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Material alternativo

Bloco de isopor e garrafa PET substitui o tijolo

Isopor reciclado e garrafas pet. O que esses materiais têm a ver com construção? Combinados com areia, água e cimento, se transformam em um bloco construtivo chamado Isopet, substituindo o tijolo de cerâmica.

Criado em 2000 pelo Laboratório de Materiais de Construção da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), sob a coordenação do professor Ely Costa Cardona de Aguiar, o bloco Isopet apresenta várias vantagens em relação aos materiais convencionais, entre elas, o isolamento termoacústico e o baixo peso, que facilita o seu manuseio e reduz o desgaste físico do operário, além dos benefícios para o meio ambiente, já que reutiliza materiais de difícil decomposição e facilmente encontrados no lixo.

A mais recente descoberta foi feita pelo tecnólogo em concreto e mestre em Engenharia de Materiais, Rodrigo Cézar Kanning, um dos alunos de Aguiar que começou a pesquisar o material. Chamado agora de Legoleve (uma referência aos brinquedos de montar), um novo bloco, de mesma constituição, utiliza de partes aparentes das garrafas pet para encaixar-se em outro. Com a construção de três unidades de testes (Curitiba, Campo Largo e Pindamonhangaba – SP), o pesquisador fala dos resultados obtidos com o material:

Gazeta do Povo – Quais as novidades desse trabalho?Rodrigo Cézar Kanning – O bloco Legoleve permite que a fixação de elementos embutidos em seu interior, como tubulação hidráulica e elétrica, possa ser feita sem recortes na parede como acontece na construção convencional, mais trabalhosa e com maior desperdício de material. E quanto ao custo, o bloco e seu processo construtivo são mais baratos que uma construção convencional?O processo de produção dos blocos ainda é artesanal, porém, devido às vantagens nos processos construtivos e na característica dos blocos, você tem no produto final uma redução de 10% dos custos.

O novo material pode ser empregado em moradias populares?Sim, os projetos foram desenvolvidos comparativamente com os blocos cerâmicos, os mais utilizados pela população de baixa renda. Já fizemos testes em Pindamonhangaba em sistema de mutirão e foi aprovado.

O que falta para a sua comercialização?Falta a parceria com uma indústria para viabilizar o processo em escala industrial.

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