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O Vasco está longe da disputa do título do Brasileirão, mas jogou como se estivesse bem vivo. O Corinthians segue na briga pelo caneco, porém tem atuado como candidato ao rebaixamento. Na noite desta quarta-feira, em São Januário, em partida atrasada da 18ª rodada, a equipe carioca fez 2 a 0 na paulista, cada vez mais em crise. Zé Roberto, impedido, e Eder Luis marcaram.

Na tabela, o triunfo não muda muita coisa. Agora com 41 pontos, o time de Paulo César Gusmão pulou para 11ª colocação, aspirando uma vaga na Copa Sul-Americana de 2011 e até sonhando com um lugar na Libertadores. Por outro lado, essa vitória faz diminuir as críticas em relação aos constantes empates. São 14. Ninguém teve mais igualdades que o Vasco.

O Corinthians, por sua vez, segue na terceira colocação, com 49 pontos. Mas com sensação de estar em posição bem pior. Antes considerado favorito, o clube do Parque São Jorge entrou em declínio nas últimas seis rodadas. Dos 18 pontos disputados, apenas dois conquistados. São dois empates e quatro derrotas. O Timão está a três pontos do vice-líder Fluminense e a cinco do líder Cruzeiro.

Só para constar, com o resultado desta noite, o Corinthians não conquista o título simbólico do primeiro turno. Este ficou nas mãos do Fluminense. Na próxima rodada, o Vasco visita o Atlético-GO, domingo, às 16h, no estádio Serra Dourada, em Goiânia. Já o Corinthians, reforçado por Ronaldo, joga contra o Guarani, no mesmo horário, no estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas.

Baile vascaíno

Só deu Vasco. No primeiro tempo, a equipe de São Januário foi soberana. Preocupado demais em proteger a sua defesa, desgastada pelos 14 gols em seis jogos, o Timão se resguardou muito no início da partida, enquanto o clube carioca aproveitou bem os espaços pelas pontas.

Foi assim que chegou ao primeiro gol aos dez minutos. Carlinhos fez bom cruzamento da esquerda e Zé Roberto, em posição de impedimento, completou para o gol. De qualquer maneira, a zaga corintiana nada fez para tentar evitar o gol. Parou, como se estivesse em pane. Do mesmo jeito das últimas rodadas.

Melhor para o Vasco. Envolvente e com Felipe em noite inspirada, os donos da casa colocaram o Corinthians na roda. Pelas pontas, pelo meio... O Timão só chegou com perigo real aos 18, quando Danilo cruzou e Iarley perdeu gol incrível. Detalhe perto dos inúmeros erros de passe e posicionamento.

Por falar nisso, aos 21, novamente o Vasco soube, inteligentemente, aproveitar as falhas defensivas do rival. Felipe deu ótima assistência para Eder Luis. O atacante entrou em velocidade na grande área e chutou colocado, no canto esquerdo de Julio Cesar. Depois do segundo gol, os anfitriões diminuíram o ritmo.

Mas e o Corinthians? Ah, o Corinthians errou passes, perdeu bolas e não teve chance alguma de reação. E quando a fase é ruim, Chicão, exímio cobrador de falta, acertou o companheiro William em vez do gol. O Timão ainda teve uma baixa. Aos 29, Alessandro, machucado, deu lugar a Boquita.

Timão em declínio

No retorno para a segunda etapa, as duas equipes estavam com as mesmas formações. E as mesmas posturas. O Vasco tentando o terceiro gol, e o Corinthians ainda tentando se achar em campo. Ao time carioca restava mesmo seguir como no primeiro tempo, já que os paulistas pareciam não encontrar forças para reagir.

A fase do Timão ficou representada em Souza. O atacante recebeu passe de Roberto Carlos na esquerda da grande área e, na tentativa de deixar a bola passar para pegar mais adiante, escorregou. A torcida do Vasco, então, não perdeu tempo e deu risada.

Logo em seguida, vaias. Souza deixou o campo para entrada do argentino Matías Defederico. Na saída, vaiado por corintianos e vascaínos, o atacante fez gestos obscenos para os cariocas. Ouviu em troca um "Uh, vai morrer, uh, vai morrer".

Com a entrada do argentino, o Timão esperava ter mais velocidade. Mas não, a noite não estava para os alvinegros. Mesmo com o Vasco mais lento, cadenciando o jogo, a equipe comandada pelo interino Fábio Carille pouco fazia para reagir.

O Vasco, então, resolveu não correr riscos. Administrou sua vantagem, tocou a bola de um lado para o outro, deixou o adversário ainda mais nervoso e se aproveitou das bolas paradas. Mas não conseguiu ampliar o marcador. Ampliou, sim, a crise no Corinthians e sua autoestima.

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