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Avenida Sete de Setembro: perfis distintos, do comercial ao residencial,  ao longo de seus sete quilômetros de extensão | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Avenida Sete de Setembro: perfis distintos, do comercial ao residencial, ao longo de seus sete quilômetros de extensão| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Transporte coletivo determinou ocupação

O sistema de transporte de Curitiba tem na Avenida Sete de Setembro um de seus eixos fundamentais. A via é importante nesse sentido desde o século 19 quando funcionava ali a Estação Ferroviária, onde hoje está instalado o Shopping Estação.

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  • Imóveis de alto padrão no entorno da Praça do Japão
  • Saiba mais sobre a Rua Sete de Setembro

Tráfego intenso de veículos durante todo o dia, movimento de ônibus e pedestres e grande variedade de co­­mércio são características que definem a Avenida Sete de Setembro. Mas uma das vias estruturais mais importantes da cidade tem perfis distintos ao longo dos seus sete quilômetros de extensão.

A via começa no cruzamento com a Presidente Beaurepaire Rohan, na altura da Praça das Nações, no Alto da XV. Nesse trecho a avenida mais parece uma rua de lazer, tem pouco movimento de veículos, muitas árvores e espaço para prática de caminhadas e corridas. "Moro aqui há 18 anos e é raro ter imóveis à venda nessa região. Acho que o principal motivo é a tranquilidade da rua. O título ‘avenida’ fica só para o endereço mesmo", relata Ana Tereza Ribas, moradora de um prédio na segunda quadra da Sete.

"A região onde começa a avenida tem predomínio de imóveis baixos e mais antigos. O preço daquela região fica entre R$ 1,6 mil e R$ 1,8 mil o metro quadrado", avalia Gerson Carlos da Silva, diretor da Galvão Planejamento Imobiliário e Vendas.

Outra característica do início da rua é a descontinuidade. Há vários trechos de interrupção por conta de viadutos, praças, largos e da linha férrea. Até o cruzamento com a Padre Germano Mayer a reportagem da Gazeta do Povo localizou apenas um apartamento para locação no número 380. O imóvel está disponível pela Mota Imóveis, tem 125 metros quadrados, todo mobiliado e uma vaga de garagem. O preço do aluguel é de R$ 1.000 por mês, além dos R$ 320 de condomínio.

Quando chega a região central a avenida assume perfil predominantemente comercial. Na altura do Mercado Municipal há várias lojas térreas ocupadas pelo comércio de utensílios domésticos, embalagens e implementos agrícolas. "Há diversas ‘setes de setembro’ e uma delas é essa, próxima da rodoviária, com poucas opções residenciais", observa Luis Nardeli, diretor da Rede Imóveis, organização que reúne 11 imobiliárias de Curitiba. Na esquina com a Conselheiro Laurindo há um terreno com 504 metros quadrados à venda por R$ 1,5 milhão pela imobiliária Futura.

Prédios mistos

Como reflexo do planejamento de ocupação urbana da cidade, os prédios da região central da Avenida Sete de Setembro até a altura da Praça do Japão são, em sua maioria, mistos, com galerias comerciais no térreo e unidades residenciais nos demais pavimentos. "É uma região com prédios estruturais, mais altos. A legislação obriga que as construções ali sejam mistas, o que favoreceu para que a Avenida ganhasse esse perfil comercial e movimentado", comenta Silva.

Nesse trecho as opções disponíveis são salas comerciais ou apartamentos menores, quase sempre para locação. São raros os imóveis à venda. "O perfil predominante de imóveis entre os shoppings Estação e Curitiba é de apartamentos menores, alguns até quitinetes. Esses são destinados à locação, atendendo à demanda de estudantes universitários. Quando aparece algum para venda, há fila de investidor querendo comprar", afirma Silva.

A reportagem localizou sete apartamentos e seis salas comerciais para locação nesse trecho da via. A administradora Gonzaga comercializa três apartamentos no mesmo prédio, no número 3.146. São unidades de um dormitório com tamanhos entre 44 e 73 metros quadrados. O preço do aluguel fica entre R$ 580 e R$ 650 mensais. "Depende da qualidade e conservação do imóvel, mas o preço médio de locação fica entre R$ 9 e R$ 13 o metro quadrado", explica Roberto Gonzaga, diretor da imobiliária.

Entre as salas comerciais há duas opções disponíveis pela M. Camargo no número 3.497. São salas de 47 metros quadrados por R$ 400 mensais. A Gonzaga está negociando também o aluguel de uma sala com 66 metros quadrados no número 4.214 por R$ 750 mensais.

O trecho em que a Avenida cruza o Batel e parte do Seminário (a via termina na altura da Edmir Silveira D’Ávila) tem outro perfil imobiliário. "As unidades residenciais são maiores e o perfil comercial é voltado para escritórios ou clínicas de saúde. Mas um traço é marcante nessa região a valorização crescente e o padrão elevado", diz Nardeli.

De acordo com o diretor da Rede Imóveis, o valor de locação comercial nesse ponto da Sete fica entre R$ 13 e R$ 15 o metro quadrado. En­­tre as opções está uma residência pa­­­ra fins comerciais na esquina com a Cândido Xavier. A casa com 18 peças está sendo locada por R$ 8 mil mensais.

A reportagem localizou ainda cinco apartamentos à venda nessa região com preços entre R$ 450 mil e R$ 700 mil e mais de 250 me­­tros quadrados. O preço por metro quadrado varia entre R$ 1,8 mil e R$ 2,2 mil.

A imobiliária Thá tem dois imóveis disponíveis na altura da Praça do Japão. Um apartamento com quatro quartos e 326 metros quadrados na esquina com a Padre Idelfonso por R$ 555 mil e outro no número 5.525, com 392 metros quadrados, por R$ 688 mil.

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