• Carregando...

Enquanto a satisfação da aquisição pode ser efêmera, o transtorno posterior tende a levar tempo para ser resolvido. "Quem compra deve ter a consciência de que a desocupação pode demorar. Não dá para estimar um prazo certo, nem dar garantias de resolução em um determinado prazo", diz a gerente de vendas de imóveis da Caixa, Denise Angelucci. Há casos que duram mais de um ano.

Ela afirma ainda que, no caso dos leilões da CEF, o próprio banco propõe a desocupação voluntária dos imóveis antes do leilão. "No entanto, mesmo que o ocupante se recuse a sair da residência, a CEF é obrigada por lei a colocá-la à venda", explica a executiva. Segundo o diretor da ABMM, Paulo Roberto Zancaneli, as questões jurídicas pós-venda é que retardam a desocupação. "Dependendo do trâmite, pode haver até mesmo o cancelamento da venda ocorrida no leilão", complementa o diretor.

Contudo, Denise afirma que na maioria das vezes não há problemas. "Temos muitos casos de desocupação voluntária. A maioria dos ocupantes deixa o imóvel em até seis meses depois da venda", esclarece. A CEF orienta quem compra um imóvel ocupado a ir até o local e conversar com o ocupante, para saber quais as suas intenções e tentar um acordo informal.

Se não ocorrer a desocupação amigável, o comprador deve entrar na Justiça com uma ação de imissão de posse. O problema, segundo Zancaneli, é que a ação normalmente tramita por mais de um ano, o que pode causar transtornos ao comprador. "Às vezes ele tem que pagar aluguel durante a espera da decisão judicial, e se quiser se desfazer do negócio, há mais dor de cabeça", ressalta.

Segundo Denise, juntamente com a ação de imissão de posse o novo comprador pode solicitar o pagamento do aluguel durante o trâmite da ação. E apesar dos contratempos, ela ainda destaca a compra de imóveis em leilões. "De um modo geral, é vantajoso para o comprador", conclui. (FM)

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]