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Humor

Frases da semana: “A letra é hétero machista top, horrível”

Toni Garrido: mudança na letra de música por causa do "machismo"
Toni Garrido: mudança na letra de música por causa do "machismo" (Foto: Montagem sobre foto de EFE/Marcelo Sayão)

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“Os organismos de investigação policial jamais entregaram provas concretas ao governo brasileiro. Lamentavelmente, nada se pode fazer” – Mauro Vieira, suposto ministro das Relações Exteriores, desmentindo a PF e espalhando desinformação ao negar a existência de uma célula do Hezbollah no Brasil. Talvez ele espere que o Hezbollah protocole um ofício timbrado, com firma reconhecida em cartório de Beirute, nomeando seus representantes e anexando o planejamento estratégico de atentados para o semestre. 

“A Câmara nunca esteve de costas para a população brasileira” – Hugo Motta, presidente da Câmara (Republicanos-PB), sobre o trâmite da PEC do IR. Ele tem razão, virar as costas seria um gesto de desprezo simples demais. O que a Câmara pratica é um contorcionismo anatômico tão obsceno que faria o Kama Sutra corar de vergonha 

“Não é filme de terror, é o Ceará!” – André Fernandes, deputado federal (PL-CE), sobre Uiraponga, cidade cearense abandonada após determinação do crime organizado. Quando o pessoal vê um maníaco que volta a cada quatro anos para dar susto e depois sumir, acha que é filme de terror. Mas é só o Ceará do Ciro Gomes mesmo.  

“É mais fácil falar aqui do que na América” – Dave Chappelle, humorista americano, elogiando a liberdade de expressão na Arábia Saudita. Então vai lá e conta aquela do Maomé pra testar sua teoria. 

“Nós tivemos há 100 anos atrás um presidente eleito mesmo estando fora do país, então isso aí não seria novidade” – Eduardo Bolsonaro, deputado federal exilado, evocando Epitácio Pessoa ao falar sobre suas chances de chegar à Presidência. Calma lá com a comparação centenária. É bom lembrar que Rodrigues Alves venceu a eleição de 1918 mas morreu antes da posse. Vai que a esquerda “paz e amor” se empolga e resolve fazer uma homenagem. 

“O Ministro Gilmar Mendes decidiu vir para o nosso país, atacar Portugal” – Pedro dos Santos Frazão, político conservador português, após ministro do STF criticar serviços de imigração daquele país. Portugal, ao contrário do Brasil, não costuma engolir sapo. Ainda mais quando se trata de um sapo-boi desse calibre. 

“Depois de 25 anos cantando a música, um dia bateu uma ficha... a  letra é hétero machista top, horrível” – Toni Garrido, vocalista da banda Cidade Negra, justificando troca da letra de “Girassol” que exaltava a grandeza de um “menino” para uma “menina”. O girassol – essa planta reacionária – anunciou que vai se desconstruir. Deixará de seguir o Sol, astro-rei opressor, para seguir uma nova estrela. De preferência, não-binária. 

“Não vou mais beber água” – Thiago Ávila, ativista brasileiro de ocupação desconhecida, anunciando protesto após ser preso por Israel junto à flotilha de Greta Thunberg. Não beber água? Tudo bem. Mas poderia ao menos tomar um banho para evitar pegar sarna outra vez. 

“Você tem o sol que é o processo e tem os planetas que giram em torno do sol que são os fatos que eu disse” – Marco Antônio Villa, professor de história, pedindo a prisão de Bolsonaro pelas mortes na pandemia,  e por defender torturador, desmoralizar o Brasil no exterior e atacar a imprensa. A definição perfeita do terraplanismo jurídico que assola o país. Mirou no Galileu, mas acertou na Galisteu. 

“Eu sou da ideia de que nós deveríamos abrir uma exceção, colocar a pena de morte e fuzilar Bolsonaro e sua família” – Carlos Harmitt, astrólogo de extrema-esquerda. Parece que o caso foi denunciado ao STF, mas acabou arquivado – não no “Inquérito do Fim do Mundo”, e sim na caixinha de sugestões.  

