Elisa Serra Negra, a engenheira agrônoma que comemora 10 anos empreendendo no universo da moda e prova que adotar práticas ESG é para todos os portes de negócio, inclusive os pequenos.
Elisa Serra Negra, a engenheira agrônoma que comemora 10 anos empreendendo no universo da moda e prova que adotar práticas ESG é para todos os portes de negócio, inclusive os pequenos.| Foto: arquivo

Preocupações com aspectos ambientais e sociais marcam a trajetória da empresa, que completa 10 anos em 2023

A Sui Generis Camisaria irá completar 10 anos de atuação em 2023 com história marcada pela preocupação com a sustentabilidade em sua produção. A empresa com sede em Curitiba utiliza matérias-primas de fornecedores com certificação de uso racional de água e energia, evita desperdícios de tecidos e o uso de plástico, reduzindo a geração de resíduos, bem como a neutralização das emissões de carbono referente ao frete da matéria prima até o produto acabado, produção local e pagamento justo para seus colaboradores

Elisa Serra Negra é fundadora e diretora criativa da Sui Generis Camisaria. Engenheira agrônoma  e designer de moda pelo Centro Europeu  abraçou o empreendedorismo e o mundo fashion,  criando a marca em 2013.

“Eu sempre gostei muito de camisas e nunca achava modelos com modelagens legais. Era sempre aquela camisa muito básica, com gola e punho sem graça. Foi aí que eu entendi que queria uma camisaria”, conta.

A  sustentabilidade está presente desde o início. Elisa queria que a marca contribuísse para uma indústria da moda mais consciente, sem uma produção excessiva e exploratória, resultando em peças de alta qualidade. Então, utiliza sua experiência como agrônoma para escolher matérias-primas de qualidade, inovadoras e e com menor potencial de poluição ambiental.

“Eu acredito que para sobreviverem e atenderem às próximas gerações as empresas deverão adotar práticas com responsabilidade ambiental e social. Em alguns anos, o poder de compra vai estar concentrado nas mãos de consumidores mais conscientes e que têm bastante preocupação com essas questões. A sustentabilidade deve ser intrínseca aos negócios”, pontua a empreendedora que prova que entre os pequenos negócios é possível adotar práticas ESG, desde a concepção dos produtos.

A Sui Generis também tem preocupação social. Desde 2018, a marca usa desenhos feitos por pessoas autistas para estampar peças. “Tenho um sobrinho autista de 21 anos  e sei que a arte é uma forma de terapia. Sempre gostei de arte. Chegou um ponto em que eu queria fazer uma coleção de camisas com estampas, lembrei dos trabalhos de artes do meu sobrinho e pensei em criar uma linha com esses desenhos”, explica Elisa.

Em 2020, a empresa foi reconhecida como negócio social e atualmente Elisa realiza uma curadoria de obras de artistas autistas de todo o Brasil. Os trabalhos são comprados pela Sui Generis e 10% do valor da venda das peças são destinados para a Associação de Atendimento e Apoio ao Autista (Aampara), em Curitiba, e também à Associação Contato, em Lavras, Minas Gerais.

A Sui Generis Camisaria é filiada ao LIDE Paraná. Semanalmente, nesta coluna, o LIDE Paraná traz exemplos de empresas e empreendedores paranaenses ou em expansão no Paraná que são exemplos a se inspirar.