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Pedro Sánchez, do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), que não recebeu o respaldo majoritário dos espanhóis, mas formou governo apoiando-se em minorias destrutivas: forças comunistas, separatistas e filoterroristas
Pedro Sánchez, do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), que não recebeu o respaldo majoritário dos espanhóis, mas formou governo apoiando-se em minorias destrutivas: forças comunistas, separatistas e filoterroristas| Foto: EFE/ Rodrigo Jiménez

Com o resultado das últimas eleições gerais que ocorreram na Espanha em 23 de julho, reedita-se o governo socialista e comunista aliado ao Foro de São Paulo e ao Grupo de Puebla.

Pela primeira vez na história da democracia espanhola, uma monarquia parlamentar respaldada por 87,78% dos espanhóis em 1978, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) que não recebeu o respaldo majoritário dos espanhóis formou governo apoiando-se em minorias destrutivas: forças comunistas, separatistas e filoterroristas.

O candidato do PSOE, Pedro Sánchez, foi investido presidente do governo com votos favoráveis provenientes do Sumar, uma coalizão de partidos que inclui a esquerda radical e formações de tradição comunista; do Junts, partido separatista catalão dirigido de Bruxelas pelo fugitivo da justiça e autor do golpe de Estado, Carles Puigdemont; do ERC, partido separatista catalão dirigido por Oriol Junqueras, indultado pelo PSOE e pelos comunistas dos crimes de sedição e malversação de fundos públicos em 2021; e do Bildu, partido de inspiração marxista-leninista que representa o grupo terrorista ETA, responsável pelo assassinato de mais de 850 espanhóis.

Uma amálgama de formações políticas cujos objetivos são radicalmente contrários aos interesses gerais dos espanhóis. As negociações para a formação do novo governo foram marcadas pela aprovação de uma Lei de Anistia para todos os acusados pelo golpe de Estado de 2017 na Catalunha. Sánchez negociou sua investidura com um delinquente foragido da justiça espanhola, Carles Puigdemont, na capital de um país estrangeiro, Bruxelas.

A anistia é contrária ao ordenamento jurídico espanhol e não tem cabimento na Constituição do país. O próprio Pedro Sánchez denunciou sua ilegalidade em um programa de televisão: "A anistia é inconstitucional, é ilegal, isso não tem cabimento em nosso ordenamento jurídico". Além disso, no dia seguinte às eleições, o líder do PSOE na Catalunha e ex-ministro da Saúde, Salvador Illa, expressou-se nestes termos sobre as exigências dos partidos separatistas: "A anistia não é factível do ponto de vista do respeito ao Estado de Direito".

Dias após as eleições de 23 de julho, o que antes estava fora da Constituição, como afirmaram publicamente Pedro Sánchez e vários ministros de seu governo em diversas ocasiões, agora era uma medida necessária a favor da convivência entre os espanhóis. A realidade que esconde os eufemismos é que o governo de Pedro Sánchez, saindo da investidura, cometeu o maior ato de corrupção: perdoar crimes de políticos e terroristas de rua em troca de votos.

A futura lei é contrária à Constituição espanhola e implica uma mudança de regime pela porta dos fundos. A Espanha trilha um perigoso caminho de uma democracia constitucional para uma proposta bolivariana, como as que várias nações ibero-americanas têm enfrentado nas garras do regime comunista de Castro, a tirania de Maduro e os cartéis do Foro de São Paulo e do Grupo de Puebla. A marca dessas duas organizações esteve muito presente no acordo entre o PSOE e Junts, com o ataque de ambas as formações à independência do poder judiciário, incluindo o uso do termo "lawfare", um conceito resgatado pela esquerda corrupta para exonerar seus operadores da justiça.

As instituições do Estado são vulneráveis como consequência da ocupação realizada por Pedro Sánchez na legislatura anterior, na qual preparou o terreno para legalizar os interesses do PSOE. Para isso, nomearam um ex-Fiscal Geral do Estado do PSOE como presidente do Tribunal Constitucional e tornaram seus membros um ex-ministro da Justiça e um alto funcionário do Palácio da Moncloa (sede do poder executivo) para constitucionalizar tudo o que o PSOE precisasse.

Durante esses anos, o VOX denunciou o plano do líder socialista e apresentou duas moções de censura que não receberam o apoio de nenhum outro partido, nem mesmo do Partido Popular liderado primeiro por Pablo Casado e depois por Alberto Núñez Feijóo. Nas eleições gerais de 23 de julho, o PP [Partido Popular, conservador] dedicou mais esforços em atacar o VOX do que em enfrentar o PSOE. A campanha de demonização contra a força patriótica foi um erro do PP, que adotou todos os quadros do PSOE enquanto a formação de Sánchez encobriu comunistas e terroristas. O resultado não poderia ser mais desanimador, apesar dos anúncios por terra, mar e ar feitos pelas pesquisas de opinião do PP e seus órgão midiáticos: deram a última oportunidade necessária a um sujeito que sempre está à frente dos demais pelo simples fato de não ter um mínimo de moral.

Apesar da desolação causada pelos resultados eleitorais, pelos acordos com comunistas e minorias destrutivas e pelo golpe contra a legalidade, os espanhóis saíram às ruas de maneira exemplar. Pela primeira vez, saíram em todo o território nacional em frente às sedes do PSOE exigindo o fim do golpe e com o ânimo de impedir que a lei de anistia chegue ao Congresso. É provável que Sánchez cumpra os pactos de seus parceiros e que dê o golpe, mas enfrentará uma legislatura muito complicada. O país despertou, a justiça ainda pode deter o golpe e há um partido que deixou claro que vai enfrentar o projeto de bolivarianização da Espanha em todos os fronts.

Jorge Martín Frías é diretor da Fundação Disenso, que defende o direito de discordar da opinião dominante e do politicamente correto, de modo a lutar por um novo consenso em torno da liberdade, da igualdade e da soberania na Espanha.

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