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O que se entende por conservador: Aquilo que essencialmente diferencia o conservadorismo das demais correntes políticas, em primeiro lugar, é o fato de não ser o pensamento conservador uma corrente política em si, mas sim um modo de vida que reflete, em determinados momentos, as opções por certas políticas — por isso, também, o conservador abre mão de quaisquer panfletos ideológicos ou cartilhas que busquem determinar “a retidão de uma conduta conservadora”. Em segundo lugar, o que distancia o conservadorismo das demais correntes ideológicas, é o apreço primário e irrevogável pelos pilares que sustentam a cultura ocidental — aquilo que Roger Scruton denomina de “Ordem social contínua”. Nesse campo, Russell Kirk denominou o conservadorismo como uma “não-ideologia”, ou seja, a negação da própria ideologia. 

Nesse interim, podemos afirmar que ser conservador é uma tomada de consciência daquilo que naturalmente já somos; assim como um feto tem o instinto de preservação de sua existência, o adulto não alienado tem consciência da necessidade de preservar a essência do ordenamento social, jurídico e ético da comunidade que o recebeu e no qual ele vive. 

Este ensaio não é uma busca de definição dogmática sobre o que seja o conservadorismo, e por isso é totalmente lícito discordar dele; o que aqui se busca, todavia, é destacar as principais caraterísticas do que é ser conservador. Segundo João Pereira Coutinho, “[...] o conservador recusa uma cartilha a priori que indique com precisão mecânica o caminho que devemos seguir, isso não significa [entretanto] que não existe um caminho a seguir” (COUTINHO, 2014, p. 63). 

Patriotismo medular 

Esta disposição para proteger o ordenamento ético e filosófico da humanidade, denomino de “patriotismo medular”; criei essa denominação para conceituar o impulso natural dos indivíduos em defender as bases estruturais da humanidade. O patriotismo medular se revela como a principal atitude pública do conservador, isto é: a defesa de valores universais que estabilizam na sociedade um panorama coeso de ética e moral, possibilitando assim a convivência comunitária para além dos relativismos individualistas e despotismos diversos. 

Tal patriotismo não pressupõe quaisquer ligações externas com intentos revolucionários ou reacionários, políticos e partidários, populistas ou personalistas. Por isso que ser conservador não está ligado a nenhum ato de derrubada de moralidades burguesas; ou com a volta forçosa às ideias já vencidas pelo próprio caminhar da história. 

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O ato de destruição das estruturas sociais, tais como vimos no democratismo francês e nos impulsos revolucionários do marxismo, é uma anomalia da mentalidade social que se deu basicamente a partir das explicações de infraestrutura e superestrutura que Karl Marx adotou para falar de alienação; Karl Marx tentou separar a realidade do ilusório, o fato da idealização — numa releitura débil do mito da caverna de Platão. 

Sem perceberem ao certo o que faziam, esses adeptos da crítica econômica comunista inverteram as percepções de Marx, acabando por construir suas próprias superestruturas (ilusões que maquiam a realidade) e elegendo-as como meta política, a utopia como realização ideológica. Para isso, obviamente, é necessário destruir a sociedade preexistente (mantendo aqui os traços da filosofia marxistas). Ao invés de seguirem a lógica da preservação histórico-social em busca de atualizações contínuas da composição da comunidade — sem ser necessário destruí-la —; crê o revolucionário que a condição para a melhoria está na própria destruição das instituições jurídicas, éticas e morais que sustentam as antigas estruturas sociais. No entanto, a prova de que a preservação (Patriotismo Medular) é um instinto arraigado no ser humano, é o fato de que, após a revolução e a derrubada das instituições e concepções antigas, o ato seguinte do revolucionário será o de se tornar um conservador do novo molde social que ele tenta emplacar. Basta pensar que após Lênin derrubar o governo provisório dos revolucionários burgueses, o ato seguinte foi afastá-los do poder governamental e, posteriormente, caça-los como animais até mata-los todos. O mesmo ocorreu na revolução cubana, cambojana, chinesa, e demais revoluções despóticas 

Os revolucionários não compreendem que o fruto da lógica da destruição das estruturas sociais, é garantir de antemão o obituário de sua própria revolução. Seguindo o raciocínio de que a destruição das estruturas preexistentes é necessária, o próprio modelo social conseguido pela derrubada do antigo sistema estará fadado a cair através da próxima revolução que procederá. 

