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Felippe Hermes, do Spotniks: “mais importante do que dar a notícia, é dizer o que está por trás dela” | Tiago Trindade/Divulgação
Felippe Hermes, do Spotniks: “mais importante do que dar a notícia, é dizer o que está por trás dela”| Foto: Tiago Trindade/Divulgação

Felippe Hermes, um dos fundadores do site Spotniks, recebeu o Prêmio Liberdade de Imprensa durante o trigésimo Fórum da Liberdade, em Porto Alegre, nesta terça-feira (11). O portal ganhou destaque no ano passado quando a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lei Rouanet foi protocolada pelos deputados Alberto Fraga (DEM-DF) e Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), com base em levantamento sobre projetos “bizarros” publicado pela equipe do site em 2015.

“Para realizar esse texto, que teve 2,5 milhões de acesso, tudo o que precisamos fazer foi acessar os dados do Ministério da Cultura no site”, explicou Felipe. Durante a solenidade, ele definiu o Spotniks como um projeto independente: “Não faltam políticos dispostos a dar dinheiro se dermos opiniões favoráveis ao governo. No nosso caso, o site é totalmente mantido pelo dinheiro do público”, afirmou.

Qual foi a sua motivação para a criação do site?

A história do portal tem a ver com o aumento da participação da juventude nas redes sociais a partir de 2014, porque havia desejo de estar presente no debate político, principalmente a partir das eleições presidenciais. Quando estava na faculdade de economia, há seis anos, já percebi a necessidade de fazer algo diferente e aproveitar essa mobilização pela internet. A proposta do Spotniks é contextualizar o assunto. Trazemos referências de outros locais, inclusive da Gazeta do Povo. A ideia é dar base para as pessoas discutirem.

Você recebeu o Prêmio Liberdade de Imprensa. Como você avalia a liberdade de imprensa no Brasil? O Spotniks percebe alguma limitação na sua atuação?

Vejo que mídia hoje ainda é muito ligada às oligarquias do interior. Preocupa a censura na internet, como a quantidade de processos contra o Google, por exemplo, mas acreditamos no potencial das redes.

Como o posicionamento político e pessoal de vocês aparece no conteúdo?

A ideia é ser transparente. Não somos neutros. Temos posicionamento político e não escondemos. Achamos que, mais importante do que dar a notícia, é dizer o que está por trás dela.

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