Modernidade e preocupação com o reaproveitamento dos recursos naturais são características do novo prédio que abrigará, a partir do ano que vem, o gabinete do governador Roberto Requião e 12 secretarias estaduais.
O edifício, que ficou conhecido como esqueleto do Centro Cívico por ficar inacabado por duas décadas, foi reconstruído nos padrões do que os engenheiros chamam de obra inteligente. O mérito do título, segundo o engenheiro Celso Martins, da Thá Engenharia (responsável pela obra), está no planejamento. Para aproveitar a luz natural, parte da fachada tem vidro o que permite a economia de energia elétrica. Também foram usadas brises (placas de alumínio) que bloqueiam a luz do sol e evitam o uso de cortinas nas salas.
Outro destaque da obra é o reaproveitamento da água da chuva para a limpeza do prédio e o sistema de tratamento do esgoto, que contempla duas redes. "Uma é de esgoto cinza (leve) que vem das torneiras e depois é enviado para o sistema de tratamento do próprio edifício para, em seguida, ser reutilizada nos vasos sanitários. Outra é de esgoto bruto que vai direto para a Sanepar", explica Martins.
Por causa da sujeira e do limo que se formou ao longo dos últimos 20 anos em que ficou paralisada, o engenheiro conta que a primeira medida para a retomada foi uma lavagem completa do edifício. "Não havia condições de começar nada antes de limpar os resquícios. Em seguida foi necessário revisar toda a estrutura do esqueleto. Para se ter uma idéia, com apenas um pulo era possível sentir as paredes se mexendo não havia condições de construir nada sem reforço estrutural", diz.
Para corrigir os problemas foram adicionados pilares e vigas na estrutura antiga. Depois, com a implementação do projeto arquitetônico, redefiniu-se o aproveitamento dos espaços e o uso de materiais como alumínio e placas de granito que corrigiram as paredes e as vigas tortas.
Uma nova construção foi feita para abrigar os oito elevadores de uso comum, no miolo do edifício. "No antigo projeto os elevadores ficavam nas extremidades. Para não perder a estrutura existente, no lugar foram instalados os banheiros, são mais de 20."
Ao todo, o edifício ficou com 24 salões distribuídos em 29.736 metros quadrados. No sexto e último andar ficará o gabinete do governador, que sairá do Palácio Iguaçu a partir do dia 1.º de janeiro. Na cobertura foi instalado um salão de eventos e um escritório privativo.
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