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João de Deus fotografado em 2012. | Pedro Ladeira/AFP
João de Deus fotografado em 2012.| Foto: Pedro Ladeira/AFP

O médium João Teixeira de Faria, 76 anos, conhecido como João de Deus, prestou depoimento ao Ministério Público de Goiás (MP-GO) nesta quarta-feira (26). Ele chegou por volta das 10 horas e saiu pouco depois do meio-dia. Após o depoimento, João de Deus retornou ao Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, onde está preso preventivamente desde o dia 16 de dezembro.

Ele é acusado de abusos sexuais durante tratamento espiritual. A previsão é de que os promotores concluam a primeira denúncia ainda nesta semana.

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Uma força-tarefa foi montada no MP-GO sob a coordenação do Procurador-Geral de Justiça de Goiás, Benedito Torres Neto, que manteve os trabalhos no feriado de Natal. As vítimas podem procurar uma unidade do Ministério Público, em qualquer estado, para prestar depoimento. 

Em depoimento, João de Deus alegou "não se lembrar" das mulheres que o acusam de abuso sexual. Ele também negou que tenha praticado qualquer tipo de crime durante seus atendimentos espirituais, de acordo com informações de Alex Neder, um dos advogados que fazem a defesa do médium. 

“Ele respondeu a todas perguntas dos promotores. Negou peremptoriamente que tenha cometido qualquer tipo de abuso sexual. Ele sempre fez atendimentos acompanhado de várias pessoas”, disse Neder.

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O advogado diz que João de Deus “está muito debilitado” por causa de sua condição de saúde (ele é cardiopata) e que não recebe atendimento médico no presídio. 

Até agora, segundo o Ministério Público de Goiás, já foram coletados 78 depoimentos de vítimas de abusos sexuais supostamente cometidos por João de Deus. Mais de 600 mensagens chegaram à instituição desde o dia 10 de dezembro - quando foi criado um canal de denúncias -, sendo 260 delas potenciais vítimas do médium. 

Onze denunciantes moram fora do Brasil: quatro nos Estados Unidos, três na Austrália, uma na Alemanha, uma na Bélgica, uma na Bolívia e uma na Itália.

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