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Em uma tentativa desastrosa de reescrever a história, o programa afirma que Cleópatra era negra e que a noção comumente aceita de que ela era grega é baseada em mentiras
Em uma tentativa desastrosa de reescrever a história, o programa afirma que Cleópatra era negra e que a noção comumente aceita de que ela era grega é baseada em mentiras| Foto: Netflix/Divulgação

No que é indiscutivelmente uma contribuição muito melhor para o registro histórico do que o próprio programa, a nova minissérie documental em quatro partes da Netflix, "Cleópatra", alcançou a duvidosa honra de receber o que provavelmente são as mais baixas avaliações de aprovação da audiência na história da TV.

"A Rainha Cleópatra" atualmente possui uma desanimadora taxa de aprovação de 2% da audiência no popular site de críticas Rotten Tomatoes, com as críticas dos especialistas não sendo muito melhores, com 10%.

No centro da tempestade de areia que atinge a série documental da produtora executiva Jada Pinkett Smith, estão questões sobre a origem étnica de Cleópatra.

Em uma tentativa desastrosa de reescrever a história, o programa afirma que Cleópatra era negra e que a noção comumente aceita de que ela era grega é baseada em mentiras.

Nas palavras de uma mulher que aparece no trailer da série: "Lembro da minha avó dizendo: 'Não importa o que te ensinem na escola. Cleópatra era negra.'" Esse sentimento é ecoado por muitas das supostas grandes mentes da esquerda radical, que não veem problema em distorcer o registro histórico em nome da justiça social.

Um artigo no The New York Times intitulado "Medo de uma Cleópatra Negra" faz a afirmação questionável de que, embora Cleópatra talvez não fosse geneticamente negra, ela era "culturalmente negra".

Citando Shelley Haley, uma professora emérita de estudos africanos e clássicos, que provavelmente deveria ter seu doutorado revogado, o artigo afirma:

"Quando dizemos, de forma geral, que os antigos egípcios eram negros e, mais especificamente, que Cleópatra era negra, estamos reivindicando-os como parte de uma cultura e história que conheceu opressão e triunfo, exploração e sobrevivência."

Por essa lógica, os irlandeses também devem ser negros, pois eles também experimentaram opressão e triunfo, exploração e sobrevivência. Isso dá um novo significado ao termo "Black Irish [Irlandês Negro, termo que geralmente se refere a pessoas na Irlanda que têm características físicas que são consideradas diferentes do estereótipo tradicional dos irlandeses, como cabelos escuros e pele mais escura]", suponho.

É claro que tudo isso pressupõe que a história global das pessoas negras deve ser reduzida à opressão e à luta, como se a história negra tivesse começado e terminado com a escravidão nos Estados Unidos.

Esse é o discurso político que a esquerda radical decidiu promover.

E é político. Tina Gharavi, a diretora de "Rainha Cleópatra", admitiu isso em um artigo que escreveu para a Variety, no qual ela percebeu "o quanto seria um ato político ver Cleópatra interpretada por uma atriz negra."

É uma perspectiva absolutamente bizarra de que a História deve ser corrompida para criar histórias com pessoas negras. É muito mais racista do que quase qualquer outra coisa afirmar, de forma indireta ou não, que a história negra não existe e deve ser roubada dos outros.

Existem inúmeros exemplos de histórias com pessoas negras, da África à América e ao Japão, que estão ansiosas para serem contadas.

A história de Mansa Musa, considerado o homem mais rico da história do mundo, não merece ser contada? Sua jornada pelo Norte da África até chegar a Meca, na atual Arábia Saudita, jogou a economia de cada lugar que visitou no caos devido aos seus gastos inimagináveis.

E a história de Robert Smalls, um escravo que roubou um navio de guerra confederado, navegou em busca da liberdade, lutou na Guerra Civil e depois se tornou um congressista. É uma história negra real e genuína, sub-representada e uma história do excepcionalismo americano.

Parece ser o assunto perfeito para uma série da Netflix. Em vez disso, tudo o que temos é um lixo politicamente motivado e antihistórico.

Em uma rara vitória para a verdade, a Netflix recebe um olho roxo em forma de pirâmide como resultado dessa minissérie.

A Netflix deveria pegar esse fracasso faraônico e refletir sobre como realmente retratar a história. A precisão e a verdade devem ser deixadas de lado em nome da política? Claro que não.

O que fica claro é que "Rainha Cleópatra" deve se perder nas areias do tempo, como ruínas que nunca mais verão a luz do dia.

Alguém tem uma sarcófago para emprestar?

©2023 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês.
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