
Do lixo ao luxo. Há cinco anos, a artesã Soeli Terezinha Ferenc transforma garrafas e sobras de vidro em objetos de decoração. Além do que é coletado no lixo produzido pelos moradores de Curitiba, bares e vidraçarias são seus principais fornecedores.
Todos os meses, ao menos 100 garrafas saídas do lixo e transformadas em relógios, tábuas de frios e petisqueiras pelas mãos da artesã, vão parar em salas, cozinhas e churrasqueiras das residências. Além do trabalho com as garrafas, Soeli, que trabalha junto com o marido Eugênio há 30 anos, usa sobras de vidraçarias e demolições para compôr objetos de decoração, como vasos, fruteiras, saboneteiras e cestas.
O trabalho é feito com a combinação de vidros brancos (transparentes) com os coloridos, sem temática específica. "Procuramos sempre trabalhar com o material liso, a não ser que em uma encomenda o cliente peça para usar tinta e um tema determinado", explica Soeli.
Segundo a artesã, além dos clientes que prestigiam seu trabalho nos pontos de vendas, artistas plásticos e arquitetos também são consumidores corriqueiros. "Eles geralmente utilizam uma peça minha ou mesmo encomendam algo especial que mais tarde irá fazer parte de outro trabalho artístico", conta.
A técnica conhecida como fusing fundição em forno a 800 graus começou há mais tempo, cerca de três décadas, quando o casal produzia azulejos de vidro. "Era mais um hobby. Este trabalho veio como uma alternativa de geração de renda e deu certo", diz Soeli.
As peças custam entre R$ 15 (alguns relógios feitos de garrafa) e R$ 60 (preço das cestas).



