Gestão de pessoas nas empresas exige habilidades técnicas e conhecimento das novas demandas sociais.
Gestão de pessoas nas empresas exige habilidades técnicas e conhecimento das novas demandas sociais.| Foto: Pixabay

Semana corporativa com quatro dias, home office, trabalho híbrido, proteção de dados pessoais, assédio, incentivos às práticas de bem-estar e diversidade são apenas algumas das novas pautas que rondam o dia a dia das equipes de Recursos Humanos e Gestão de Pessoas das empresas atualmente. Aliadas a essas demandas, somam-se questões antigas como política trabalhista, plano de cargos e salários, desenvolvimento dos colaboradores, além dos problemas e situações pontuais do cotidiano de qualquer ambiente corporativo e que acabam desafiando gestores, equipes e que, se mal administrados, podem colocar em risco o resultado e a produtividade das empresas.

A edição 2022 do Relatório de Tendências de Gestão de Pessoas do Great Place To Work (GPTW) confirmou que essas são algumas das “demandas urgentes” nas empresas que se preocupam com o bem-estar de seus profissionais. A pesquisa, realizada com mais de 2,6 mil pessoas, entre eles líderes e gestores de RH de todo o Brasil, mostrou ainda o impacto da pandemia de Covid-19 e das novas tecnologias no ambiente do trabalho.

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Além do “prematuro” processo de transformação digital para o qual muitas corporações não estavam preparadas, os colaboradores se depararam com novos fluxos de trabalho e até mesmo a forma de se relacionar com seus gestores e colegas de trabalho foi impactada.

 <em>O historiador Yuval Noah Harari é um dos professores do curso Pessoas, Gestão e Comportamento da pós-digital da PUCPR. | Divulgação</em>
O historiador Yuval Noah Harari é um dos professores do curso Pessoas, Gestão e Comportamento da pós-digital da PUCPR. | Divulgação

O historiador Yuval Noah Harari, professor titular da Universidade Hebraica de Jerusalém e um dos professores do curso Pessoas, Gestão e Comportamento da pós-digital da PUCPR, afirma que o ser humano precisará se reinventar várias vezes ao longo de sua carreira profissional e que a mudança é a única constante. Em seu best seller 21 lições para o século 21, Harari diz que “a perda de muitos trabalhos tradicionais, da arte aos serviços de saúde, será parcialmente compensada pela criação de novos trabalhos humanos”.

 <em>Com a expansão do home office, a forma de relacionamento entre as equipes precisou se adaptar para não sofrer impacto. | Pixabay</em>
Com a expansão do home office, a forma de relacionamento entre as equipes precisou se adaptar para não sofrer impacto. | Pixabay

A importância de se investir no desenvolvimento das lideranças ficou evidente na edição deste ano do relatório GPTW. Para 42,6% dos entrevistados, esse deve ser o principal foco para garantir a construção de ambientes de trabalho emocionalmente saudáveis e para o alcance de resultados estratégicos. Características como “resiliência”, “alinhamento com a estratégia” e “empatia e gestão humanizada” foram os aspectos mais valorizados no perfil das lideranças. A comunicação interna é outro ponto que precisa ser melhor trabalhado nas empresas, segundo 49,2% dos entrevistados.

No curso Pessoas, Gestão e Comportamento da pós-digital da PUCPR, uma das profissionais que aborda esse tema é Daniela do Lago, professora e especialista em Carreira com mais de 20 anos de experiência na área. Além de assuntos relativos à comunicação interna e à imagem corporativa, equipes capacitadas a trabalhar e desenvolver a comunicação assertiva e humanizada, com foco na inclusão e na diversidade, tendem a encontrar mais facilmente as soluções para os problemas cotidianos ou até mesmo para fazer a gestão de uma crise corporativa.

PRODUTIVIDADE

A forma com que as corporações conduzem as questões relativas à saúde mental de seus trabalhadores ganharam mais destaque depois do início da pandemia para 80% dos entrevistados do GPTW.

Entre as empresas, ações como rodas de conversa (56,6%), treinamento das lideranças (46,4%), terapia on-line como benefício (34,5%), contratação de especialistas da área de Psicologia para atender as pessoas da empresa (24,3%) e avaliação de saúde mental dos colaboradores (23,7%) vêm se tornando uma realidade.

 <em>Flexibilidade da carga horário no home office precisa ser repensada pelas empresas. | Pixabay </em>
Flexibilidade da carga horário no home office precisa ser repensada pelas empresas. | Pixabay

Um dos fatores essenciais para os gestores é compreender as mudanças culturais desse atual momento no ambiente corporativo, como a nova dinâmica do teletrabalho, por exemplo, que vem flexibilizando a carga horária e questionando o “teatro da produtividade” – ocupar as horas de trabalho com relatórios, reuniões e documentos dispensáveis apenas para preencher as horas do colaborador.

E esse padrão continua sendo repetido no trabalho remoto, de acordo com o relatório Kiling Time at Work realizado pelas empresas de software Qatalog e GitLab, que entrevistou mais de 2 mil trabalhadores nos Estados Unidos e no no Reino Unido.

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