminui. Em 36 partidas, foram 17 vitórias, 15 empates e 4 derrotas. Apenas 61% de aproveitamento.

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