Em suma, o revolucionário padece a falta de uma mentalidade de gratidão e reconhecimento das heranças intelectuais e sociais do qual ele é legatário; falta no revolucionário o senso de continuidade. “O conservadorismo deve ser visto dessa maneira, como parte de uma relação dinâmica entre gerações” (SCRUTON, 2015, p. 272). 

Um conservador, em suma, não tem a missão de colocar a sociedade moderna nos moldes políticos do século XI ou XII; o “desejo de conservar é compatível com todos os tipos de mudança, desde que essa mudança signifique continuidade” (SCRUTON, 2015, p. 56). Muito menos nutre a intenção de levar a humanidade para uma perfeição utópica. A prudência do entremeio é sempre uma condição necessária para o conservador. “Os direitos dos homens estão em uma espécie de meio-caminho impossível de serem definidos, mas que se pode, todavia, discernir”. (BURKE, 2014, p. 82). 

O patriotismo medular não é também um patriotismo nacional — sendo assim, não é uma espécie de nacionalismo —, se trata antes de um patriotismo de valores régios que, antes de reger qualquer abstração idealista ou modus nacionais, rege o próprio indivíduo. João Pereira Coutinho assim define esses valores universais: 

“Esses ‘valores primários’ não apenas se apresentam como a base moral de qualquer sociedade civilizada; eles são a condição para a existência de um universo pluralista e das escolhas necessárias que o agente político poderá efetuar. Nenhuma sociedade se poderá reclamar como civilizada se, anteriormente, a qualquer escolha relativa, não existirem valores mínimos que tornem, desde logo, essa escolha possível”. (COUTINHO, 2014, p. 52) 

Sendo assim, ser conservador está essencialmente ligado à preservação de princípios e o ato de dar razões para a manutenção de uma continuidade histórica, ética e social dos valores que possibilitam a própria comunidade humana. Em suma, o Patriotismo Medular é o sentimento social (patriotismo) que tange todos partícipes da comunidade (medular); o instinto mais basilar de todos os seres viventes, creio ser praticamente unânime tal compreensão, é o da preservação das condições e valores que possibilitam a sua subsistência. 

“O conservadorismo é a filosofia do vínculo afetivo. Estamos sentimentalmente ligados às coisas que amamos e que desejamos proteger contra a decadência”. (SCRUTON, 2015, p. 53). 

Os conservadores de bezerros 

Um fenômeno que está ocorrendo no “conservadorismo brasileiro”, todavia, vai na contramão de tudo que há pouco procuramos delinear ser o conservadorismo essente. Trata-se do velho e já conhecido culto aos bezerros de ouro. Utilizando-nos dessa imagem que o antigo testamento nos oferece (Êxodo 32, 1-8), podemos reconhecer uma espécie de idolatria conservadora que está ligado a determinados personagens que guardam sua importância, virtude e brilhantismo; todavia, confunde-se admirá-los com adorá-los. O conservadorismo passa a ser confundindo com fanatismo ideológico ou culto a personagens. 

Há uma cegueira cultuada com ares de conhecimento profundo, uma suposta ratio submissa que abdica de qualquer senso crítico; um intelectualismo que, sob o véu de uma pueril “obediência”, “honra” e “respeito”, esconde um servilismo consentido que raramente é posto em dúvida. Paralisado pelo medo de ser — ou se tornar — um anarquista enrustido, o suposto conservador abre mão de suas próprias conclusões e análises por esperar sempre um aval oficial. Entra em pane quando se vê concluindo um raciocínio que contraria o axioma de seu sacerdote; como se o ato de julgar um fato ou tecer comentários sobre determinados acontecimentos fosse uma espécie de missão divina legada a poucos; como se a opinião e o comentário fosse uma Terra Santa que não deve ser pisada com as próprias sandálias antes que o deus do templo autorize. O “conservadorismo” de internet está se tornando um problema de personalidade. 

