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De um lado residências e edifícios de alto padrão. Do outro, barracos aglomerados em uma das regiões mais pobres de Curitiba: a Vila Parolin. Mais do que uma via de escoamento sentido centro-bairro, a Rua Brigadeiro Franco representa, com todos seus contrastes sociais, um pedaço real do Brasil na capital paranaense.

Mesmo com a enorme distância social que os separa, moradores dos diferentes pontos da via têm sentimentos semelhantes em relação à rua. "É bem perto do centro da cidade. Tem tudo por aqui, posto de saúde, mercado e escola. Enquanto puder não mudo", diz a dona de casa Lúcia Gonçalves, moradora há 31 anos da região hoje chamada de Vila Parolin. "É uma ótima localização. Mudei para cá por ficar perto do centro", conta Albino Pires Filho, que mora há dois anos no Mercês, bairro de classe média-alta também percorrido pela Brigadeiro.

Além do Mercês e Parolin, a via atravessa o centro da cidade, Rebouças e Água Verde. Com mais de cinco quilômetros de extensão, ela é uma rua mista, marcada por pontos comerciais e residenciais quase na mesma proporção. "Na verdade ela era para ser uma via totalmente voltada à moradia. Mas, pelo barulho e intenso movimento, muitos dos proprietários optaram por tornar seus imóveis comerciais", explica Renato Picança, sócio-proprietário da Mônaco Imóveis.

Apesar das diferenças sociais, não existe grande desvalorização nos preços dos imóveis ao longo da Brigadeiro. Segundo dados da Mônaco, o metro quadrado para a venda de um imóvel de médio padrão próximo à Vila Parolin custa, em média, R$ 1,2 mil. No trecho que percorre o Água Verde, Centro e Mercês, o valor sobe um pouco, vai para R$ 1,5 mil. "É uma das principais ruas de Curitiba e pertence ao anel central da cidade, por isso os preços quase se equivalem", diz Picança.

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