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Thá Arts: espaço aberto à apresentações artíticas será um dos destaques do empreendimento, construído na Rua Riachuelo | Divulgação
Thá Arts: espaço aberto à apresentações artíticas será um dos destaques do empreendimento, construído na Rua Riachuelo| Foto: Divulgação

Exposição

Tapumes viram telas de arte a céu aberto

O impacto da valorização das expressões artísticas pelas incorporadoras pode ir muito além do cliente em potencial, atingido toda a comunidade do entorno da obra. Neste sentido, a disponibilização dos tapumes e de paredões para a pintura de grafites tem se tornado uma constante em várias construções espalhadas pela cidade, colorindo ruas e minimizando a frieza da obra até a entrega dos empreendimentos.

A obra do City Centro Cívico, próxima ao Shopping Mueller, foi pioneira na liberação dos tapumes para grafitagem. Os 100 metros lineares de tapume foram grafitados pelo artista Jorge Galvão em uma iniciativa realizada pela incorporadora Monarca em parceria com as construtoras Stuhlberger e Tecnisa, responsáveis pela construção. "A ideia surgiu quando decidimos transportar o painel que representava a cidade, instalado no estande de vendas, para o tapume, de forma a tornar a comunicação visual do empreendimento mais agradável, criando um diferencial para a marca e minimizando um pouco o incômodo da obra", conta Eduarda Soldera, gerente de produto da Stuhlberger.

Outra iniciativa cuja intervenção permanece mesmo após a entrega da obra foi a realizada no empreendimento Ink Champagnat, da Brookfield Incorporações. Em 2011, ano em que foi lançado, o empreendimento foi cenário do projeto Urban Gallery e recebeu a obra do artista curitibano André Mendes em um paredão de aproximadamente 35 metros de altura. A imagem, escolhida pelo público por meio de um concurso cultural, está exposta até hoje ao lado do prédio, podendo ser apreciada por quem passa pela região do Ecoville.

  • Obra do artista Poty Lazzarotto será exposta em edifício da VCG
  • Tela do artista paranaense Domício Pedroso
  • Parque das Artes, da VCG Empreendimentos, terá acervo permanente com mais de 60 obras expostas
  • Obra do paranaense Fernando Calderari

Além da localização e dos detalhes relacionados ao projeto, o apelo às artes vem ganhando destaque nos lançamentos imobiliários, acrescentando um ar de sofisticação ao mercado curitibano. O pré-lançamento da VCG Empreendimentos, Parque das Artes, é um dos empreendimentos que evidenciam esta tendência. Em construção na região do Parque Barigui, o residencial irá homenagear pintores e escultores paranaenses – como Carlos Eduardo Zimmerman, Poty Lazzarotto e Maria Ines Di Bella –, que darão nome às sete torres do empreendimento e terão suas obras expostas nos halls de entrada.

"A empresa tem gosto por arte. Decidimos colocar este toque artístico, que é muito difundido em outras partes do mundo, como uma forma de colaborar com a cultura", conta Cristiane Kilter, gerente de marketing da VCG. Além dos halls, as cerca de 60 obras do acervo do empreendimento serão expostas na Casa das Artes, um casarão antigo cadastrado como Unidade de Interesse de Preservação (UIP) que servirá de galeria e área de uso comum, com biblioteca, sala de jogos e de reuniões e salão gourmet.

O Thá Arts, em construção no setor histórico da capital, é outro empreendimento que dá destaque ao apelo artístico desde seu lançamento, quando foi realizada a iniciativa Galpão Thá Cultural – espaço colaborativo aberto para shows, exposições, cursos e debates. No prédio, as artes estarão representadas nos espaços comuns para exposições e apresentações artísticas, como o Palco Arts.

"A Thá nasceu em Curitiba e sentiu vontade de estar junto deste movimento de revitalização do centro por meio de um empreendimento que faz referência ao meio artístico e cultural", diz Patricia Alves Fehrmann, gerente de relações institucionais do Grupo Thá.

Na construtora Plaenge, a referência artística se dá pela escolha do nome dos empreendimentos, como o Mondrian, que harmoniza a estrutura em linhas retas ao trabalho geométrico do pintor holandês Piet Mondrian. "Sempre que possível procuramos associar nomes ligados à cultura e às artes. A construção civil nada mais é do que um processo artesanal que depende de pessoas, ou melhor, das mãos de vários artesãos que durante todo o processo construtivo passam anônimos e desapercebidos", analisa William Max Ribeiro, gerente regional da construtora.

Retorno

O investimento que traz as artes para dentro dos empreendimentos tem sido bem recebido pelos clientes, que se identificam com a proposta, além de impulsionar as vendas. Até janeiro, 30% das 196 unidades do Parque das Artes – que será lançado oficialmente em março – estavam comercializadas.

Cristiane lembra, entretanto, que apenas o conceito não sustenta o sucesso do empreendimento, que depende muito da qualidade do produto final. "A referência às artes é a 'cereja do bolo'. A homenagem e a presença das obras agregam valor ao empreendimento", avalia a gerente de marketing.

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