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Estação de trabalho DR3, da Flexiv. Com design arrojado e lúdico, o mobiliário é completo | Divulgação
Estação de trabalho DR3, da Flexiv. Com design arrojado e lúdico, o mobiliário é completo| Foto: Divulgação

Manutenção

Saiba como prolongar a durabilidade do seu móvel de escritório:

Conservação

> Evite expor móveis e cadeiras ao sol. A incidência de luz desbota e danifica os materiais, principalmente o couro, que se resseca.

> Não sente ou se apoie nas gavetas, gaveteiros, apoio para teclado, mesas, conexões ou portas de armários.

> Não coloque sobre os móveis objetos cortantes e afiados como chave de carro, estilete e ferramentas. Tenha o mesmo cuidado com objetos quentes e recipientes com líquido. Esse cuidado é necessário sobre mármores e granitos onde o líquido pode infiltrar e manchar.

Limpeza

Para partes de madeira – pano úmido e sabão neutro em partes de MDF com acabamento microtextura, fórmica e BP e apenas pano úmido em madeira com acabamento de verniz, selador ou tingidor. Para enxugar utilizar um tecido absorvente. No caso de manchas resistentes na fórmica pode-se usar um pano embebido em solvente (aguarrás), usando sempre uma luva. Finalizar passando álcool para tirar a gordura do solvente. O solvente a 1% ou mesmo a água sanitária servem também para desinfetar a fórmica. Nas superfícies ebanizadas, usar apenas pano macio seco, diariamente.

Para as placas de metal e peças cromadas e anodizadas – pano com água morna e sabão neutro, enxugando em seguida. O álcool diluído em água a 50% também é indicado. Não usar substâncias como benzina, removedor, acetona ou solventes.

Para os vidros – pano úmido com sabão neutro. Em manchas resistentes, pano com álcool.

Para acrílicos – pano úmido bem macio com água e detergente diluído a 50% ou álcool. Para sujeiras mais resistentes passe, rapidamente, querosene, e, logo em seguida, água com sabão neutro para tirar o excesso.

Para os tecidos – aspirar e escovar a cada dois dias. Para limpar usar pano úmido com sabão neutro é a melhor opção. No couro natural é preciso passar logo em seguida um pano para enxugar, não deixando o tecido absorver o líquido. Para hidratá-lo passar, a cada três meses, vaselina líquida na cor do couro, em movimentos circulares. Nos tecidos emborrachados use pano úmido e detergente neutro a 50%.

Para mármore e granito – pano com água e sabão neutro, enxugando em seguida.

Fontes: Flexiv e Giroflex

Organizado sim, monótono não

Uma das formas de deixar os ambientes corporativos mais dinâmicos é apostar em artíficios visuais, como plotagens, fotografias e monitores LCD. "As cores são geralmente sóbrias, como o preto e branco, para não cansar. No entanto, dependendo da empresa, pode-se lançar mão de um móvel diferente para dar uma descontraída, como colocar cadeiras modernas, de design assinado como a Tulipa, em uma mesa de reuniões", sugere a arquiteta Silvia Mainchr Ferreira.

Outra dica é a atenção especial à iluminação. "Normalmente, a luz que utilizamos é funcional, a luz fria. Mas para aquecer o ambiente é bacana também usar algumas luzes decorativas, destacando os objetos de decoração do espaço, tais como quadros, plantas e livros", recomenda a arquiteta, Renata Pisani.

Para ela, um elemento importante para dar aconchego ao ambiente corporativo é o paisagismo. "Mesmo em espaços onde não dá para usar plantas naturais, as artificiais dão um ótimo resultado."

Alguns cuidados passam também pelo tamanho do ambiente. Espaços pequenos pedem cores claras, como tons de marfim e areia, nas paredes e piso para dar uma sensação de que o ambiente é mais amplo. Já em grandes departamentos, que concentram 30 ou 40 pessoas em um mesmo espaço, o cuidado é com a acústica. "Nesses ambientes planejo o uso de tapetes, tecidos e persianas para absorver o ruído de telefones e pessoas falando", aponta Renata.

  • Linha Fit, da Funcional. Pequenas ilhas com mobiliário de linhas simples
  • Linha Linear, da Giroflex: conjunto de móveis com traços retos e de variedade de acessórios
  • Setor administrativo da Battistella Holding, projetado por Renata Pisani, com móveis da Flexiv
  • Linha Versatile, da Funcional. Vários componentes para combinar

Ambientes limpos e organizados (não tediosos), com nenhuma ou algumas divisórias discretas – baixas ou em material translúcido –, móveis de linhas orgânicas e cadeiras com mil e uma regulagens. Os espaços corporativos não seguem exatamente tendências, mas sim o modo e o espírito de trabalho de cada empresa, com o foco principal na ergonomia – que nesse caso tem a função de organizar metodicamente o trabalho, buscando sempre conforto, segurança e eficiência na relação homem-máquina.

O diretor da fabricante paranaense de móveis corporativos Flexiv, Ronaldo Duschenes, diz que entre as particularidades do modo de trabalho de cada empresa, uma demanda bastante crescente é por estações de trabalho compartilhadas, onde a equipe interage e se comunica com fluidez. "São móveis com divisórias baixas que delimitam o espaço de cada um, sem limitar a comunicação."

