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Disputas por herança podem causar conflitos familiares, desgastes emocionais e prejuízos financeiros significativos. Mesmo situações aparentemente simples, como dividir imóveis ou investimentos, podem gerar longos e caros processos judiciais quando não há clareza sobre a distribuição de bens. Além disso, a falta de planejamento sucessório resulta em problemas tributários e custos inesperados com o Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), custas processuais e honorários advocatícios, que podem consumir uma parte expressiva do patrimônio.
Empresas familiares, participações societárias e investimentos exigem atenção especial, pois a má organização pode prejudicar a continuidade dos negócios e gerar disputas entre herdeiros.
Segundo Maurício Beleski de Carvalho, sócio fundador do escritório BC Advogados, “o planejamento sucessório não é apenas uma questão financeira, mas uma forma de preservar relações familiares e garantir que a vontade do titular do patrimônio seja respeitada de forma clara e legal, com eficiência fiscal e agilidade na transição, evitando o drama do inventário.”
O que é planejamento sucessório e seus pilares de proteção
O planejamento sucessório é um conjunto de estratégias jurídicas e financeiras que visa organizar a transferência de bens e direitos, minimizando conflitos, reduzindo a carga tributária e a burocracia do inventário. Ele assegura que os desejos do titular do patrimônio sejam cumpridos de forma ágil e segura.
Instrumentos-chave do planejamento sucessório
O planejamento pode ser realizado com o uso de um ou mais destes instrumentos, escolhidos conforme a complexidade do patrimônio e a estrutura familiar:
- Testamentos: O ato de última vontade permite que o testador disponha de até 50% do seu patrimônio (a chamada "parte disponível"), sendo os 50% restantes a legítima, reservada aos herdeiros necessários. O testamento define legados específicos e a forma de divisão, reduzindo ambiguidades e a necessidade de intervenção judicial.
- Doações em Vida: Permitem a transferência de bens para os herdeiros ainda em vida, comumente com reserva de usufruto vitalício. O doador mantém o direito de uso do bem (morar, alugar) até seu falecimento, mas a propriedade já é do herdeiro. É uma forma de antecipar a herança e, em alguns casos, otimizar a tributação do ITCMD (dependendo da legislação estadual).
- Holdings Familiares (O Método Mais Robusto): Estruturam o patrimônio (imóveis, participações, investimentos) em uma Pessoa Jurídica (PJ). Os bens são integralizados ao capital social, e o proprietário distribui quotas sociais aos herdeiros, reservando para si o controle da gestão.
- Previdência Privada (VGBL/PGBL) e Seguro de Vida: Estes não são considerados herança e, na maioria dos estados, não entram no inventário nem estão sujeitos ao ITCMD. Garantem liquidez imediata aos beneficiários indicados, o que é crucial para cobrir despesas de inventário e sustento familiar logo após o falecimento.

PARE AGORA! Você Sabe quanto custa um inventário? E o preço da briga de família?
Você passou a vida construindo seu patrimônio. Mas um único erro – a falta de planejamento sucessório – pode transformá-lo em uma guerra familiar e um festival de taxas, impostos (ITCMD), custas judiciais e honorários. Não deixe que o processo de inventário consuma anos e devore o seu legado.
Descubra na entrevista exclusiva com o especialista Maurício Beleski de Carvalho como você pode BLINDAR seu patrimônio, garantir que sua vontade seja 100% respeitada e economizar fortunas em impostos. Continue lendo para transformar incerteza em segurança.
Jornalista GAZETA DO POVO : Quais são os maiores erros que famílias cometem ao lidar com heranças?
Adv. Maurício: O principal erro é a inação, o famoso "deixar para depois" ou o medo de tratar do assunto. A falta de testamento, planejamento tributário ou organização patrimonial gera disputas intensas entre herdeiros e processos judiciais que podem durar anos, desvalorizando o patrimônio. O custo emocional e financeiro da falta de planejamento é sempre maior que o custo da organização.
Jornalista GAZETA DO POVO: Como um testamento pode prevenir conflitos familiares?
Dr. Maurício: O testamento é a ferramenta máxima para respeitar a vontade do titular. Ele permite que se defina claramente a distribuição da parte disponível (50%), crie-se legados específicos e, fundamentalmente, imponha cláusulas restritivas (como incomunicabilidade ou inalienabilidade) aos bens, evitando que sejam dilapilados ou partilhados em divórcios dos herdeiros. Isso é blindagem jurídica.
