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Frases da Semana: “Pode reclamar, mas tem que pagar”

Ministro Luiz Marinho: "Pode reclamar, mas tem que pagar"
Ministro Luiz Marinho: "Pode reclamar, mas tem que pagar" (Foto: Montagem sobre foto de Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

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“Sou casado com a democracia” – Michel Temer, em resposta a Lula, que se declarou ‘amante’ da democracia. O Temer sempre fez escolhas melhores que as do Lula nesse departamento.

“O Brasil, durante muito tempo, não teve a responsabilidade de cuidar da educação. E eu sempre me pergunto: por que tanto menosprezo ao ensino público do nosso povo?” — Lula. De uma coisa não podemos reclamar: em 16 anos de governo, o PT conseguiu equiparar a educação pública à privada.

“Ser ex-presidiária dói” — Deolane Bezerra, influenciadora digital, presa sob acusação de crimes ligados a sites de apostas. Dói no começo, mas alguns usaram isso como diferencial no currículo e chegaram longe. 

“Não há sequer uma prova contra eles. A realidade é que usaram a família Brazão de bucha de canhão” — Washington Quaquá, prefeito de Maricá-RJ (PT), defendendo os condenados pelo assassinato de Marielle Franco. Coitados, devem ser milicianos com consciência social. 

“Prêmio de Fernanda Torres pode conter a ascensão fascista” – Marcia Tiburi, socióloga petista. Eu queria saber qual filme temos que premiar para conter a escalada da corrupção. 

“Xandão vai tomar conta da gente” – José de Abreu, ator petista. Sempre aparece um galo cego para elogiar a raposa que vigia o galinheiro. 

“Ou você não quer imanentizar o escatão, ou você quer imanentizar o escatão” — Sean Ono Lennon, cantor americano, citando o filósofo Eric Voegelin. Por mim, o escatão pode continuar bem longe da imanência. 

“Fizemos isso na Romênia e faremos na Alemanha, se necessário” – Thierry Breton, ex-Comissário da União Europeia, admitindo intervenção da UE nas eleições da Romênia. Sempre tem um iluminado pronto para salvar a democracia das garras do povo. 

“Só no Brasil que exigência de maior transparência é crise política. Eu nunca vi isso” – Octávio Guedes, comentarista da GloboNews, sobre o STF assumir o controle das emendas parlamentares. Nunca viu? Deve estar incluído no mesmo sigilo de 100 anos que os gastos da Janja. 

“Tirei o telefone dos dois e falei: conversem se olhando, vão ver se não é muito mais bonito” – Lula, narrando episódio em que alega ter tomado o celular de dois jovens. Fica a dúvida: após a lição de moral, os celulares voltaram para os donos, ou foram trocados por uma cervejinha? 

“Agora, só resta torcer para João Fonseca ser um cara legal” – Julio Gomes, comentarista esportivo, sobre o novo fenômeno do tênis brasileiro. A torcida depende muito de em quem ele votou. 

“A população não consegue ver o governo em suas virtudes” – Sidônio Palmeira, novo ministro das Comunicações. É que nem todo mundo tem microscópio em casa. 

“Hoje, milhares de pessoas folheiam as páginas de seus destinos, onde o suor dos estudos encontra a tinta dos sonhos” – Erika Kokay, deputada federal (PT-DF), desejando sorte aos alunos do ENEM. Daí vem a borracha da corrupção e apaga o futuro que eles tentavam escrever. 

“[O aborto] é um sacrifício humano” – Mel Gibson, cineasta e ator, no podcast de Joe Rogan. A única diferença entre um altar pagão e uma clínica de aborto é a decoração mais elaborada.

“Eu mesmo entrei no mar e tomei de nossas águas para certificar esse lindo momento de verão, vem com a gente” – Farid Madi, prefeito de Guarujá-SP (Podemos), após beber água do mar. Nada como uma boa dose de coliformes para turbinar o sistema imunológico no verão! 

