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Inovação

Cartão unificado facilita deslocamento de passageiros na RMC

Mudanças na Rede Metropolitana de Transporte se estendem a mais passageiros em 2016

 | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
(Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo)

Há um ano, os 1,1 milhão de passageiros do transporte coletivo na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) se depararam com uma nova situação: o fim da integração financeira entre linhas da capital e municípios vizinhos, sem a renovação do contrato entre o governo estadual e a prefeitura curitibana.

Isso resultou no desafio de retomar a evolução da qualidade no serviço prestado aos usuá- rios das linhas de ônibus nas rotas intermunicipais. O primeiro passo foi dado em agosto de 2015, com a renovação da tecnologia. Um novo sistema de bilhetagem, gerenciado pela Metrocard, foi adotado inicialmente em 13 municípios metropolitanos que compõem a Rede Integrada.

Tira-dúvidas: quem precisa fazer o cartão unificado?

Novidades: mais conforto e serviços

Agora, o sistema está sendo expandido para as linhas da Rede Não Integrada em 18 municípios metropolitanos, que passam a usar o cartão unificado Metrocard. Não há mais cartões diferentes para linhas que fazem conexão com a capital e aquelas que não permitem integração. Em cinco cidades da Rede Não Integrada, o cartão é novidade: Campina Grande do Sul, Quatro Barras, Mandirituba, Quitandinha e Balsa Nova. Em outras, que já utilizavam nas linhas integradas, como Colombo e Piraquara, o benefício se estende às rotas sem integração.

“Esse único cartão respeita os valores de tarifa de cada região, facilitando a interação do usuário com linhas tanto da Rede Metropolitana Integrada quanto da Não Integrada”, destaca o presidente da Associação Metrocard, Lessandro Zem.

A partir da unificação do cartão Metrocard, as linhas da Rede Não Integrada passam a contar também com os serviços que visam ofertar mais comodidade e segurança aos passageiros. “Essa foi uma vantagem que veio com a desintegração, há um ano. A Metrocard trouxe uma tecnologia mais atualizada, que permite não só controlar a receita, mas também controlar o próprio funcionamento de todo o sistema”, ressalta o presidente da Comec (Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba), Omar Akel.

Potencial Máximo de tecnologia

Todos os serviços oferecidos pelo novo cartão Metrocard e vários outros que virão são resultado da parceria da Associação Metrocard com a Transdata Smart, empresa pioneira e uma das líderes de mercado no segmento de tecnologia em mobilidade urbana.

O diretor de negócios da Transdata Smart, Devanir Magrini, destaca que as condições em que a associação das duas empresas com a Comec foi efetivada é o que permite aos passageiros da RMC serem beneficiados com o máximo do potencial que a tecnologia digital pode oferecer para maior eficiência e desempenho à gestão do transporte público.

“A gestão transparente dos serviços prestados é total. Essa transparência é algo que ainda não acontece muito no Brasil. Além disso, essa parceria trouxe uma condição para que pudéssemos aplicar tudo que era possível em tecnologia e, junto com a Metrocard, começar a virar referência”, diz o diretor da Transdata, empresa presente em 22 estados e até no exterior, com mais de 600 projetos em andamento.

Problema resolvido

A unificação do cartão Metrocard começou em janeiro de 2016. A associação que representa as empresas de transporte coletivo metropolitano se programou para que a transição ocorresse de forma gradativa, sem impacto à população. No fim de fevereiro, como a antiga operadora dos cartões, que era responsável pela leitura e armazenamento dos dados, não repassou as informações à Metrocard, parte dos usuários ficou sem acesso aos créditos recém-adquiridos.

O impasse gerou filas nos postos de atendimento, já que houve uma corrida para trocar os cartões. Segundo a Metrocard, boa parte dessas pessoas não precisava ir com tanta pressa fazer o cartão unificado: 20% dos usuários nas filas eram isentos, tanto idosos como pessoas com deficiência, cujos atendimentos demoram mais em função da biometria facial e documentos adicionais, como laudos.

No dia 1° de março, após intervenção da Comec, a Metrocard recebeu as informações mínimas necessárias para resolver o problema do sistema que envolve a transferência dos créditos comprados e a carregar. Os dados estavam sendo solicitados ao antigo fornecedor desde outubro de 2015.

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