Jornalista Gazeta do Povo: Qual o papel das holdings familiares no planejamento sucessório e na proteção?
Dr. Maurício: As holdings centralizam o patrimônio e a gestão, profissionalizando as relações familiares. Na sucessão, a transferência de cotas (ações) da holding é muito mais simples e rápida do que o inventário de múltiplos imóveis, facilitando a continuidade dos negócios. Adicionalmente, são o instrumento ideal para a Proteção Patrimonial, separando os bens da pessoa física e, quando bem estruturadas, reduzindo a incidência de ITCMD e otimizando o Imposto de Renda sobre aluguéis.
Jornalista Gazeta do Povo: Qual o maior risco de transferir bens sem um planejamento especializado?
Dr. Maurício: O maior risco é o erro fiscal e a nulidade. Transferências mal planejadas podem gerar bitributação (IR e ITCMD), serem consideradas adiantamento de legítima indevido ou, pior, serem contestadas por outros herdeiros, gerando o litígio que você tentava evitar. Planejamento jurídico especializado é essencial para evitar o barato que sai caríssimo.
Jornalista Gazeta do Povo: Como iniciar o planejamento sucessório de forma prática?
Dr. Maurício: O primeiro passo é o inventário patrimonial e emocional. Vamos analisar alguns pontos:
- Levantamento Completo: Listar todos os bens, direitos, dívidas, participações societárias e seguros.
- Definir Objetivos e Herdeiros: Entender a dinâmica familiar (quem deve receber o quê) e quais são as prioridades: redução de impostos, continuidade empresarial, ou proteção de um herdeiro.
- Buscar Assessoria Especializada: Somente um advogado de sucessão poderá estruturar testamentos, doações, holdings e seguros em um plano integrado e legalmente seguro, evitando fraudes e contestações.
A Variável Tributária: a urgência do planejamento ITCMD
O Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) é um imposto estadual e seu percentual varia drasticamente de um estado para outro, influenciando diretamente a decisão de planejar em vida. A alíquota máxima fixada pelo Senado Federal é de 8%, mas muitos estados já adotam alíquotas progressivas, aplicando o percentual máximo para heranças de maior valor.
O planejamento prévio pode ajudar a aproveitar isenções ou alíquotas mais favoráveis, ou até mesmo a diferença entre alíquotas de doação e causa mortis.
Tabela Comparativa de Alíquotas do ITCMD (Principais Estados)
| Estado (Exemplo) | Tipo de Alíquota | Faixa de Alíquota (Herança/Doação) | Observação |
Nota Importante: A tendência nacional é que todos os estados adotem a progressividade de alíquotas, aumentando a tributação para grandes patrimônios. Planejar agora pode proteger o patrimônio antes de uma mudança legislativa que eleve o custo fiscal da sucessão.
A Matemática da Segurança: Vantagens da Blindagem Sucessória
| Vantagem | Descrição Detalhada |
Checklist: o caminho para o Planejamento Sucessório organizado
- Faça um levantamento completo do patrimônio e das dívidas.
- Avalie a necessidade de um testamento, mesmo que apenas para dispor sobre a parte disponível, ou para nomear um tutor para filhos menores.
- Considere a criação de uma holding familiar se o patrimônio incluir múltiplos imóveis ou participações societárias.
- Planeje a parte tributária com antecedência para se beneficiar das alíquotas e regras atuais do ITCMD.
- Comunique-se com sua família sobre as suas intenções (com cautela e se apropriado) para evitar surpresas e ressentimentos futuros.
- Conte com assessoria jurídica especializada para garantir que todas as decisões estejam dentro da lei e sejam o mais eficientes possível.
Planejamento Sucessório: seu legado de paz e segurança
O planejamento sucessório é um ato de responsabilidade, amor e cuidado com o futuro da sua família. É a ferramenta mais eficaz para evitar conflitos, proteger o patrimônio e garantir uma transição clara e segura de bens.
Não espere a dor da perda para iniciar a organização. Ao estruturar sua sucessão em vida, você assegura que sua vontade seja respeitada e que seu legado seja de harmonia e prosperidade, e não de disputa judicial.
Para saber mais sobre planejamento sucessório e estratégias de proteção patrimonial, acompanhe o escritório Beleski de Carvalho Sociedade de Advogados nas redes sociais.
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