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O Brasil está entre os países que menos punem crimes contra jornalistas, segundo um levantamento do Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ). Realizado pela organização com sede em Nova York, o Índice de Impunidade Global, divulgado na segunda-feira (29), calcula o número de assassinatos de jornalistas sem resolução em relação à população de cada país.

Nesta edição, 14 países foram incluídos. O Brasil é o décimo do ranking, com 17 casos não resolvidos de setembro de 2008 a 31 de agosto deste ano. A Somália encabeça a lista pelo quarto ano consecutivo, seguida por Síria, Iraque, Sudão do Sul, Filipinas, Afeganistão, México, Colômbia e Paquistão.

Nos 11 anos em que é feito o ranking, o Brasil foi incluído nove vezes. No ano passado, o país ficou na oitava posição

Na última década, ao menos 324 jornalistas foram silenciados por meio de assassinatos no mundo, diz o CPJ. Em 85% dos casos, ninguém foi condenado.

A metodologia do ranking considera apenas ataques deliberados contra um jornalista específico em retaliação contra seu trabalho -repórteres mortos em combate ou em coberturas que oferecem perigo, como protestos, não são contabilizados.

Fora da lista do ano passado, o Afeganistão voltou a ser incluído após um ataque suicida que teve como alvo um grupo de repórteres e deixou nove deles mortos em setembro. A Colômbia também voltou a aparecer após o sequestro seguido de morte de jornalistas equatorianos em março deste ano.

A falta de justiça para assassinatos de jornalistas cria uma clima de censura, alerta a organização, que divulga o levantamento para marcar o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade de Crimes contra Jornalistas, 2 de novembro.

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