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Lançado em novembro, o International Property Measurement Standard (IPMS)foi elaborado por mais de 55 organizações de diferentes países, entre elas o Secovi, de São Paulo | Antônio More/ Gazeta do Povo
Lançado em novembro, o International Property Measurement Standard (IPMS)foi elaborado por mais de 55 organizações de diferentes países, entre elas o Secovi, de São Paulo| Foto: Antônio More/ Gazeta do Povo

IPMS serve de referência para as transações imobiliárias

Mesmo com o pouco tempo de lançamento, o International Property Measurement Standard (IPMS) tem sido bem recebido pelas empresas e entidades que atuam no setor. Márcia Ferrari, gerente da Royal Institution of Chartered Surveyors (RICS) no Brasil, lembra que a norma não é uma regra, mas um referencial para as negociações imobiliárias. "Até porque cada país tem sua legislação, que deve ser respeitada e cumprida", afirma.

A gerente conta que o IPMS para prédios comerciais (office building) é dividido em três tipos de medição: área bruta total; área líquida e para cálculo de escritórios. O documento que reúne todas as orientações da norma está disponível no site www.ipmsc.org , porém, somente na versão em inglês. A RICS prepara a tradução do documento junto ao Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) e deve apresentar no primeiro de semestre de 2015 um guia de orientação para sua utilização. Enquanto isso, a coalizão irá continuar o trabalho de padronização das normas, agora voltadas aos imóveis residenciais.

Um novo padrão de medição de propriedades promete trazer transparência às negociações imobiliárias que envolvam investidores e imóveis localizados em diferentes partes do mundo. Lançado em nível global em novembro, o International Property Measurement Standard (IPMS) padroniza as questões referentes às medidas dos espaços comerciais com o objetivo de facilitar o entendimento sobre suas áreas, determinadas até então unicamente pela legislação vigente em cada país.

Márcia Ferrari, gerente da Royal Institution of Chartered Surveyors (RICS) no Brasil – organização especializada na qualificação de profissionais das áreas terrenos, propriedades e construção – diz que o esforço de se ter uma regra única surgiu da necessidade da substituição das normas utilizadas em diferentes localidades, que podem ser inconsistentes e confusas. A gerente conta que há regiões na Espanha que medem a área de lazer como integrante do espaço do escritório. Já na Califórnia, alguns lugares contabilizam apenas as áreas com sistemas de ar-condicionado, deixando espaços como os banheiros de fora da medição. Segundo uma pesquisa realizada pela Jones Lang LaSalle (JLL), a variação de áreas equivalentes pode chegar a 24% ao redor do mundo conforme o padrão utilizado na avaliação. "A distorção era gerada porque não havia uma regra comum. Em um comparativo, seria o mesmo que ter um jogo de futebol no qual fosse permitido a um dos times fazer gol com a mão. Eram regras diferentes para o mesmo jogo", explica Márcia.

Vantagens

A transparência para o investidor – que agora conta com uma norma única para a análise do investimento e a escolha do espaço para a ocupação–, e a consequente redução dos riscos dos negócios, sejam eles de compra, venda ou locação, estão entre os principais benefícios do IPMS apontados pelos especialistas.

"O fato de haver disparidade na forma de medir os imóveis fazia com que os investidores, que são cada vez mais globais, tivessem que comparar ‘bananas com laranjas’. Agora, a comparação pode ser igualitária. É uma pequena mudança que vai revolucionar a maneira como enxergamos o mercado imobiliário", diz Marcelo da Costa Santos, vice-presidente da Cushman & Wakefield, empresa de intermediação imobiliária. Claudio Bernardes, presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), acrescenta que a medida vai trazer tranquilidade para quem deseja investir no Brasil, assim como para os brasileiros que queiram internacionalizar seus negócios e não têm conhecimento sobre as regras de medição de cada localidade. "Esse é um primeiro passo. A tendência é que isso se expanda e todos passem a falar a mesma língua", diz.

Mais de 55 organizações ligadas ao setor de diferentes países participaram da elaboração das regras. Entre elas estão o Secovi-SP e as empresas RICS, CB Richard Ellis, Cushman & Wakefield e Colliers, todas com atuação no Brasil. "829994">

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