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Na noite de 6 de outubro, o presidente da Argentina, Javier Milei, lançou o livro de discursos e publicações “La Construcción del Milagro”, na Movistar Arena, um espaço de shows de Buenos Aires com capacidade para 15 mil pessoas. Ao longo do evento, o mandatário formou o que ele chamou de “banda presidencial”.
Com uma deputada fazendo os backing vocals, um candidato a senador na guitarra, um deputado na bateria e seu próprio biógrafo no baixo, cantou músicas clássicas do rock argentino: “Demoliendo hoteles”, de Charly García, “El rock del Gato”, da banda Los Ratones Paranoicos, “Blues del equipaje”, do grupo La Mississippi, “No me arrepiento de este amor”, “Dame fuego”, do Attaque 77, e “Libre”, de Nino Bravo. Ao subir ao palco, relembrou sua trajetória na juventude, quando foi cantor de uma banda cover dos Rolling Stones.
Mas Milei não é o primeiro chefe de Estado a se arriscar no palco. Conheça agora outros casos de presidentes que aproveitaram o acesso ao microfone – ou a instrumentos musicais – para proporcionar momentos de entretenimento (mesmo que de qualidade artística duvidosa).
Em tempo: a lista não inclui casos de lideranças de outros poderes, e por isso não inclui o episódio recente em que o então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso, foi flagrado cantando “Garota de Ipanema” ao lado do presidente do iFood Brasil, Diego Barreto, na casa do empresário, ao lado da cantora Paula Lima.
1. Harry Truman
Presidente americano entre 1945 e 1953, ele não tinha o hábito de cantar, mas frequentemente era visto ao piano. Em um vídeo específico de 1952, apresenta para a reportagem da NBC dois instrumentos dispostos na Ala Leste da Casa Branca. Em um deles, dedilha a “Sonata para Piano número 11”, de Mozart.
2. Richard Nixon
Ao longo de sua trajetória política, incluindo o período entre 1969 e 1974 em que esteve na presidência, ele aproveitou todas as oportunidades que estiveram a seu alcance para sentar-se ao piano. Chegou a tocar “Happy Birthday” para o compositor de jazz Duke Ellington, entre muitas outras aparições.
3. Bill Clinton
Mantendo a tradição de utilizar os talentos musicais para fortalecer a imagem pública, Clinton demonstrou suas habilidades ao saxofone em diferentes momentos da carreira política, incluindo ocasiões em que ainda não havia sido eleito presidente – uma das mais famosas foi registrada no Arsenio Hall Show, em 1992, enquanto ainda era governador do Arkansas e pré-candidato. Fez uma aparição utilizando terno e óculos escuros.
4. Hugo Chávez
O ditador venezuelano, falecido em 2013 e que em 2011 anunciou, cantando, que gostaria de permanecer mais duas décadas no poder, gostava de inserir músicas em suas aparições públicas. Finalizou um discurso na ONU de forma musical, recebeu com uma breve sessão de improviso o cantor mexicano Vicente Fernandez e, em suas múltiplas e longas aparições na TV, onde chegou a manter um programa própria, costumava entoar canções folclóricas do país.
5. Barack Obama
Presidente dos Estados Unidos entre 2009 e 2017, ele improvisou trechos de músicas em diferentes ocasiões, de comícios a programas de TV. O repertório incluiu “Let's Stay Together”, de Al Green; o hino religioso “Amazing Grace”; e “Sweet Home Chicago”, que ele balbuciou ao lado do cantor de blues B.B. King. Também tentou, sem qualquer chance de sucesso, dançar a coreografia de “Thriller”, de Michael Jackson.
6. Emmanuel Macron
À parte a aparente timidez, em 2024, o presidente da França desde 2017 foi filmado entoando “Les Champs-Elysées”, uma famosa canção de Joe Dassin, durante uma conferência na Universidade de Lund, na Suécia. Um ano antes, ele se juntou à cantoria de apoiadores nas ruas de Paris, depois de fazer uma aparição nacional em TV em que defendeu uma série de reformas impopulares.
7. Luiz Inácio Lula da Silva
Em julho de 2024, o atual presidente do Brasil visitou a cidade de Feira de Santana (BA) e, em meio a um discurso, cantou um trecho de “Baiano Burro Nasce Morto”, do cantor Gordurinha. O trecho que ele entoa é: “Sou da Bahia comigo não tem horário / Não sou otário e você pode zombar / Sou cabra macho, sou baiano toda hora / Meio dia, duas hora, quatro e meia o que é que há / Cabeça grande é sinal de inteligência / Eu agradeço a providência ter nascido lá / Salve a Bahia, iaiá”. Assista ao vídeo por sua conta e risco.