Como os grandes pensavam: 

Aos estudarmos a história do século XX vemos com grande prazer que as críticas — não-ideológicas e desenraizadas de qualquer tipo populismo e submissão ideológica —, na maioria das vezes foram nutridas por indivíduos que praticavam esse senso crítico apurado e, não raras vezes, eram denominados “conservadores”. O “meio-caminho” entre o respeito às opiniões dos mestres e o tempero de suas próprias conclusões, foi a condição básica para se manterem imunes das influências e retóricas dos encantadores de turbas. 

Não era este o método socrático de ensino? Mesclar as premissas de seus interlocutores com as suas correções e impressões até se chegar a uma conclusão consensual e esclarecedora? Sócrates, o pai da filosofia grega, não censurava as opiniões de ninguém — ainda que as considerassem errôneas — buscava antes ensinar a via certa de raciocínio até que ambos concluíssem a razoabilidade de uma nova conceituação. Apenas os deuses da “uniformidade democrática” que exigem o emudecimento perante as suas máximas. “Os déspotas não amam e, a fortiori, não lançam desafios nem aceitam contestações”. (STEINER, 2018, p. 53) 

O conservador mostra-se aquele que não ignora os gritos das multidões, pois, assim como G. K. Chesterton, ele reconhece naquele senso comum reverberado pelo povo uma sabedoria digna de ser apreendida; assim como não abandona a sua capacidade individual de perscrutar a verdade com a ajuda dos sábios. O conservador permanentemente é o meio termo entre o pregador e o eremita; entre aquele que ensina e aprende com as multidões, e o que se retira da aglomeração para melhor aprender a ensinar. 

O conservador não possui salvadores políticos ou gurus intelectuais 

O conservadorismo, por concepção, nutre um ceticismo latente contra quaisquer tipos de salvadores, gurus, deuses e ícones intelectuais e políticos. Nos recordarmos sim com grande júbilo de nomes importantes da construção social e intelectual da humanidade, pensadores e políticos que deixaram grandes ensinamentos e reflexões; mas tal rememoração não me faz refém de suas ideias. Por incrível que lhe pareça, é lícito que discorde de Immanuel Kant se um dia — conhecendo o seu pensamento — julgar que ele se postou contra alguma verdade que entenda como inegociável; é totalmente válido e necessário criticar Churchill se, em algum de seus escritos, sua posição política se mostrar errônea e subversiva à reta ética. 

Nessa esteira, não é necessário sermos convertidos a um culto “olaviano” para aderirmos e compreendermos a validade de algumas ideias do filósofo brasileiro, Olavo de Carvalho; nem é preciso nutrir um “puxa-saquismo” oficial típico das universidades brasileiras a fim de entender a importância de alguns insights de Michel Foucault. Ainda que possamos concordar com algumas posições políticas do candidato à presidência, Jair Bolsonaro; ou ainda que compreendamos e achemos justo a urgência de certos assistencialismos promovidos pelo PT, isso não nos obriga a assinar nenhum contrato vitalício com as demais ideias que todos eles possuem. Não precisamos aderir às ideias através de blocos impermeáveis e irrevogáveis; a razão e o ceticismo são instrumentos gratuitos dos indivíduos, servem justamente como motor de discernimento e condição para uma análise sensata. 

O que eu quero dizer é que você não precisa e nem deve nutrir uma fidelidade a determinadas pessoas e grupos apesar das boas ideias que eles possam ter Apesar das grandes virtudes que possam existir em determinados pensadores e homens públicos, há sempre um filete de corrupção tipicamente humana que perpassa a todos, fazendo com que eles não sejam infalíveis. 

“A sabedoria e a virtude podem ser os objetos de sua escolha, mas sua escolha não confere àqueles sobre os quais ele estende sua mão consagradora nem uma nem outra. Nem Deus, nem a natureza investiram-no de um tal poder” (BURKE, 2014, p. 61). 

É possível, por fim, admirar um pensador sem defender todas as suas ideias — espalhem isso! 

