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“Só bicicleta são três, que agora ficam em suportes específicos no teto do quarto. Ter lugar certo para tudo o que utilizo para praticar os esportes facilitou muito.” - Rodrigo Ribeiro de Souza, administrador de empresas e triatleta | Pedro Serápio/Gazeta do Povo
“Só bicicleta são três, que agora ficam em suportes específicos no teto do quarto. Ter lugar certo para tudo o que utilizo para praticar os esportes facilitou muito.” - Rodrigo Ribeiro de Souza, administrador de empresas e triatleta| Foto: Pedro Serápio/Gazeta do Povo

Bicicletas, pares de tênis, capacetes, suplementos alimentares e diversos ou­­tros itens que fazem parte da rotina de treinos do triatleta e administrador de empresas Ro­­drigo Ribeiro de Souza deixaram de disputar espaços na lavanderia e no banheiro e ganharam seu próprio local para serem guardados. A necessidade de zelar pelos ma­­teriais e o desejo de ter uma casa organizada, principalmente da esposa Priscila, levaram o ca­­sal a eleger a dependência de em­­pregada do apartamento, com cerca de dez metros quadrados, o local ideal para estes equipamentos esportivos.

Souza conta que um armário embutido do quarto foi aproveitado para guardar tudo. "As bicicletas têm preços elevados, custam por volta de R$ 3 mil, não dá para deixar na garagem do prédio. Além de eu sentir um ciúme grande dos equipamentos", confessa. O triatleta, que pratica, diariamente, pelo menos dois dos três esportes que caracterizam a modalidade (natação, ciclismo e corrida), conta que os materiais ficavam amontoados pela casa, em lugares improvisados dos cômodos, inclusive atrás de guarda-roupas. Hoje a casa é bem mais organizada. "Só bicicleta são três, que agora ficam em su­­portes específicos no teto do quarto. Ter lugar certo para tudo o que utilizo para praticar os es­­portes facilitou muito."

Mesmo em pequenos espaços, é possível encontrar uma solução, avalia a arquiteta Neliza Fer­­raz de Mello Gonçalves, da loja de móveis planejados To­­deschini, do bairro Xaxim. "É errada a ideia de que é necessário ter uma grande área para organização. A valorização de cada espaço livre faz com que seja bem aproveitado", diz. A arquiteta recomenda, por exemplo, nichos nas paredes. "É um espaço menor e bem específico, melhor de manusear e organizar, principalmente o que for em­­­­pilhável". Outra sugestão fa­­zer um gavetão com divisórias.

Considere as medidas ergonômicas, a fim de otimizar o espaço, recomenda a designer de projetos Karen Dobrovolski Nor­berto, da loja de planejados Mr. Closet, no Água Verde. "Quando tratamos de calçados, por exemplo, consideramos 25 centímetros para cada par e uma altura aproximada de 19 centímetros". Quanto mais objetos armazenados de forma suspensa em prateleiras ou suportes, sugere Karen, mais prático será o acesso a cada item – sapateiras inclinadas ajudam ainda mais a visualização.

O closet que o empresário Ro­­bison Almeida divide com a mu­­lher ganhou um espaço pequeno, mas suficiente para guardar todo o material que utiliza para praticar motovelocidade. Ele corre de superbike e há um ano e meio treina no Autódromo Interna­cio­nal de Curitiba, na região metropolitana, para começar a competir em 2011. Somente a coleção de capacetes tem nove modelos. "Criamos um closet e aproveitei o espaço para guardar os equipamentos, que são muitos. Os ma­­cacões saíram do banheiro da dependência da empregada e as botas deixaram de ficar jogadas na garagem."

A maior vantagem, afirma Robison, é poder visualizar o que tem e poder sair pronto do quarto. E tem mais: há quatro temporadas ele pratica esqui na estação de Las Leñas, na Argentina. Junto com o hobby vem toda a parafernália. "São somente duas vezes por ano. Preciso de um lugar para guardar bastões, botas, luvas, jaquetas, óculos e os esquis, que são materiais caros, com segurança."

Detalhes

Cada projeto é bastante intimista, afirmam os profissionais. É preciso prestar atenção em diversos detalhes e aliar os tipos de equipamentos ao gosto pessoal e especificidades dos fabricantes dos produtos, explica a arquiteta Neliza. "O móvel que servirá de apoio não precisa ser todo fechado. Algumas peças podem ser até decorativas", avalia. "Mas há situações nas quais o equipamento não poderá ficar exposto a poeira e incidência de luz."

O material ventilado é uma das opções para casos que exijam maior controle de umidade e de formação de fungos. "Além disso, ocupa pouco espaço, porque pode ser projetado por milímetro linear, o que dá liberdade de criação no projeto". Segundo a designer Karen, as prateleiras ventiladas suportam até 40 quilos para cada 30 centímetros e tem custo acessível. "Chegam a custar quase 20% menos que a madeira."

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