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Munique – A torcida exige um outro Brasil diante da Austrália. A estréia apagada e o magro 1 a 0 contra a Croácia foram mal-recebidos por quem chegou ao país da Copa com a credencial de fã mais vitorioso entre as 32 seleções. De sensação, o futebol verde-amarelo ainda precisa convencer. Hoje, de preferência, cobram os brasileiros.

Não bastasse a má atuação em si, a insatisfação com o time nacional cresceu após o massacre argentino sobre a Sérvia e Monenegro. Se antes do jogo de sexta os portenhos desfilavam sem alarde na Alemanha, ontem já se sentiam no direito de alfinetar os rivais pentacampeões.

"Vai ser difícil nos alcançarem. Cadê Brasil?", provocavam três argentinos diante de um grupo de brasileiros. "Precisamos de no mínimo uma goleada para mostrarmos quem realmente somos", disse o mineiro Leandro Dutra.

Enquanto os maiores rivais abusaram do belo e envolvente futebol, os fãs do Brasil reclamaram da burocrática falta qualidade. "Me decepcionei. O time esteve muito aquém do esperado. Não precisa dar espetáculo, mas tudo o que queríamos era ver alguma jogada bonita. Não existiu nenhuma", lamentou o estudante Alexandre "Mutuca".

"Técnicos de plantão" pelas ruas de Munique sugeriam a saída de Ronaldo para um resultado mais reconfortante neste domingo. Já a ala australiana defendia a manutenção do camisa 9 – confirmada pelo técnico Carlos Alberto Parreira.

"Se ele jogar nossas chances aumentam", afirmou o agente de turismo australiano Pedro Kalla. "Ninguém esperava muito da Austrália antes do Mundial. Mas o 3 a 1 sobre o Japão contagiou o povo", disse Robert Gibbens. "Se jogarem como na primeira partida, podemos até ganhar. Mas o empate é o mais provável", analisou Andrew Zaf, com um canguru inflável nos ombros.

Proporcional

Muitos torcedores presentes na estréia reconhecem que a torcida também ficou devendo. Em maior número, os croatas anularam as manifestações verde-amarelas. "Se o futebol fosse melhor, com certeza a festa seria maior. Agora será diferente", crê o alagoano Thiago Luiz.

À primeira vista, o Brasil sairá na frente. "Vai estar tudo amarelo e vão pensar que são só brasileiros", reconheceu a australiana Kate Fobbes. Ontem, a cor (a mesma dos dois uniformes, só um pouco mais escura no caso dos estrangeiros), já dava o tom da cidade.

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