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Claudia Chacur Gobbi, cirurgiã dentista, e o marido Marcos, técnico em prótese dentária, estão há quase um ano à procura de uma sala comercial maior | Daniel Derevecki / Gazeta do Povo
Claudia Chacur Gobbi, cirurgiã dentista, e o marido Marcos, técnico em prótese dentária, estão há quase um ano à procura de uma sala comercial maior| Foto: Daniel Derevecki / Gazeta do Povo

O segmento comercial foi retomado na cidade, mas ainda segue instável. Segundo a pesquisa Perfil Imobiliário de Curitiba, há uma grande oscilação no número de liberações de 2003 a 2009 (considerando o parcial até setembro deste ano), o que reflete em uma instabilidade também no número de lançamentos e de conclusões. Após uma queda de 2003 a 2005, nos anos de 2006 e 2007 não houve nenhum lançamento no perfil. Já em 2008 e 2009 (até setembro) foram lançadas 320 e 395 unidades, respectivamente.

Em alvarás liberados para novos prédios comerciais, houve um salto de 1.610 para 1.810 conjuntos, de 2007 para 2008, um crescimento de 21%. Em 2009, espera-se um número menor que em 2008, mas próximo ao de 2007, já que de janeiro a setembro apenas 1.264 unidades comerciais foram liberadas.

Os dados mostram que o mercado imobiliário curitibano está atuando de forma conservadora no setor comercial. É o que diz Marcos Kahtalian, diretor da Brain. "O mercado curitibano não é tão agressivo, não se antecipa à demanda: espera ela acontecer para então investir", explica. Ele conta ainda que o segmento comercial terá mais lançamentos no ano que vem, mas alerta que não será um boom. "É um crescimento natural, que acompanha a demanda da cidade."

Um comportamento como esse gera falta de imóveis desse perfil. A cirurgiã dentista Claudia Chacur Gobbi, de 36 anos, e o técnico em prótese dentária Marcos Gobbi, de 39 anos, sabem bem disso. À procura de um local para ampliar sua clínica há quase um ano, estão enfrentando dificuldades. "Não se encontra imóvel em uma localização adequada; além disso, os preços não ajudam", conta Claudia, que já chegou a encontrar um imóvel de apenas 22 metros quadrados de área útil por R$ 130 mil reais. "Nosso caso é ainda pior: precisamos de um local grande, e atualmente não há conjuntos amplos, só se eu comprasse várias salas em um mesmo andar", explica.

O presidente da Redeimóveis (grupo de 11 das principais imobiliárias de Curitiba) e diretor geral da Galvão Vendas, Gerson Carlos da Silva, diz que essa carência se deve a três fatores: economia crescente; demanda reprimida; e, até há algum tempo, falta de crédito a longo prazo para esse tipo de imóvel. "Além disso, o consumidor que adquire um conjunto comercial tem um plano de permanência longo. Então não há um giro grande nesse nicho."

Os novos

Ao todo, há nove empreendimentos comerciais novos na cidade hoje, no Água Verde, Bigorrilho, Centro, Centro Cívico, Juvevê e Ecoville. São 1.344 unidades, com 55 metros quadrados em média, sendo 483 disponíveis até outubro (36%). O preço médio é de quase R$ 230 mil (cerca de R$ 3 mil o metro quadrado).

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