“Como o estado de saúde dele está se agravando, porque parece que isso é real, não vejo como é que ele pode entrar no sistema penitenciário” – José Dirceu, ex-presidiário, comentando possível prisão de Jair Bolsonaro. Dirceu, nosso sommelier de penitenciárias, avalia que a safra 2025 do Complexo da Papuda virá bem encorpada e com acidez marcante. A harmonização sugerida por ele é com um estelionato de entrada e, talvez, uma evasão fiscal de sobremesa. Já para um terroir mais sofisticado como “tentativa de golpe de Estado” com tons de “extinção violenta do Estado democrático de direito”, ele recomenda algo mais leve, como uma prisão domiciliar de safra mais precoce. 

“Há privilégios que não fazem sentido” – Fernando Haddad, defendendo a MP do IOF. Ele se refere ao privilégio daquela empreiteira do Petrolão, que ganhou um desconto bilionário na multa e, de brinde, novos contratos com o governo? Ou será que o privilégio sem sentido é o do Bessias, que já embolsou o equivalente a 125 salários-mínimos em penduricalhos só este ano? 

“Não sei se é real, mas é muito engraçado!” – Ted Cruz, senador americano, compartilhando vídeo em que Vinheteiro, o “pai da música clássica brasileira”, toca Queen usando galinhas de borracha. Justiça seja feita: as galinhas de borracha do Vinheteiro são comprovadamente mais afinadas que certas excelências quando resolvem soltar a franga nos saraus de Brasília. 

“Garante a vontade popular” – Tarcísio Gomes de Freitas, elogiando o TRE-SP após receber comenda da instituição. Impressionante o que uma medalhinha brilhante não faz pela memória seletiva de um político... 

“O erro no futebol nasceu com o futebol. Desde que os ingleses regularam esse esporte milenar” – Milly Lacombe, comentarista de futebol, sobre o esporte “milenar” criado no século 19. O erro nasceu mesmo foi quando resolveram perguntar a opinião dela. 

“Cuidando da minha filha recém-nascida aqui, me confundi e votei errado kkkk acontece” – Nikolas Ferreira, deputado federal (PL-MG), justificando voto a favor do Governo na MP do IOF. Já vi político culpar a mulher falecida pelas mancadas. Agora, botar a culpa na filha recém-nascida é novidade. 

“O governo anterior, como vocês sabem, não cobrou os impostos devidos” – Fernando Haddad, ministro da Fazenda, empurrando a culpa pelo déficit fiscal. Depois, quando dizem que ele é “Nascido para Taxar”, ele acha ruim. 

“Hoje ficou claro que a pequena parcela muito rica do país não admite que seus privilégios sejam tocados” – Gleisi Hoffmann, a “amante” da planilha da Odebrecht, lamentando derrota do governo na MP do IOF. Que deselegante atacar os irmãos Batista de forma tão direta. Pensei que fossem todos companheiros. 

Cantinho do Supremo 

“Ontem novamente fomos roubados a mão armada com a marcação de um pênalti aos 52 minutos. Um pênalti absurdo!” – Alexandre de Moraes, ministro do Supremo (STF-SP), intimidando árbitro de jogo do Corinthians durante sessão da Corte. Fontes de Brasília informam que o ministro instaurou, de ofício, o “Inquérito do Fim do Apito”. O árbitro tem 48 horas para se explicar. O bandeirinha já teria fugido do país e pedido asilo na embaixada argentina. O quarto árbitro, por sua vez, negocia uma delação premiada para entregar todo o esquema. 

“Eu cansei de presenciar Moraes começando o processo pelo fim, já com a decisão e pedindo para montar uma história com a PF” – Alexandre Tagliaferro, ex-assessor de Alexandre de Moraes, denunciando irregularidades em processos do STF. É como fazer um exame de toque com o Freddy Krueger – o método, por si só, já invalida o resultado. 

“A vida é feita de muitos ciclos. A gente deve saber a hora de entrar, e a hora de sair” – Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo (STF-RJ), sobre seus planos para o futuro. Agora está explicado por que o ministro vive irritadinho: são os ciclos que estão desregulados.  