“Lula quer aérea forte e fusão cria campeão” – John Rodgerson, CEO da Azul. Se já somos penta com Petrobrás, JBS, Odebrecht, Grupo X e Americanas, parece que agora o hexa vem! 

“Haddad é a primeira vítima da nova política de Zuckerberg” — Matheus Leitão, colunista da Veja. Precisamos regular as redes sociais antes que políticas ainda nem implementadas criem mais vítimas imaginárias.

“Os cinco governadores que mais devem são ingratos. Alguns fizeram críticas porque não querem pagar e, a partir de agora, vão pagar” – Lula, sobre a renegociação das dívidas dos estados com a União. Não dá pra esperar que todos demonstrem a mesma gratidão dos irmãos Batista e do Léo Pinheiro. A não ser que reformem o Código Penal antes.

Cantinho da Corte 

“Praticamente todos os editoriais foram duramente críticos, com muitos adjetivos e tom raivoso” – Luís Roberto Barroso, ministro do STF, lamuriando a cobertura do Estadão ao STF em editorial do próprio jornal. Excesso de adjetivos e tom raivoso... vindo de quem vem, talvez seja um elogio disfarçado.

“Luxo e nepotismo: como a elite do Judiciário abusa de seu poder no Brasil” – diz o Neue Zürcher Zeitung, grande jornal suíço. Na verdade, eles devem estar preocupados que os gastos dos nossos ministros acabem inflacionando o mercado de relógios de luxo na Suíça.

“As fake news têm feito grande mal à imagem do Judiciário brasileiro, mas não superam as verdades” – comunicado da ONG Transparência Internacional. Enquanto isso, na Sala da Justiça, ecoa a pergunta em tom aveludado: “Espelho, espelho meu, existe alguém mais verdadeiro do que eu?” 

A Portaria do Fim do Mundo 

“Quem está incomodado com norma da Receita sobre Pix é contra identificar sonegador” –Professora Bebel, deputada federal (PT-SP). Editar uma norma para identificar quem paga imposto e não recebe nada em troca, isso a Receita não quer. 

“Seja bem-vindo, Sidônio” – Nikolas Ferreira, em mensagem ao novo ministro da Comunicação, após vídeo viral que derrubou a nova regra de monitoramento do Pix. Sidônio teria pensado em mandar um Pix para agradecer, mas ficou com medo de ser taxado e desistiu.

“Pessoas de boa-fé caíram em golpes estimulados pela mentira produzida por esses políticos, por essas pessoas, por esses criminosos” – Jorge Messias, o ‘Bessias’, ministro da Advocacia-Geral da União. Quem ouve pensa que ele está falando do Mensalão ou do Petrolão, mas são apenas aqueles perigosíssimos memes de novo. 

“É má-fé política mesmo, para poder causar problemas para o governo. Esse pessoal tem que ser preso!” – Leonardo Sakamoto, jornalista, criticando a produção de conteúdo sobre a possível taxação de valores recebidos via Pix. Na dúvida, é melhor nem tentar explicar o que esse governo faz. Vai que você comete um crime sem querer. 

“Desacreditar e atacar medidas públicas é crime” – Eliane Cantanhêde, jornalista, sobre polêmica da taxação do Pix. O jornalismo investigativo já viveu tempos mais gloriosos.

“Decidi revogar este ato num primeiro momento” – Robinson Barreirinhas, secretário da Receita Federal, sobre instrução normativa que instituía monitoramento de pequenas transações via Pix. O que virá no segundo momento?

“Esse pessoal, que comprou mais de cem imóveis com dinheiro de rachadinha, não pode ficar indignado com o trabalho sério que a Receita está fazendo” – Fernando Haddad, ministro da Fazenda, acusando sem provas o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O problema das fake news é que sempre tem um poste que acredita e sai espalhando. 

“Se era fake, por que revogou?” –  Nikolas Ferreira, rebatendo acusações de fake news pelo vídeo explicando a portaria do Pix. É a primeira fake news que virou oficial por decreto.

“Hora de ouvir umas verdades que o vacilão da fake não quer te contar, bebê” — perfil oficial do Banco Central no X/Twitter. Bebê, mesmo, porque só quem nasceu ontem acredita que o Banco Central ainda é independente.

