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Falta de licença gera multa

Os elevadores necessitam de licença para instalação e funcionamento. A frequência de inspeção exigida por Lei para a conservação do aparelho varia conforme a regulamentação de cada município. Em Curitiba, essa periodicidade é anual.

Para comprovar que o elevador está dentro das normas de funcionamento, o responsável pela manutenção deve emitir a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), um documento assinado por um engenheiro mecânico.

Na ART constam o tipo e a descrição dos serviços realizados. A empresa ou profissional que fez a emissão passa a responder juridicamente pelo equipamento. Na falta da ART, a responsabilidade legal é do síndico ou representante do condomínio. Uma cópia do documento deve estar fixada no elevador ou na entrada do prédio. Em casos de irregularidades, o edifício pode ser notificado e até multado. A fiscalização é de responsabilidade do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Parana(Crea-PR). "É preciso deixar claro que o fiscal do Crea só confere a documentação e não o bom funcionamento do elevador. Mas é importante que os moradores estejam atentos e exijam a ART, porque é uma garantia para a sua segurança", alerta o engenheiro mecânico do Crea-PR, Adler Machado.

Um produto que está em alta é o elevador sem casa de máquinas, que ficavam alocadas em um espaço físico do prédio. Esse novo sistema proporciona um equipamento compacto, mais confortável e econômico. "A área mais valorizada de um edifício é a cobertura e na maioria dos casos esse espaço era utilizado para colocar a casa de máquinas, que agora fica na própria caixa do elevador", comenta o gerente da regional sul da Atlas Schindler Elevadores, Adriano Kluwe.

Outra vantagem é que o equipamento pode ser colocado em prédios antigos, que não possuem elevadores. Para a instalação basta construir uma caixa de corrida por fora da estrutura de construção. "A presença do elevador valoriza o imóvel em torno de 10% a 15%", aponta Kluwe. O gerente da Atlas Schindler destaca ainda o sistema de resgate automático. Em casos de falta de energia o aparelho desce até o andar mais baixo e abre para a pessoa descer, sem a necessidade de assistência externa.

Outra solução em tecnologia é a modernização do equipamento, que vai da estética da cabina até a troca de comandos e motor, melhorando sua eficiência. No prédio onde Luiz Carlos Vieira é síndico, em Curitiba, o elevador social passou por uma restauração há pouco mais de um ano. O gabinete foi substituído e o sistema de tração passou a ser todo eletrônico.

Vieira conta que desde a entrega do prédio, há 30 anos, o equipamento nunca apresentou defeitos graves. "Foi só uma atualização mesmo. Sempre fizemos a manutenção periódica e nunca tivemos problema. Temos um contrato com a empresa fabricante, pagamos uma mensalidade e temos toda a assistência necessária. Em outro prédio que já tive apartamento os condôminos não queriam pagar essa taxa e acabaram tendo um grande prejuízo pela falta de manutenção", relembra o síndico.

A economia de energia elétrica e o uso de materiais que não agridem o meio ambiente também são uma tendência. A iluminação por led, que tem vida útil longa e emite pouco calor, é um exemplo na redução de consumo. Para os elevadores sem casa de máquinas, em algumas situações como subir vazio e descer cheio, em vez de gastar, o aparelho devolve energia para o edifício. A economia pode ficar em torno de 40%.

Os tradicionais painéis de botões estão sendo substituídos pelo teclado numérico, com dígitos de zero a nove, que facilita a adaptação do elevador a prédios com diferentes números de andares. O sistema de biometria reconhece os usuários pela digital e a programação para acesso com senha estão entre os dispositivos que proporcionam segurança para os moradores.

Existe ainda um sistema de antecipação de destino, que evita filas, cabinas lotadas e paradas desnecessárias. Conforme ocorrem as chamadas, o sistema faz uma distribuição inteligente dos passageiros, agrupando viagens para o mesmo andar ou pisos próximos. A indicação de qual elevador chegará mais rápido ao destino proporciona menor tempo de espera ao usuário e reduz em até 40% o período de viagem .

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