“Ninguém pense que fará reforma contra o Poder Judiciário” – Edson Fachin (STF-RS), presidente do Supremo. No Brasil, os três poderes agora são: o Executivo, o Legislativo e o Inquestionável. 

“Quando o ministro vota, ele vota para os seus colegas, tentando demonstrar os argumentos do seu voto, mas ele também vota para o público que o está assistindo” – Luís Roberto Barroso, sobre as votações no STF. O STF só não vira um circo porque os ministros não conseguem dizer “respeitável público” sem cair na gargalhada. 

“Messias é a escolha natural para o STF” – Marco Aurélio Carvalho, coordenador do Prerrogativas, grupo de advogados lulopetistas, sobre possível substituto de Barroso. É como dizem lá na roça: nada mais natural do que um porco no chiqueiro. 

“Sinto que agora é hora de seguir outros rumos. Nem sequer os tenho bem definidos, mas não tenho qualquer apego ao poder” – Luís Roberto Barroso, anunciando sua aposentadoria do Supremo. Barroso, pega essas dicas para curtir sua aposentadoria. Um livro: “Bingo, Dominó e Tranca – Estratégias para ganhar quando não é você quem faz as regras”; um filme: “Era uma vez a América”; e uma frase que, claro, não poderia ser outra: “Perdeu, mané!”. Agora, vaza e vê se não amola mais. 

A Semana do Molusco 

“Tivemos que descer com medo que pegasse fogo” – Lula, relatando problema com avião da FAB pouco antes da decolagem. Infelizmente, o piloto não conseguiu evitar o pior... e Lula chegou ao seu destino são e salvo. 

“Não vai ser a COP do luxo, vai ser a COP da verdade” – Lula, rebatendo críticas sobre as falhas de organização da FLOP30... digo COP30. O problema é que, em se tratando do Lula, a verdade em si já é um artigo de luxo. 

“Vou começar a fazer negócios com o Lula. Ele é um homem muito bom” – Donald Trump, após ligação com Lula. Como diz o ditado: todos os dias, um malandro e um otário saem de casa. Quando se encontram, sai negócio. Resta saber quem vai vender o terreno na Lua para quem. 

“O importante não é justificar o erro, é impedir que ele se repita” – André Fufuca, ministro dos Esportes, anunciando apoio a Lula em 2026, após apoiar Bolsonaro em 2022. E o erro, no caso, foi ter apostado no cavalo errado. 

“Sabe quem também defende o Brasil? O nosso governo que não abaixa a cabeça, protege as nossas empresas e os nossos empregos” – João Kléber, em peça publicitária do Governo Federal onde realiza o “Teste de Fidelidade” dos brasileiros. Na próxima propaganda, o governo vai botar um contribuinte numa van com o João Kléber pra flagrar seu poder de compra traindo o coitado com a inflação, num motel de beira de estrada.  

“É muito difícil alguém ganhar as eleições de nós em 2026” – Lula. Então deixa o Bolsonaro se candidatar. 

“O que não falta é gente safada nesse país” – Lula, durante evento sobre meio ambiente. Ele chegou a essa conclusão depois de perceber que, em todo lugar que ele vai, sempre tem pelo menos um safado. 

O Metanol Adulterado 

“A bebida alcoólica não é um produto essencial da cesta básica. É algo usado para o lazer, por isso, neste período evite a utilização” – recomenda Alexandre Padilha, o sancionado Ministro da Saúde, sobre as bebidas adulteradas. O governo que tornou o essencial impossível, agora torna o supérfluo perigoso. 

“O mercado precisa se autorregular. Resultado: o mercado vendendo bebida adulterada com metanol” – Guilherme Cortez, deputado estadual (PSOL-SP). A lógica progressista é fascinante: quer um fiscal da Anvisa pra cachaça do Bar do Zé, mas confia cegamente no controle de qualidade da biqueira do PCC. 

“Quando falsificarem Coca-Cola, vou me preocupar” – Tarcísio Gomes de Freitas, governador de SP (Republicanos), sobre a crise das bebidas adulteradas com metanol. Parece que alguém já ligou o modo Bolsoringa para 2026... 

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