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Se em Curitiba os problemas causados pelas ruas não-pavimentadas são grandes, imagine na maior cidade brasileira, São Paulo. Pensando nisso, o Departamento de Transportes da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP) desenvolveu uma alternativa ambientalmente correta e barata para asfaltar vias urbanas: o pavimento ecológico.

O pavimento desenvolvido pela Poli é feito a partir de entulho da construção civil, como restos de pilares, vigas, tijolos, telhas e argamassa, além de pneus velhos. A tecnologia já está sendo utilizada para pavimentar os três quilômetros de vias e estacionamentos do campus da USP na zona Leste, que foi inaugurado no início deste ano. Metade da obra já está pronta e a expectativa é que o último trecho seja concluído até o final deste ano.

O uso do pavimento ecológico é um bom exemplo de como associar desenvolvimento à preocupação ambiental: sua utilização na USP Leste evitou que 15 mil toneladas de entulho e cerca de 6,5 mil pneus velhos fossem parar nos aterros da cidade ou depositados ilegalmente à beira de estradas, ruas e córregos. Só a cidade de São Paulo produz cerca de 16 mil toneladas de entulho de construção civil por dia.

Agora a Poli irá apresentar a tecnologia à Secretaria de Infra-estrutura Urbana e Obras da Prefeitura de São Paulo como alternativa para asfaltar as vias da periferia da cidade. Atualmente, existem cerca de 4 mil quilômetros de ruas sem pavimentação na cidade. "Não é possível organizar bem o espaço urbano enquanto existirem ruas sem pavimentação", afirma a chefe do Departamento de Engenharia de Transportes da Poli, Liedi Bernucci, que coordena as pesquisas sobre o pavimento ecológico.

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