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Recentemente a Caixa Econômica Federal anunciou que passaria a permitir a combinação de cartas de crédito para a aquisição de imóveis de maior valor. Com esta decisão, o banco se rendeu a uma situação que o mercado de consórcio já vinha antecipando: cada vez mais o sistema de compra programada é usado por compradores de alto poder aquisitivo para adquirir bens acima de R$ 200 mil.

O valor da maior carta de crédito oferecida pela Caixa continua sendo de R$ 200 mil. O que muda é que, a partir de agora, os consorciados podem utilizar mais de uma carta de crédito para adquirir um único imóvel. "Com a mudança, esperamos atender a demanda de uma parcela de clientes que gostariam de fazer um consórcio, mas não se encaixavam no limite de R$ 200 mil", explica o diretor da Caixa Consórcios, Ricardo Talamini.

A decisão se baseia em uma análise simples: o padrão dos imóveis varia muito de cidade para cidade, o que acabava deixando de fora do raio de ação do banco federal clientes potenciais em grandes capitais. "Em cidades onde o custo de vida é mais alto, como São Paulo e Brasília, um bom apartamento de três quartos custa pelo menos R$ 300 mil. E é justamente esse o limite que o cliente poderá obter com a soma das suas cartas de crédito", acrescenta.

O novo benefício só estará disponível para os clientes quando a soma das cartas for superior ao valor máximo da carta oferecida pela administradora, que hoje é de R$ 200 mil. As cotas adquiridas devem ser parte de um mesmo grupo e só poderão ser utilizadas após a contemplação. Por enquanto, não será permitida a utilização de mais de uma carta de crédito para reforma, ampliação ou construção de imóveis.

A tendência dos clientes de consórcios em adquirir imóveis de valor cada vez maior já vinha sendo sentida por outras administradoras. Na Ademilar, de Curitiba, o limite já era de R$ 350 mil, valor atingido pela combinação de mais de uma carta de crédito. Ao contrário do que estabelece a Caixa, porém, a Ademilar permite que as cotas adquiridas sejam de grupos diferentes . Além de comprar, o consorciado também pode optar por construir, reformar ou ampliar um imóvel comercial ou residencial.

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