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Lula faz declaração à imprensa após reunião bilateral com o presidente do Egito, Abdel Fattah Al-Sisi, no dia 15 de fevereiro de 2024
Lula faz declaração à imprensa após reunião bilateral com o presidente do Egito, Abdel Fattah Al-Sisi, no dia 15 de fevereiro de 2024| Foto: Ricardo Stuckert/PR

"A política não tem qualquer relação com a moral"

Nicolau Maquiavel

Maus políticos costumam usar de mentiras e manipulações para atingirem determinados objetivos. Muitas vezes utilizam este ardil para ganhar projeção, para avançar suas propostas ou para agradar uma camada de seus eleitores.

Mas há também políticos que diversas vezes repetem slogans e informações que ouviram, sem que busquem saber sua veracidade. Apesar de acreditarem que não mentem, pois ouviram e leram em outras fontes, repetir tais argumentos induzem a população a erros que podem ser e são irreparáveis.

Finalmente há casos (não são poucos) nos quais fazem afirmações estapafúrdias para reforçar sua ideologia ou apoiar partidários de sua causa.

Lula, em sua passagem pelo Egito, fez exatamente isso: não verificou fatos ou então, se os conhecia, simplesmente mentiu. Lembremo-nos que Lula tem reputação de mentiroso entre grande parte da população.

Em uma de suas falas, Lula declarou:

Não tem nenhuma explicação o comportamento de Israel, a pretexto de derrotar o Hamas, estar matando mulheres e crianças, coisa jamais vista em qualquer guerra que eu tenha conhecimento”.

Não é claro de onde saiu este absurdo, se de sua cabeça ou de algum assessor. Afinal, a UNICEF declarou  textualmente que “Cerca de 2 milhões de crianças morreram em conflitos armados nos últimos dez anos” conforme a Folha de S. Paulo de 11/4/99.

Mais recentemente, em 2008, o Irã postou o resultado de sua guerra contra o Iraque. No relatório, ao comentar sobre vítimas, se lê: “Isso inclui 33.430 civis, a maioria mulheres e crianças. Pelo menos 144 mil crianças iranianas ficaram órfãs.”

Voltando à Unicef, recentemente, ao analisar o conflito no Iêmen, escrevem textualmente: “mais de 11 mil crianças foram mortas ou feridas no país”.

Apenas os poucos dados acima são suficientes para demonstrar a imbecilidade da frase do homem que governa a maior nação da América Latina.

Mas infelizmente Lula não só teve fala sem nexo, mas também fez o Brasil ser apontado por política internacional sem nexo. Na mesma visita, Lula prometeu ampliar a ajuda brasileira à UNRWA,  essa instituição que ensina o ódio e a militância “mártir” a crianças em suas quase 700 escolas e que tem cerca de 10% de seus funcionários membros de movimentos terroristas. O Ocidente, estarrecido com o que ocorre na UNRWA, que tinha sob sua sede o centro de dados do grupo terrorista Hamas, suspendeu todas as doações a este corpo ineficiente. Entre os países que suspenderam as doações estão Alemanha, Itália, Canadá, Finlandia, EEUU, Austrália, Nova Zelândia, Itália, Suíça e outros.

Lula, na contramão do Ocidente, declara que não só não vai suspender as doações mas ampliá-las. Será que sobram recursos ao Brasil? Por acaso este dinheiro não seria importante para melhorar os postos de saúde e hospitais públicos? Ou para controle da criminalidade? Ou para melhorar as deploráveis condições das escolas públicas? Se faltam ideias para uso desses recursos, além dos citados podemos falar na iluminação pública, a manutenção de estradas esburacadas, melhoras e agilidade no sistema judicial, redução do desemprego e da fome.

Mas, imaginando ter solucionado a esmagadora maioria dos problemas brasileiros, a maior autoridade do país optou por destinar parte dos recursos nacionais a instituições nada sérias como a UNRWA, responsável pela manutenção do único grupo de “eternos refugiados” — haja visto que a ACNUR, órgão que cuida de todos os demais refugiados do mundo, tem definições claríssimas de quando termina o status de refugiado, algo que jamais termina para os palestinos a cuidados da UNRWA.

Enfim, um país que já teve Dilma parece mesmo merecer um Lula. Uma pena que o gigante continue eternamente adormecido…

Marcos L. Susskind é radialista e guia de turismo em Israel.

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