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Planejamento

Acessibilidade nas construções populares

Projeto de casa popular adequada para cadeirantes da arquiteta Rafaela Stramandinoli: portas e circulação maiores do que o padrão da Cohab | Divulgação
Projeto de casa popular adequada para cadeirantes da arquiteta Rafaela Stramandinoli: portas e circulação maiores do que o padrão da Cohab (Foto: Divulgação)

A arquiteta Rafaela Targa Stramandinoli, aluna do curso de pós graduação em Projetos de Interiores do Centro de Educação Profissional de Design, Artes e Profissões (Cepdap), projetou uma casa no padrão usado pela Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) com as adequações necessárias para que um cadeirante possa morar. "É um projeto de inserção social para esse público que às vezes é esquecido. O objetivo do trabalho foi modificar e adequar uma casa popular para famílias de baixa renda que apresentem indivíduos com necessidades especiais."

As modificações arquitetônicas atendem as necessidades de um cadeirante com a construção de rampas (na entrada e na parte de trás que dá para uma pequena varanda), aumento dos vãos das portas e inclusão de barras de apoio nos banheiros. Com essas mudanças o tamanho da casa passou de 34 para 37 metros quadrados. "A ideia é que o projeto fosse aplicado para todas as casas, pois é funcional e se adaptaria também para os idosos ou uma pessoa com limitação temporária de locomoção", diz. Rafaela explica que adaptar uma casa com 34 metros quadrados e quase sem espaço de terreno seria praticamente impossível.

Segundo o levantamento e os cálculos feitos pela arquiteta, o custo final da residência seria 7,7% maior. "A casa custaria R$ 20,5 mil. O preço médio que a Cohab divulga é de R$ 19 mil."

O projeto de Rafaela prevê ainda o mobiliário da casa feito com materiais reciclados e adaptados para o uso de portadores de deficiência física. "Usei caixotes de madeira, carretéis de fio de luz, tábua de madeira de demolição", aponta a arquiteta. A pia e a mesa de jantar não têm vãos embaixo para que o cadeirante possa se aproximar.

A assessoria de imprensa da Cohab informa que os portadores de necessidades especiais são identificados na época do cadastro para que a construção do bairro seja feita com casas adaptadas em número suficiente para atender essas famílias. O projeto adaptado utilizado hoje foi desenvolvido por arquitetos e engenheiros da Companhia.

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