Como ensinaram os grandes 

O adágio de Sócrates, ao corrigir Teeteto, ainda se faz gritante nos dias atuais: “Atribuíram mais peso a falsidades e imagens do que à verdade, e finalmente evidenciou-se, para si próprios e para os outros, que eram ignorantes” (Teeteto, 151a. Grifos meus). Fico com Sócrates, que em sua teoria do conhecimento reconhecia que era no diálogo e no perscrutar da essência que se encontrariam as respostas que vão para além das apreensões sofísticas do momento. 

Conservadores têm senso crítico e a ousadia para, depois de beber no poço de conhecimento que a história os legou, tecer suas impressões e conclusões sobre assuntos diversos. O que não significa, todavia, que é um ato de “pensar com a própria cabeça” pura e simplesmente, mas sim o de pensar com todas as cabeças dignas, incluindo a sua — o que Chesterton chamou de “democracia dos mortos. Tal fuga em responsabilizar-se com as suas próprias conclusões, por vezes, não passa de um medo encrustado, da facilidade de não ter que buscar nada além do papagaiar aquilo que já fora mastigado por um “sumo sacerdote”. Não há nenhuma prudência conservadora em não concluir nada com a própria inteligência quando a conclusão terceirizada que defendes é destemperada. 

“Em resumo, o conservadorismo surge diretamente da sensação de pertencimento a alguma ordem social contínua e preexistente e da percepção de que esse fato é importantíssimo para determinar o que fazer” (SCRUTON, 2015, 54. Grifos meus). 

 

Aqueles que fazem os bezerros? 

Entretanto, verdade seja dita, essa adoração a gurus e políticos, em muitos casos, independem dos atos e vontades daqueles que são aclamados como deuses. A idolatria, tal como na passagem de Êxodo, não foi um pedido feito pelo bezerro representado pela estátua de ouro, mas sim um ato espontâneo que reverberava a dependência psicológica do povo hebreu; povo esse que se acostumou, na cultura egípcia, ao servilismo social, à submissão política e à ideia de possuir um animal representado como divindade. Na ausência corpórea de Moisés, líder que possibilitou a fuga da opressão egípcia e intermediário da voz de Yahweh, o povo da linhagem Abraão, Israel, necessitava de um novo deus ou símbolo que o estimulasse a seguir unido, que desse sentido e ânimo à sua incursão nômade rumo à Terra Prometida — já que a voz de Elohim não se fazia ouvir sem Moisés. 

“Vendo que Moisés demorava a descer do monte, o povo reuniu-se em torno de Aarão e lhe disse: ‘Vem, faze-nos deuses que caminhem à nossa frente’[...]. Recebendo o ouro, preparou um molde com cinzel e fez um bezerro fundido. Então disseram: ‘Aí tens, Israel, os teus deuses que te fizeram sair do Egito’” (Êxodo 32, 1a e 4). 

Da mesma forma, avaliando a situação nacional de momento, creio que tais gurus e políticos não são assim erigidos por vontade própria, o que não significa, todavia, que não gostem e, posteriormente, não se utilizem desse bônus. Creio, antes, que são assim vistos por seus próprios seguidores; seguidores esses que idealizam neles verdadeiros símbolos míticos, dão a eles o epíteto de salvadores sociais no que tange as suas autodenominadas capacidades de resolução de um momento político aporético. 

Talvez uma recente exceção à regra seja o ex-presidente, e atual presidiário, Luiz Inácio Lula da Silva; em um de seus últimos discursos antes de ser preso, proclamou o seguinte sobre si: "Não sou mais um ser humano, sou uma ideia". Mas, se buscarmos na história, podemos ver exemplos mais aberrantes: Hitler como Führer; Stálin e Mussolini como líderes supremos de seus despotismos políticos; Fidel e Cheguevara como verdadeiros mitos sociais intocáveis, uma “ideia” que, pelo sacratíssimo teor, deve-se evitar qualquer crítica profana. 

