O 4º Prêmio de Design Movelpar, concurso que faz parte da Feira de Móveis do Paraná (Movelpar), alia o design e à funcionalidade no mobiliário. A escolha dos 48 finalistas, entre os 159 inscritos, levou em consideração a versatilidade dos produtos e as características de sustentabilidade ambiental que apresentam.
A prioridade por peças versáteis trouxe um novo foco para a temática do prêmio deste ano. O gerente da unidade do Centro Nacional de Tecnologia da Madeira e do Mobiliário (Cetmam) do Senai em Arapongas, Nilson Carlos Estefani Violato, explica que nas outras edições os temas envolveram o conceito dos móveis e os materiais utilizados. "Já tivemos abordagens como a de aproveitamento de materiais e do uso de novos produtos. Agora os critérios estão mais voltados para o conceito da utilização e consumo."
Outra novidade do prêmio é a inclusão da modalidade industrial, que se une à participação dos estudantes e profissionais liberais. Os projetos inscritos se dividem em três categorias: residencial, escritório e móveis especiais, que incluem peças para espaços como clubes, hospitais e restaurantes. "Nosso objetivo é fazer a indústria, o profissional e o estudante refletirem sobre o design e o contexto em que está inserido, aliado principalmente à questão de sustentabilidade", ressalta Violato.
Os critérios de análise no concurso incluem a avaliação do impacto ambiental no uso de materiais e tecnologias, a versatilidade e a funcionalidade dos móveis. Questões de ergonomia, relação custo-benefício, viabilidade de produção e comercialização também serão avaliados. "É preciso que o projeto tenha originalidade, seja criativo e inovador. O móvel tem de ser viável industrialmente", diz o gerente do Cetmam.
Avaliação e premiação
Entre os inscritos estão participantes regionais e também de todo o Paraná, Brasil e até da América Latina. Nilson Violato comenta que as criações serão julgadas sem que os avaliadores tenham acesso a informações como nome da localidade ou dos criadores. "São apresentados apenas os projetos, suas descrições e características, para não influenciar na decisão final."
Na segunda fase do julgamento serão avaliados os protótipos dos móveis, que devem ser entregues até o dia 13. O júri é formado por profissionais especializados e renomados do setor, como Ivens Fontoura, designer e crítico de design, e Bernadete Brandão, designer que trabalha com o conceito de ecodesign e sustentabilidade desde 1994. Também participarão Renato Bernardi, supervisor de Educação e Tecnologia do Centro Tecnológico do Mobiliário (Cetemo) e Claudia Dias Oliveira, coordenadora das ações na área de design do Senai no Espírito Santo.
Os finalistas concorrem a prêmios em dinheiro, na quantia total de R$ 35 mil, que será distribuída entre os primeiros e segundos colocados de todas as categorias. Serão selecionados os três melhores trabalhos de cada uma das modalidades. Os vencedores receberão ainda certificados e troféus. "Para os estudantes, o ponto alto da premiação é a oportunidade de se preparar melhor para o mercado. Ganham visibilidade nacional e internacional, que vai desde a indústria até o consumidor. Mais do que o destaque no currículo, ganham a experiência de conhecer o processo produtivo na prática. É a oportunidade de aprimorar seus conhecimentos."
Para o profissional de design, Violato destaca o reconhecimento e a consagração pelo bom trabalho realizado. Já para a indústria, ele classifica a importância do prêmio como uma forma de se diferenciar das demais empresas que estão no mercado. Os trabalhos finalistas farão parte da exposição Mostra Design, que ocorre durante a Movelpar.
O resultado final será divulgado durante a abertura oficial da Movelpar, em 9 de março. A feira será realizada até 13 de março, no Centro de Eventos Expoara, em Arapongas, no Norte do Paraná. A cidade é um dos mais importantes polos moveleiros do país.
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