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Maria Luiza Passos tem experiência em Jogos Paralímpicos, mas a emoção por estar em Londres é a mesma de uma novata | Hugo Harada/ Gazeta do Povo
Maria Luiza Passos tem experiência em Jogos Paralímpicos, mas a emoção por estar em Londres é a mesma de uma novata| Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo

A mesa-tenista paranaense Maria Luiza Passos tem muita história para contar. Ela participa de competições internacionais desde 1990 e estreia nesta quinta-feira (30) em sua terceira Paralimpíada. Apesar da experiência, as disputas não se tornaram uma "banalidade" para ela. Bastou perguntar sobre a sensação de participar de mais uma edição dos Jogos para as lágrimas começarem a escorrer do rosto da "vovó" da delegação. Com 61 anos, ela é a atleta mais experiente do país em Londres. "É difícil explicar este momento. Não dá para descrever. Dá um arrepio gigante. É um momento tão único na vida da gente, porque batalhamos muito para chegar aqui", diz Maria Luiza. Em Londres, ela integra uma verdadeira legião de conterrâneos. Com cinco representantes, o Paraná é o estado com mais atletas na equipe do tênis de mesa. Além dela, nascida em Bandeirantes, vão competir Welder Knaf e Ezequiel Babes (os dois de Guarapuava), Claudiomiro Segatto (Coronel Vivida) e Iliane Faust (Francisco Beltrão). Maria Luiza faz parte de uma geração que ajudou a expandir a prática da modalidade, principalmente em Curitiba. Ele tornou-se cadeirante aos 23 anos em decorrência de um tumor na coluna. Cinco anos depois, após passar a frequentar a Associação dos Deficientes Físicos do Paraná (ADFP), começou a praticar atletismo e, depois, tênis de mesa. Ao lado de Luiz Algacir da Silva – paranaense falecido em 2010 e que participou de quatro Paralimpíadas – é apontada como referência em um dos esportes paralímpicos mais tradicionais (está no programa dos Jogos desde a primeira edição, em 1960). "Eu fui convidado pela Malu [Maria Luiza] para jogar. Ela, o Algacir, ajudaram a alavancar o tênis de mesa no Paraná", aponta Segatto. "Os competidores do estado começaram a ter bons resultados e isso incentivou a formação de outros atletas. É um pólo que se desenvolveu", reforça Maria Luiza. Assim como ela, todos os outros paranaenses estreiam hoje na Paralimpíada. A veterana, mãe de dois filhos e avó de três netos, é considerada uma zebra em sua chave, mas diz não se importar com isso. "O meu grupo está muito complicado. Tem uma chinesa e uma coreana, então já viu... Mas vou à luta, com cara e coragem. Estou aqui para isso", fecha.

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