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A infraestrutura de transporte e serviços (engrossadas pela construção de novos supermercados e shopping centers) é atrativo na Região Sul de Curitiba | Daniel Derevecki / Gazeta do Povo
A infraestrutura de transporte e serviços (engrossadas pela construção de novos supermercados e shopping centers) é atrativo na Região Sul de Curitiba| Foto: Daniel Derevecki / Gazeta do Povo

2,4% ao ano...

...é o crescimento vegetativo do Portão, bairro da região com maior expectativa de expansão. Dos 171 mil habitantes atuais, deverá chegar nos 200 mil em 2020.

1.867 unidades são esperadas anualmente nos bairros que compõem essa região para atender as mais de 22 mil novas residências que surgirão até 2020.

3,2 habitantes por domicílio é a média nessa região da cidade. Os dados apontam que o perfil dos moradores é marcado principalmente pelos casais com um filho ou dois.

  • Igreja Bom Jesus do Portão. Bairro representou 29,6% dos apartamentos lançados em 2008 em Curitiba
  • O Portão foi o grande responsável pelo crescimento da região nos últimos anos. É o segundo colocado em oferta de imóveis recentemente lançados ou construídos, com 2.140 unidades

Com a ascensão do Ecoville (união dos bairros Mossunguê, Campina do Siqueira e Campo Comprido), criou-se uma ideia de que a Região Sul de Curitiba não acompanhava esse desenvolvimento. Um grande engano. Embora a área localizada no oeste da cidade tenha mesmo recebido grande número de lançamentos imobiliários e hoje seja responsável pela maior oferta, os bairros ao sul não ficaram distantes desse aquecimento da construção.

No ano passado, por exemplo, Portão, Capão Raso, Fazendinha e Novo Mundo foram responsáveis por 42% dos apartamentos (característica imobiliária mais marcante) lançados na capital paranaense. Esse índice representa 2.060 unidades. O Portão foi o principal responsável, representou em 2008 exatos 29,6% dos lançamentos verticais de Curitiba. A alta na liberação de alvarás aponta que os próximos anos devem continuar produtivos.

Assim como os lançamentos, a média de conclusão anual dos apartamentos também é elevada. De 2003 a 2008 tem sido de 454 unidades. A relação entre alvarás e construções concluídas mostra que, historicamente, o que é liberado é finalizado.

Padrões variados

Com ampla variedade de lançamentos, diversos padrões de empreendimentos têm sido lançados na Região Sul. Atualmente, esses bairros têm 34 prédios à venda. Ao todo, são 3.394 unidades ofertadas. Desse volume, os mais representativos são os apartamentos do tipo standard, correspondentes a 37,9%; e econômico, com 33,5% do total. Em números reais, 1.288 e 1.388 unidades, respectivamente.

Porém, são nos padrões mais baixos que o sucesso é mais visível. Dos 34 empreendimentos à venda, 16 são econômicos. Os chamados supereconômicos (que custam até R$ 120 mil) são esgotados com rapidez. Apesar de representarem 28,5% do que foi lançado (968 apartamentos), apenas 11,9% (105) ainda estão à venda.

Maria Tereza Adorian, corretora da imobiliária Nova Aurora, com atuação na região, explica o fenômeno de vendas dos apartamentos mais baratos. "Esses são bairros excelentes para se morar. Há uma infraestrutura digna do Centro, com um shopping center grande e outros de médio e pequeno portes, mas com um custo de vida bem mais baixo. Por isso, a classe média e média-baixa faz fila quando sai um empreendimento com custos razoáveis, principalmente até R$ 100 mil", diz.

Com esse perfil de padrão, os apartamentos da região têm preços bem abaixo da média da cidade. Sobretudo os de dois e três dormitórios, que chegam a custar 53,8% a menos do que o valor médio de Curitiba. No geral, um apartamento na Região Sul custa R$ 171 mil, enquanto em outras regiões da cidade sai por R$ 372 mil.Condição que atende famílias de renda média de R$ 2 mil, um pouco abaixo a da cidade (R$ 2,6 mil).

O Portão, no entanto, se levado em conta sozinho, tem renda familiar média de R$ 3,1 mil – é a maior da região e superior à média da cidade. "A vantagem do preço com a praticidade de todos os serviços oferecidos fazem da Região Sul um endereço ideal para a classe média. Todos os meses vendemos diversas unidades para essas famílias, ainda em formação, e que procuram o primeiro imóvel" diz, Irene Azevedo, da Azevedo Imóveis, que atua no Portão, Novo Mundo e Capão Raso.

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