De Sigmund Freud a Gustave Le Bon, já é conhecida a necessidade psicológica que as massas nutrem de líderes que ofereçam a elas garantias dos acertos de suas ideias, promessas de um mundo melhor e ideal. Tal fenômeno independe do espectro político; não é uma característica dessa ou daquela ideologia, ainda que possamos historicamente constatar com maior recorrência e veemência naquilo que chamamos comummente de “esquerdismo”. 

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A possibilidade de ancorar discursos em uma referência intelectual que se apresenta como inquestionável (guru), ou em um político que se mostra um messias político que trará a salvação imediata ou, ao menos, o bálsamo social tanto esperado; tais ofertas de gurus e salvadores sociais são sedutoras e quase irresistíveis para algumas mentes carentes de personalidade própria e senso crítico apurado. Nesse interim, é sempre bom lembrar o que o economista e filósofo norte-americano, Thomas Sowell, disse: “Quando as pessoas querem o impossível, somente os mentirosos podem satisfazê-las”. 

A crítica, no entanto, cabe muito mais ao populacho que, por fraqueza de personalidade e caráter, externalizam um deus — como bem notou Ludwig Feuerbach — para suprir as suas necessidades, anseios e carências psicológicas e sociais. 

Tal mentalidade foi a constatada por Hannah Arendt em “Origens do totalitarismo” e “Eichmann em Jerusalém: um Relato Sobre a Banalidade do Mal”; se faz necessário citar também a grande obra de Francisco Razzo, filósofo brasileiro que com rara maestria rastreia as origens da mentalidade politicamente servil e nos oferece uma coesão de conceitos para aquilo que ele denomina de “A Imaginação Totalitária”, termo que também dá nome ao seu livro que indico para aprofundamentos. 

Conclusão 

Conservadores não têm políticos de estimação, não apoiam um ativismo sem responsabilidade e sem personalidade; o conservador defende o que é verdade perante ao monumento da ordem social preexistente a ele, ele consulta o acervo infindável da humanidade e elabora uma resposta para os problemas — ainda que tal resposta seja a humildade de reconhecer que naquele momento não há resposta possível. Ele não é estático, uma pessoa que não aceita mudanças; e nem é um adolescente em crise, que quer derrubar o mundo para criar o seu próprio. 

Não há nada mais abjeto a um conservador do que militâncias e ativismos políticos; tais arrebanhados políticos pressupõem mentes apequenadas e servis, pressupõe indivíduos a serviço de ideologias, pessoas e partidos. Uma sociedade organizada em prol de um objetivo reto, é diferente de uma militância barulhenta, irreflexiva e sem compreensão basilar dos problemas; aquilo que José Ortega Y Gasset e Gustave Le Bon chamaria de “massa”. O conservadorismo é antes de tudo substancial e não moldável aos anseios ideológicos do momento. 

Por fim, podemos dizer que o conservador é aquele que reconhece na política apenas um aspecto da vida social, e não o fim do arco-íris da humanidade. “Os valores nos chegam de várias maneiras e, onde quer que surjam, trazem consigo autoridade, paz e um sentimento de pertença. Mas isso não pode vir por meio de um programa político” (SCRUTON, 2015, 204). 

Este exército de “conservadores militantes”, idólatras de personalidades, se assemelham mais a adolescentes histéricos e ativistas estúpidos do que com qualquer tipo de grupo consciente do pensamento conservador. Não existe coisa mais patética a se ver do que um autodenominado “conservador” erigindo ícones para afagar seu ego de intelectual de internet. 

 

Referências: 

BURKE, Edmund. Reflexões sobre a revolução na França. São Paulo: Edipro, 2014 

COUTINHO, João Pereira. As ideias conservadoras, São Paulo: Três estrelas, 2014 

PLATÃO. Diálogos I: Teeteto (ou Do conhecimento), Sofista (Ou Do ser), Protágoras (ou Sofistas), São Paulo: Edipro, 2007 

SCRUTON, Roger. Como ser um conservador, Rio de Janeiro: Record, 2015 

SCRUTON, Roger. O que é conservadorismo. São Paulo: É realizações, 2015 

STEINER, George. Aqueles que queimam livros, 2ª Edição, Belo Horizonte: Âyiné, 2018

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