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No cruzamento das ruas Brigadeiro Franco e Acácio Corrêa se encontra uma das primeiras construções do Parolin. Hoje tombada pelo patrimônio histórico, a casa foi uma das principais residências da família que deu o nome ao bairro, localizado na região Sul de Curitiba. Ali morava Antonio, que dividia com os outros dois irmãos, João e Bortollo, os 200 hectares de terra conhecidas na época como a "Vila dos Parolin".

O fato de as terras dos Parolin terem permanecido nas mãos da família por muito tempo acabou se refletindo nas características do bairro. O proprietário da Imobiliária Buso, Jorge Buso, afirma que o bairro permanece predominantemente residencial até hoje justamente porque os terrenos foram os últimos a serem loteados em Curitiba. "É perceptível que a grande parte das casas são de alvenaria. As feitas de madeira são raras no Parolin, uma característica forte dos outros locais da cidade", analisa.

O executivo destaca que a região apresenta uma demanda firme por casas e sobrados. "Os preços são acessíveis para locação e venda", afirma. Por outro lado, o mercado imobiliário local não registra movimento semelhante ao de bairros vizinhos, como o Prado Velho e o Hauer. Para a supervisora de locação da imobiliária Noruega, Elaine Nezzi, isso se deve à pouca oferta disponível. "A maioria das pessoas que mora no Parolin é proprietária do imóvel que, muitas vezes, passa de geração para geração", diz.

Nascido no bairro, Celestino Jacob Buso, mecânico aposentado, lembra do bairro quando seus pais ainda eram agricultores e criavam vacas leiteiras, dos tempos em que o transporte era feito por bondes que passavam na antiga rua Guaíra, hoje Avenida Keneddy. "As crianças saíam de casa, descalças, e iam correndo até a única avenida que dava acesso ao centro. Como as ruas das região eram essencialmente de barro, costumávamos lavar os pés antes de chegar na estação."

Ele lembra dos inúmeros campos de futebol espalhados na região. "Era uma vida bonita e tranqüila. Em cada esquina tinha um campo improvisado que a ‘piazada’ jogava bola." Hoje, ele se queixa um pouco da segurança, mas afirma que não deixaria o bairro por nenhum outro. "A família Buso morou muito tempo nessa região e eu também pretendo continuar nela."

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