A Rua da Glória, no Centro Cívico, possui apenas duas quadras ou 460 metros de extensão. As duas metades são diferentes, principalmente no que se refere à vocação imobiliária e ao trânsito da via.
A primeira quadra começa na Rua Padre Antônio, via que passa ao lado do Colégio Estadual do Paraná antes de cruzar a Avenida João Gualberto, e é predominantemente residencial, com condomínios com mais de 15 anos de idade. Para os moradores, a palavra que define essa primeira quadra é tranqüilidade. "Não temos problema com barulho e ainda estamos perto de tudo, do shopping, do supermercado, enfim, do centro", diz a zootecnista Maybell Macedo, moradora da rua há dez anos. Segundo ela, os únicos problemas na via são uma onda de roubo de carros que já é passado e os motoristas folgados que, para não ter que dar a volta na quadra, usam a garagem dos prédios para manobrar. Neste trecho a rua possui duas mãos.
Já a segunda quadra tem vocação comercial, com casarões antigos há três para locação , conjuntos comerciais e órgãos da Prefeitura ali instalados (Companhia de Desenvolvimento de Curitiba, Instituto Municipal de Turismo e a Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego). "O único aspecto que dificulta a vocação comercial é a falta de estacionamento (permitido apenas no lado esquerdo). Por isso, as casas que não têm garagem para muitos carros, perdem valor para locação, ficando entre R$ 10 e R$ 13 o metro quadrado", diz Adalberto Scherer, diretor da Cibraco Imóveis, atuante na via.
Segundo ele, o futuro da Rua da Glória é comercial, mas, por causa do estacionamento limitado, será destinado aos pequenos negócios.
Trânsito
A segunda quadra da Rua da Glória é marcada também pela alta velocidade com que os carros passam por ali. Segundo a vice-diretora da Escola de Educação Especial Nilza Tartuce, Ana Maria Zen, toda a semana ocorre algum acidente na via. "A situação piora nos horários de entrada e saída da escola, quando os ônibus que fazem o transporte das crianças estacionam ao longo da rua. Com isso, a via fica mais estreita e propícia à acidentes", diz Ana Maria.
Há pouco tempo, a Diretran implantou soluções como placas de redução de velocidade e faixa de pedestre, além de uma sinalização no chão que faz com que os carros não passem tão perto da calçada da escola e tenham tempo de mudar de faixa, desviando dos ônibus de transporte escolar. Tudo isso, porém, não foi suficiente. "Esperamos outra solução, como um radar ou um guarda nos horários de entrada e saída", diz Ana.
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