“Acordei tão nervoso, que meu café foi diferente, joguei o pó na boca e toquei água quente pra dentro” – Zeca Dirceu, deputado federal, relatando desconforto com a revogação da portaria do Pix. Não foi o único petista a queimar a língua.

“Pode reclamar, mas tem que pagar” – Luiz Marinho, ex-sindicalista e ministro do Trabalho, sobre a volta da contribuição sindical. O último que disse isso teve de revogar a portaria com o rabinho entre as pernas.

O Brasil Amanhã 

“É um sinal de descontentamento claro que o Brasil envia a Caracas” — Américo Martins, comentarista da CNN Brasil, sobre envio de embaixadora à posse de Maduro. Na próxima visita do Maduro, o Itamaraty vai se recusar a estender o tapete vermelho para mostrar que o descontentamento é sério. 

“Lamentável” — Geraldo Alckmin, sobre posse de Nicolás Maduro, aliado de seu chefe, na Venezuela. Lamentou, mas bem baixinho. 

“Notícias que chegam da Venezuela seguem preocupantes” — Gilmar Mendes, ministro do STF. Preocupante mesmo é que essas notícias parecem muito com as daqui do Brasil. 

“Em solidariedade ao país vizinho e buscando fortalecer a soberania venezuelana, a Juventude do MST no Centro-Oeste manda seu apoio ao povo venezuelano e a Nicolás Maduro” — comunicado da Juventude do MST, parabenizando o ditador venezuelano. Com tanta gente fugindo da Venezuela, deve estar sobrando terra. Que tal ir lá demonstrar seu apoio pessoalmente? 

“A liberdade de Porto Rico está pendente e vamos conquistá-la com tropas brasileiras” — Nicolás Maduro, ditador venezuelano, sugerindo ação militar conjunta para ‘libertar’ o território pertencente aos EUA. Veja pelo lado positivo: pelo menos alguém ainda confia no Exército brasileiro. 

“Como Venezuela foi do ‘socialismo do século 21’ ao ‘capitalismo autoritário’ com Maduro” – matéria da BBC Brasil. Certamente é porque o socialismo de verdade nunca foi tentado.

“Quem deve decidir sobre a Venezuela é o povo da Venezuela” — Claudia Scheinbaum, presidente socialista do México, se recusando a condenar Maduro. O povo já decidiu, só falta o ditador amigo aceitar o resultado. 

Cantinho da América 

“Estamos todos juntos nisso” – Gavin Newsom, governador da Califórnia, questionado se assumiria a responsabilidade pelos erros no combate aos incêndios no estado americano. Eu só acerto, nós às vezes erramos e vocês sempre acabam pagando o pato.

“Eu não entendo como é que esse Trump, uma pessoa tão esclarecida, que foi presidente dos EUA, pode ser tão burro” – Ana Maria Braga, apresentadora de TV, criticando ceticismo de Trump sobre as ‘mudanças climáticas’. Depois ela voltou a conversar sobre Big Brother Brasil com um fantoche de papagaio.

“Quantos senadores já apareceram bêbados para votar?” – Markwayne Mullin, senador americano, defendendo Pete Hegseth, nomeado de Trump para a pasta de Defesa, acusado de ser alcoólatra. Às vezes eu me pergunto a mesma coisa, mas a respeito dos eleitores.

“Estou me sentindo criança de novo com o convite do Trump. Estou animado. Não vou nem tomar mais Viagra” – Jair Bolsonaro, em entrevista ao The New York Times. O convite foi para a posse do Trump ou para a festa do P. Diddy? 


Ari Fusevick é brasileiro não-praticante, escreve sobre filosofia, economia e política, na margem entre o inconcebível e o indesejável. Colabora com a Gazeta do Povo, Newsmax e New York Post. Autor da newsletter "Livre Arbítrio" e do livro "Primavera Brasileira".

Conteúdo editado por: Gabriel de Arruda Castro

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