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Ao contrário do que diz o senso comum, alameda não é a denominação dada a ruas pequenas, mas sim àquelas com árvores nas margens. Por isso, a Alameda Augusto Stellfeld faz jus ao seu nome duplamente: além de ser bem arborizada em grande parte de sua extensão, ela está fortemente ligada à área da saúde, como o ilustre pioneiro de quem emprestou o nome, o primeiro farmacêutico de Curitiba.

A rua tem início na continuação da Travessa Nestor de Castro, logo após a trincheira sob a Alameda Dr. Muricy, e separa o Centro de Curitiba do bairro São Francisco, junto ao setor histórico da cidade. De mão única, a Augusto Stellfeld segue em direção ao Bigorrilho, na região Oeste da capital paranaense.

O começo da alameda fica em uma região alta, onde ficam alguns bares e pequenos hotéis. Ainda no Centro, ela cruza com a Rua Fernando Moreira – também conhecida como rua dos chorões, caracterizada também pela canaleta do ônibus expresso e pelo córrego do Bigorrilho – e com a Rua Visconde do Rio Branco, ao lado do Sesc da Esquina. Três quadras depois, já no Brigorrilho, a alameda começa a ficar bem arborizada, marca que a acompanha praticamente até o seu final.

Com o tempo, a Alameda Augusto Stellfeld parece ter adquirido uma identidade ligada à área da saúde. Não é difícil entender a razão: a rua passa em frente ao Hospital Evangélico – um dos mais tradicionais de Curitiba – e à diversas clínicas, consultórios médicos e centros de estética, todos estrategicamente localizados próximos do hospital.

Há muitas casas residenciais e comerciais e poucos prédios na via. "Ali o zoneamento não permite grandes edifícios, apenas construções de no máximo 10 andares", explica Ricardo Tavares, proprietário da Apolar Champagnat, que ainda destaca um outro entrave para a construção de prédios na região. "Como os terrenos na alameda são pequenos, para erguer um pequeno prédio nela seria preciso no mínimo utilizar dois terrenos em função do ‘h/6’ (fórmula estabelecida por lei municipal que determina que os recuos laterais dos novos edifícios devem ser proporcionais à sua altura), o que dificulta ainda mais o surgimento de novos prédios ", esclarece Tavares.

Um pouco antes da Praça Alfredo Andersen e do Hospital Evangélico, mais precisamente na esquina com a Rua Alferes Ângelo Sampaio, encontra-se a Confeitaria Edelweiss, que há 21 anos adoça a vida de quem mora, trabalha ou simplesmente passa por ali. Paula Escovedo Horta, balconista do estabelecimento, de propriedade da sua família, testemunhou uma mudança no perfil da rua nos últimos anos. "Antes, muitas das casas que hoje são comerciais eram residenciais, inclusive as do térreo do prédio da confeitaria", destaca.

Segundo Paula, o tráfego na via também aumentou consideravelmente. "O movimento aqui é bem maior do que aquele de quando a gente chegou, o que, para nós e os demais comerciantes da alameda, é bom", enfatiza Paula, sem esquecer que o desenvolvimento trouxe a reboque um problema típico das vias muito movimentadas. "Na esquina com a Ângelo Sampaio já ocorreram diversos acidentes com carros que entram em alta velocidade para virar na Augusto Stellfeld. Acho que é imprudência mesmo, pois o cruzamento é bem sinalizado", ressalta.

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