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Mobilidade Urbana

Velocidade média: a base para um transporte coletivo mais eficiente

A atratividade e a capacidade do transporte público de competir com o individual depende de um aumento da velocidade média. Para isso, a priorização dos ônibus precisa se tornar o foco da gestão das prefeituras e órgãos estaduais e federais envolvidos. “Só 1% do transporte metropolitano de Curitiba conta com faixas exclusivas, o equivalente a 60 quilômetros dos 5,8 mil operados na Região Metropolitana”, afirma o empresário Ronaldo Bittencourt, da viação Castelo Branco.

Embora o Brasil conte com cerca de 4,8 mil quilômetros de faixas exclusivas, considerando BRT, corredores e faixas, este número ainda é pequeno e deveria se tornar uma das prioridades de investimento. “A pintura de uma faixa, em sendo possível, é a solução mais fácil e rápida. É sinalização no asfalto e fiscalização pelo poder público. Isso pode gerar 5% de ganho de tempo, o que já é muito para o passageiro, que pode estar mais com a família, trabalhar ou estudar mais”, diz Bittencourt.

O ganho de rapidez do transporte coletivo levaria a um círculo virtuoso: redução do tempo de viagem, melhoria do equilíbrio econômico-financeiro de contratos e menor pressão dos custos sobre a tarifa. “Isso traz desenvolvimento econômico para a cidade, atrai investidores, turismo e muito mais. Os benefícios vão além: há diminuição de risco de acidentes, queda do uso de combustível, que se reverte no longo prazo em função do próprio usuário e poder público”, acrescenta o empresário.

Obras estruturantes

Não são apenas as faixas exclusivas que trazem velocidade ao transporte coletivo, mas a realização de obras estruturantes. Um desses exemplos é o Trevo de Atuba. Algumas linhas do sistema metropolitano tiveram queda de 1h50 para 1h10 no tempo de viagem.

Na perspectiva de Bittencourt, o ganho de velocidade e a priorização do transporte levam também a outros benefícios sentidos na pele pelos usuários: a possibilidade de ampliar a capilaridade das linhas e a frequência dos veículos. O motivo? “Quando o ônibus não está parado no congestionamento, a mesma estrutura pode atender a mais pessoas. É possível, inclusive, modificar a atual regra do transporte: criar linhas para gerar demanda e não o contrário”, afirma Bittencourt.

Para isso, um dos caminhos é o investimento em educação da sociedade como um todo. “Exige-se um aumento de consciência da população. É preciso demonstrar que o transporte público, quando é prioridade, ele não beneficia apenas quem está dentro do ônibus, mas toda a estrutura e a mobilidade urbana de uma região. Até quem está parado no semáforo vendo o ônibus passar é beneficiado de alguma maneira”, diz Bittencourt.

Este olhar cuidadoso para a priorização e realização de obras que tragam benefícios mensuráveis ao transporte coletivo é a mudança que se espera para o sistema crescer de forma estruturada.

Assista ao último episódio da segunda temporada do Metrocast e entenda quais devem ser os critérios para a instalação de novas faixas exclusivas e como a nova geração que está chegando ao mercado de trabalho pode contribuir para esta mudança de perspectiva para o setor.

Até o próximo Metrocast!

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