Para arquiteta Silvia Mainchr Ferreira, que fez escritórios como o da empresa América Latina Logística (ALL), mesas com divisórias altas acirram a competitividade entre os colegas. "O bloqueio visual faz isso. Já nas estações com divisórias baixas há um estímulo ao trabalho em equipe, à interatividade. Com o tempo os funcionários e colaboradores criam vínculos."

Uma ideia que também tem se destacado no mundo corporativo, segundo Duschenes, é o investimento no trabalho não-territorial, chamado de telecommuting ou telework. "O formato permite contar com o funcionário por um ou dois dias da semana no escritório principal, para manter o contato com a empresa e colegas, deixando o restante do trabalho para ser feito à distância. Com isso a estrutura física da empresa é otimizada, com soluções como a instalação dos chamados mesões ou estações de trabalho". Nesse sistema o funcionário não tem uma mesa fixa, ocupando o local que lhe for mais conveniente durante o período que está no escritório. "Para esse estilo de trabalho, o mobiliário tem de ser flexível, um verdadeiro curinga, podendo se adaptar aos mais variados indivíduos."

Em uma tentativa de tornar o trabalho mais agradável, os ambientes corporativos estão absorvendo cada vez mais a atmosfera residencial. "Vemos isso no uso de acessórios, tecidos e outros acabamentos aconchegantes e sofisticados, principalmente nos espaços de mais descontração, como as salas de café e descanso. É uma maneira de humanizar o espaço de trabalho onde as pessoas passam tanto tempo", diz a gerente geral de marketing da Giroflex, Sandra Escobar. Para ela, as divisórias em material translúcido como o vidro criam uma barreira virtual entre um departamento e outro. "São divisórias que não limitam a visão, mas dão uma ideia de privacidade para os funcionários."

Dentro da concepção de trabalho à distância, principalmente de casa, o diretor de outra fabricante paranaense, Funcional, Helder Dias, diz que o chamado home office, montado principalmente por profissionais liberais, como advogados e webdesigners, está muito menos improvisado. "Diferentemente do corporativo, o mobiliário residencial tende a ser mais personalizado. Algumas pessoas têm escritório invejáveis em casa de tão modernos e profissionais."

Com todas essas particularidades de comportamento do mundo corporativo, as empresas especializadas deixaram de vender móveis para vender soluções. "Uma característica desse trabalho é a combinação de várias de nossas linhas de móveis para buscar a eficiência que o cliente quer. Aquele cliente que chegava, escolhia um tipo de móvel para preencher todo o escritório e pronto, já não existe mais", ressalta o gerente de design do Estúdio Flexiv, Dari Beck. No mercado, algumas linhas, como a Múltiplus, da Giroflex, chega a ter 12 mil componentes para combinar.

Menos móveis

Há cerca de dez anos ainda era comum encontrar uma sala de escritório abarrotada. "Cada funcionário tinha um armário, um gaveteiro, fora o espaço da mesa. Tudo cheio de papéis. É claro que alguns departamentos continuam tendo que arquivar tais volumes, mas, de forma geral, os escritórios estão enxutos e organizados. Em muitas empresas os funcionários contam apenas com uma gaveta para objetos pessoais, mas com um espaço de trabalho melhor planejado", lembra Beck.

Para o diretor da Funcional, parte dessa evolução veio da época das salas de informática nas empresas. "Há poucos anos a maioria dos ambientes das empresas tinha aqueles móveis de madeira pesados. A única sala a ter móveis mais leves e organizados para os computadores, com lugar para o teclado e a impressora, era a sala de informática, chamada de CPD, onde ficavam os especialistas", conta Dias.

Tecnologia

Os móveis corporativos são feitos não com um material ou outro, mas com a combinação de vários. Madeira (principalmente as placas de MDF e MDP), vidro (nos móveis e nas divisórias, transparentes ou jateados), aço, acrílico e plástico de engenharia. A mistura desses materiais é que proporciona qualidades como melhor acabamento, resistência à abrasão e menor produção de ruídos. "Nessa combinação, nós ultrapassamos o conceito de uso e passamos a pensar também no descarte, possibilitando que todos esses materiais sejam separados depois. Madeiras mudam de tamanho para serem utilizadas de novo, ponteiras de plástico são recicladas e assim por diante", afirma Dari Beck, da Flexiv. No mercado em geral as fabricantes têm informado o fator de reciclabilidade das peças. Algumas cadeiras chegam a ser 95% recicláveis.

Nos tecidos, que incluem todos os tipos, de poliéster ao couro, também há avanços práticos, como fácil limpeza e resistência a fungos e ácaros. Tais avanços na fabricação dos móveis como um todo possibilitam garantias de fábrica que chegam a 10 anos no mercado. "Toda essa exigência com produtos de propriedades tecnológicas e a preocupação com o uso de fontes sustentáveis na fabricação dos móveis fazem parte, muitas vezes, da própria filosofia e regras da empresa", ressalta Sandra Escobar, da Giroflex.

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