“Temos duas Américas Latinas: a saqueadora e desonesta e a trabalhadora”

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Há uma onda socialista na América Latina. México, Chile, Peru, Bolívia e Brasil elegeram recentemente esquerdistas.

Esses políticos pelo menos se distanciam de bandidos como Hugo Chávez e Fidel Castro, mas todos propõem políticas de socialismo "light" dando ao governo mais controle sobre mais pessoas.

Por que as pessoas na América Latina não aprendem com os erros do passado? Gloria Álvarez, uma estrela da mídia social da Guatemala, está concorrendo à presidência de seu país para tentar educar as pessoas sobre os danos que o socialismo causa.

As pessoas precisam de educação.

“É como a síndrome de Estocolmo”, diz Álvarez em meu novo vídeo. “Quando você pergunta às pessoas: 'Quem deve cuidar da saúde, da educação, do futebol, das artes, o que for?', elas sempre respondem: 'governo'. ”

A campanha de Álvarez é baseada nas mídias sociais. Seu TikTok anunciando sua campanha obteve 1,5 milhão de visualizações.

Eu gostaria de pensar que a ensinei a fazer isso. Álvarez já foi uma Stossel TV Fellow. Estou contratando outro agora.

Ajudamos Álvarez a fazer um vídeo sobre o socialismo que obteve notáveis 15 milhões de visualizações.

Mas ela sabia sobre o socialismo bem antes disso. Ela foi para uma universidade libertária, Francisco Marroquin. “Uma coisa que eles fazem é ensinar socialismo e comunismo. Eles fazem você ler Marx e Engels… Isso está faltando na maioria das universidades nacionais. As pessoas defendem o socialismo porque não o estudam.”

Uma pesquisa descobriu que a maioria dos millennials apoia o socialismo. Mas “quando eles foram solicitados a definir ou descrever o socialismo, nenhum deles conseguiu!” diz Álvarez. “Eles não conhecem os maciços fracassos do socialismo.”

Como eles não podem? O colapso da União Soviética e a miséria na Venezuela, Nicarágua e Cuba não são visíveis o suficiente? Aparentemente não. Socialistas ainda ganham eleições.

“Todos fazemos parte da mesma mentalidade de que o governo tem esse poder mágico de controlar a economia, dizer como viver sua vida e, definitivamente, não deixar você ser livre porque é burro ou pobre demais para ser responsável por sua própria vida”, diz Álvarez.

“Temos duas Américas Latinas diferentes, os ‘desonestos e os saqueadores’ que Ayn Rand definiu em ‘A Revolta de Atlas'” e depois os “60 milhões de latino-americanos que votaram com os pés e vivem nos Estados Unidos. Eles trabalham e mandam dinheiro para casa. Em alguns países, como a Guatemala, essas remessas são a principal fonte de renda. Isso prova que não precisamos de governos para cuidar dos nossos pobres. Se houver liberdade, propriedade privada, estado de direito, então os latino-americanos prosperam!”

Mas as pessoas continuam teimando em não aprender.

O Chile já prosperou abraçando o capitalismo. Seu líder, Augusto Pinochet, reuniu-se com Milton Friedman e outros economistas de livre mercado. Eles o persuadiram a cortar tarifas e impostos e a privatizar as indústrias estatais e a Previdência Social. Quando Pinochet assumiu, o Chile era mais pobre que o resto da América Latina. A adoção de mercados livres logo tornou o Chile o país mais rico.

Infelizmente, Pinochet também foi um ditador perverso que matou oponentes. Sua crueldade permitiu que os esquerdistas difamassem a liberdade econômica desde então.

“Você não pode impor o livre mercado por meio de uma ditadura”, diz Álvarez.

Recentemente, o Chile elegeu um presidente de esquerda, Gabriel Boric. Ele quer abolir os fundos de pensão privados que ajudaram a enriquecer o Chile. Ele quer transporte público gratuito, assistência médica universal, impostos mais altos para os ricos e acabar com a dívida estudantil. Uma votação nacional para adotar uma constituição progressista foi derrotada, mas ele retornará com planos semelhantes.

“Se você não continuar educando as novas gerações no aspecto filosófico de por que as liberdades individuais são sagradas”, diz Álvarez, “eventualmente você terá uma geração com riqueza material que esquece a importância desses valores, e então eles saem e dizem , 'Vamos tentar o socialismo!'”

É por isso que ela continua fazendo vídeos.

Sua campanha presidencial é, na verdade, apenas uma campanha educacional, já que aos 38 anos ela é dois anos mais jovem para se tornar legalmente presidente na Guatemala.

Mas estou feliz que ela esteja espalhando a palavra.

“Liberdade implica que ninguém mais tome as decisões por você”, diz Álvarez. “As pessoas não gostam de liberdade. Eles gostam de seu messias populista prometendo-lhes besteiras”.

John Stossel é o criador dos vídeos Stossel TV e autor de "No They Can't! Why Government Fails—But Individuals Succeed"[ Não, eles não podem! Por que o governo falha, mas os indivíduos são bem-sucedidos].

©2023 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês.