Diversidade de projetos

• 0

O arquiteto Manoel Dória, formado há 18 anos, tem seu nome em empreendimentos de grande porte, principalmente no Paraná e Santa Catarina. No entanto, ele diz que sua ocupação é a arquitetura sem distinção, seja ela uma reforma ou as grandes obras.

Dória conta que sempre foi ligado à arte. Quando pequeno desenhava bem. Mais velho, trabalhou em uma oficina de serigrafia e não teve nenhuma dúvida em escolher a profissão. Para ele, a arquitetura "é a expressão máxima da arte no meio urbano".

O arquiteto começou a faculdade na Universidade de Santa Catarina (UFSC) e como veio morar em Curitiba concluiu o curso na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em 1988. Dória diz que, neste período, os estágios pelos quais passou foram importantes para sua formação profissional. "Eles nos disciplinam para o dia-a-dia."

Tendo como inspirações os arquitetos americanos Frank Ghery (responsável pelo Museu Guggenheim, em Bilbao, Espanha), Frank Loyd Wright, o espanhol Gaudi e o brasileiro Oscar Niemeyer, Dória diz que prefere seguir uma linha com elementos clássicos, mas com uma linguagem contemporânea. Entre as obras de destaque estão o projeto arquitetônico original e a reforma do Shopping Estação, o hotel Four Points Sheraton, ambos em Curitiba e o Shopping Müeller de Joinville (SC).

Seu processo de criação é como o de um artista. Ele conta que anda sempre com uma lapiseira e, se está no meio de um projeto, anota os insights em qualquer lugar. Dória, que começou na profissão quando o computador não tinha a importância que tem hoje, valoriza o desenho feito à mão – "arquiteto tem de saber desenhar" –, mas revela que, em projetos muitos grandes, o computador é essencial.

Na sua avaliação, os empreendimentos têm de ser tratados com o respeito e a representatividade que têm. Foi o caso da fachada do hotel Sheraton, em Curitiba. O edifício se destaca na Avenida Sete de Setembro por elementos fracionados e pela torre metálica com luz.