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Poucas modalidades esportivas reúnem tantos adversários unidos pelos laços sanguíneos como o automobilismo. Na Stock Car não seria diferente: seis duplas com parentesco de primeiro grau estarão no "pega" programado para domingo, no Autódromo Internacional de Curitiba, em Pinhais. Serão cinco pares de irmãos e um formado por pai e filho na busca por um bom resultado na segunda etapa da temporada.

Os irmãos Thiago e Tarso Marques, Ricardo e Rodrigo Sperafico, Cacá e Popó Bueno, Pedro e Marcos Gomes, Luciano e Leonardo Burti, além Chico e Daniel Serra (pai e filho, respectivamente), têm muito mais em comum do que a mera afinidade familiar. Como se fossem parte do código genético, o gosto pela velocidade e o espírito competitivo parecem estar no DNA desses 12 pilotos.

Nenhuma dessas duplas de parentes "pés de chumbo" está na mesma equipe, o que reforça a idéia de que a Stock Car cada vez mais se configura como um cenário perfeito para uma autêntica disputa em família. Dessa lista, apenas Leonardo Burti não compete com o irmão, pois ele está na Stock Car Light, enquanto Luciano (assim como os outros 11) está na Stock V8. Contribuiu para a chegada de pilotos-parentes o fim dos tempos em que a Stock Car era dominada pelos "dinossauros" (veteranos), com a recente presença de pilotos mais jovens e menos experientes.

Entre os irmãos, uma constatação é recorrente: o fato de ter alguém da família já disputando a categoria foi um forte fator de influência para o ingresso de outro. "Se eu não tivesse aqui ele não teria vindo", diz Rodrigo Sperafico, desde 2004 na Stock, ao se referir ao irmão que estréia neste ano. "Eu acompanhava nos bastidores e me interessei pela categoria", lembra o mano Ricardo. "Aos poucos o Tarso foi indo nas minhas corridas e, diante do grau de profissionalismo da Stock, sentiu vontade de participar também", afirma Thiago Marques.

Tal proximidade entre concorrentes sugere algumas dúvidas. Mesmo em equipes diferentes, será que alguém pode "aliviar" na hora de ultrapassar ou dar passagem para um "ente querido" em um momento decisivo no campeonato, em que somente o irmão tem chances de conquista? "Vai depender muito da situação, do momento. Mas acredito que, quando é com o irmão, o companheirismo deve falar mais alto", destaca Ricardo Sperafico.

"A tendência é dizer não, mas acho que tanto eu como ele (Thiago) ficaríamos irritados se um pudesse ajudar o outro e não o fizesse", estima Tarso Marques.

A despeito da rivalidade, o que não falta é o conselho de irmão para ensinar aos menos experientes as manhas dos melhores pontos de freadas, aceleração, etc. "Dei umas dicas sobre o circuito de Curitiba, onde ele (Ricardo) ainda não correu", admite Rodrigo Sperafico. "Aprendi sobre o rendimento do pneu que estamos usando este ano (idêntico ao da Light) com meu irmão", diz Luciano Burti, se valendo da experiência do irmão na Light.

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