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Fernando de Carvalho Lopes, ex-técnico da seleção brasileira masculina de ginástica, já havia sido acusado de abuso sexual em 2016 | RicardoBufolin-CBG/Divulgação
Fernando de Carvalho Lopes, ex-técnico da seleção brasileira masculina de ginástica, já havia sido acusado de abuso sexual em 2016| Foto: RicardoBufolin-CBG/Divulgação

O escândalo de suspeitas de abuso sexual na ginástica brasileira ganhou mais um capítulo. Em depoimento prestado nesta quarta-feira (2), na Delegacia da Mulher, da Criança e do Adolescente (DDM) de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, o ginasta Lucas Altemeyer disse também ter sido molestado por Fernando de Carvalho Lopes, ex-treinador da seleção brasileira.

Eles trabalharam juntos no clube Mesc, de São Bernardo do Campo, entre 2003 e 2005. O ginasta afirmou que não revelou a situação anteriormente por receio de ser visto como chacota.

"Era medo de piadas, de as pessoas ficarem me julgando por eu não ter falado também na época que sofri os abusos. Nunca tinha falado para minha família sobre isso, sempre guardei para mim", disse Altemeyer, de 29 anos, em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo.

"Com o tempo, a gente foi percebendo que em alguns exercícios ele começava a tocar de forma diferente, auxiliar no movimento em locais onde não havia necessidade. A minha experiência com técnicos anteriores ao Fernando mostrava que eles não tinham necessidade de tocar a parte do glúteo ou do órgão genital da criança", acusou.

Altemeyer disse ter tomado coragem para revelar o suposto abuso após reportagem exibida no "Fantástico", também da Globo, no último domingo, em que 42 ginastas acusam Lopes de seguidos abusos ao longo dos anos. Até então, apenas Petrix Barbosa havia saído do anonimato entre as possíveis vítimas. Ele foi a 20ª pessoa ouvida pela DDM na investigação.

O Cref-SP (Conselho Regional de Educação Física do Estado de São Paulo) também investiga, desde julho de 2016, as acusações de abuso sexual contra Lopes. Os novos depoimentos dos atletas serão anexados ao processo, que pede a cassação do registro profissional do treinador.

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