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Uma cidade para todos. Uma premissa de integração social. Uso de inteligência para construir uma cidade que ofereça mais qualidade de vida para todos. Esses três conceitos se complementam para formar o que vem sendo buscado cada vez mais por poder público, universidades e iniciativa privada: a cidade inteligente. Atingir o status de “Smart City”, ou seja, uma cidade com sustentabilidade econômica e socioambiental ecom serviços de qualidade disponíveis a todos os cidadãos, significa garantir o bem estar de toda uma sociedade. 

Mas por que quando falamos em Smart City, logo pensamos em “soluções tecnológicas”? É simples: porque a tecnologia ganhou um papel fundamental nessa transformação. “A tecnologia tem permitido é pensar no todo e agir de forma isolada. Isso faz parte do conceito de Smart City: entregar o que é necessário para cada pessoa e ao mesmo tempo ter uma política ou uma estratégia única que faça essa integração”, explica Cleverson Renan da Cunha, coordenador de empreendedorismo e incubação da Agência de Inovação Universidade Federal do Paraná (UFPR). 

Se a relação entre governos e iniciativa privada muitas vezes é tomada de conflitos, a busca pela transformação de uma cidade em Smart City tem colocado todas essas pontas de um mesmo lado. Grande parte das ideias e recursos vem da iniciativa privada, mas o poder público tem o papel fundamental de facilitar esse ambiente. “O poder público não precisa ser o único indutor. Ele pode ajudar. Estamos falando daquelas dores que existem na sociedade. Muitas delas se barram em questões regulamentais, burocráticas, e o poder público, comprometido com isso, pode facilitar o processo e essa adoção se torna mais rápida. Ele tem que garantir que os serviços cheguem, circulem, de forma a realmente garantir o bem estar da sociedade”, defende Rodrigo Martins, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP). 

Há pouco mais de dois meses, Curitiba foi reconhecida como a cidade mais inteligente do Brasil pelo levantamento Connected Smart Cities. O topo no ranking atingido pela capital paranaense foi puxado por resultados nas áreas de investimento municipal, transparência e tecnologia. E além das iniciativas promovidas pela prefeitura, a cidade hoje tem uma dinâmica, muito baseada na sua complexidade econômica, que oferece um ambiente de conexões tão necessárias para o sucesso dessas manifestações (confira algumas dessas iniciativas e manifestações abaixo). 

Na opinião de Beto Marcelino, co-fundador do iCities – organização que tem objetivo de prover projetos e soluções para cidades inteligentes –, o destaque de Curitiba neste conceito não é por acaso. Entre as iniciativas que favorecem o surgimento dessas iniciativas para transformar a capital paranaense em cidade inteligente, ele cita os hackatons. “Neles alguns dados se tornam disponíveis para melhoria de alguma operação do serviço público que necessita de novos processos a favor da população. Os hackatons vêm sendo feitos constantemente pela prefeitura e órgãos públicos, isso promove uma rápida melhoria, caso o processo selecionado seja implementado.”