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Evento é comparado à Fórmula 1

Apesar ser essencialmente norte-americano, o UFC vem ganhando o mundo nos últimos três anos. Canadá, Inglaterra e Irlanda do Norte tornaram-se sedes regulares de eventos

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Dana White e os irmãos Frank e Lorenzo Fertitta podem rir à toa. Em 2001, o ex-instrutor de ginástica e a dupla de empresários do ramo de cassinos fizeram o mais lucrativo negócio de suas vidas. Compraram pela bagatela de US$ 2 milhões um campeonato de artes marciais mistas (MMA) criado pelo brasileiro Rorion Gracie oito anos antes.

No prazo de nove anos, transformaram o Ultimate Fighting Championship (UFC) no maior torneio de lutas do mundo – desbancando o boxe no espaço da mídia – e em uma imensa máquina de dinheiro, que hoje vale 500 vezes seu valor de compra.

De acordo com estimativa da revista Fortune, a marca UFC já ul­­trapassou o valor de US$ 1 bilhão. O evento, que acontece em média 12 vezes por ano, é transmitido para 140 países e atinge quase 500 milhões de lares ao redor do planeta. Nos Estados Unidos, por exemplo, 6 milhões de pacotes televisivos foram vendidos no ano passado. Uma cidade que abriga uma edição faz cerca de US$ 13 milhões girarem em sua economia em um único fim de semana.

"Os donos do UFC sempre acreditaram que esse esporte, se promovido como tal, não só como espetáculo, poderia se tornar um dos maiores do mundo. Era só questão de tempo para as pessoas prestarem atenção e perceberem o quanto nossos atletas treinam duro e quanto esse esporte é grande", disse o diretor-gerente de desenvolvimento internacional do UFC, Marshall Zelaznik, à Ga­­zeta do Povo.

O sucesso em escala mundial do UFC teve duas grandes chaves. A primeira, implantada desde 2001, foi a adoção de regras rígidas. Ao contrário dos primeiros anos, quando puxar o cabelo do adversário e golpear a coluna vertebral era permitido, ataques desse tipo foram banidos e 31 regras criadas. A segunda chama-se "The Ulti­­mate Fighter (TUF)", reality show que forma novos atletas e conta com participação de ídolos do MMA na função de técnicos.

"O verdadeiro grande ponto de virada veio em 2005, com nossa série de televisão. Através dela, as pessoas que normalmente não assistiriam ao UFC, nos deram uma segunda chance. Muitos entenderam que por trás do show estão grandes atletas e pessoas. A partir daí ficamos cada vez mais fortes", explicou Zelaznik, que garantiu a intenção de exportar o reality para outros países, inclusive ao Brasil.

Hoje, em Boston, a partir das 23 horas, o torneio chega à sua edição de número 118. Destaque para o confronto entre Randy Couture, 47 anos, e o ex-pugilista campeão mun­­dial James Toney, que fará sua estreia no MMA. No grande duelo da noite, BJ Penn terá sua revanche contra Frank Edgar, na disputa pelo cinturão dos leves. O evento é transmitido no Brasil pelo sistema pay-per-view.

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