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De R$ 700 para R$ 470. Esta foi a redução na taxa de condomínio do edifício Angra dos Reis, em Curitiba, nos últimos cinco anos. O resultado foi alcançado em duas gestões de diferentes síndicos, que combateram de diversas formas os principais vilões das altas taxas: mão-de-obra, água e energia elétrica.

Segundo a síndica atual, Andréa Guimarães Heller, a primeira medida foi há quatro anos e nem teve como objetivo reduzir custos, mas aumentar a segurança: a portaria foi substituída por um sistema de alarme, depois de dois assaltos. Com isso, a redução no condomínio já foi substancial, passando de R$ 700 para R$ 550. Quando Andréa assumiu o prédio, foi feita uma revisão dos contratos com prestadores de serviços. "O gasto com o jardineiro, por exemplo, passou de R$ 220 para R$ 100."

A empresa que fazia manutenção do elevador foi trocada e o sistema de gás alterado. Andréa conta que o material de limpeza, que antes era comprado em supermercados, passou a ser adquirido em empresas especializadas. "Além de ser mais barato, eles vendem produtos concentrados e em maior quantidade", diz.

Até mesmo o racionamento de água que afetou a capital recentemente ajudou na redução da taxa de condomínio, que hoje está em torno de R$ 470. "Nós colocamos os números no papel e, como temos hidrômetro coletivo, isso auxiliou no consumo responsável", afirma Andréa.

A síndica do edifício Angra dos Reis fez justamente o que os especialistas indicam para reduzir ou pelo menos manter a taxa de condomínio. Segundo o economista e professor do Unifae Centro Universitário, Luis Antonik, mão-de-obra, água e energia elétrica – nesta ordem – são os grandes vilões do valor da taxa de condomínio. "Cerca de 90% das despesas são referentes a estes três itens", garante.

Maria Cristina Melqueiades da Rocha, sócia da Administradora de Condomínios Mineira, diz que a conscientização do condômino, principalmente no consumo de água e luz, também é importante. A gestão mais eficiente também leva tempo, acrescenta o consultor na área condominial, João Bosco Rebello.

A mão-de-obra é o custo que mais gera gastos para os síndicos. "Ela chega a representar até 50% do valor de um condomínio", garante Rebello. Segundo Antonik, estes profissionais são sindicalizados e, portanto, os pisos salariais têm de ser respeitados. Além dos salários, há os encargos trabalhistas que, de acordo com professor, chegam a representar até 70% do salário.

Há formas de reduzir este custo. Uma opção é contar com um porteiro apenas no turno da noite, aponta o professor. Maria Cristina diz também que muitos condomínios têm trocado a portaria por um sistema de segurança.

Com relação as duas outras despesas, Andréa dá a dica: realiza manutenções periódicas tanto no sistema elétrico como no hidráulico para reduzir custos maiores no futuro.

Outro ponto citado pelo consultor Rebello é quanto à economia em alguns serviços e produtos. Ele diz que deve ser feita, mas comparando serviços e comprando produtos com o mesmo nível de qualidade.

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