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Oito bairros da Linha Verde terão 22 mil novos moradores em 2020 | Daniel Derevecki / Gazeta do Povo
Oito bairros da Linha Verde terão 22 mil novos moradores em 2020| Foto: Daniel Derevecki / Gazeta do Povo

Zona Norte: herança de 1970

Na região da Avenida Paraná, que envolve os bairros do Bacacheri, Boa Vista, Santa Cândida e Tingui, o motivo do crescimento imobiliário previsto para os próximos anos é uma combinação de dois fatores: a saturação dos bairros Juvevê e Cabral e o sistema trinário de transporte (composto por duas vias rápidas e uma expressa para os ônibus), herança da década de 1970 que faz com que a região receba a denominação de setor estrutural e favoreça o adensamento populacional no seu entorno.

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Primeira fase da Linha Verde rende resultados

A região da primeira fase do eixo de urbanização da antiga BR-476, a Linha Verde, –que compreende bairros como Fanny, Guabirotuba, Guaíra, Hauer, Lindoia, Parolin, Prado Velho e Xaxim – promete uma grande expansão nos próximos anos.

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Melhorias urbanas e a tendência natural de adensamento são o que tornam os bairros da Linha Verde (Fanny, Guabirotuba, Guaíra, Hauer, Lindoia, Parolin, Prado Velho e Xaxim) e da Avenida Paraná (Bacacheri, Boa Vista, Santa Cândida e Tingui) o futuro do setor imobiliário na cidade.

A previsão do Perfil Imobiliário de Curitiba, com base nos dados do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), é que a região da Linha Verde tenha 22 mil novos moradores em 2020 e 16.215 novos domicílios, tendo o Xaxim como carro-chefe desse crescimento, com uma média de 850 novos domicílios anuais até lá. Já a zona norte terá um acréscimo de cerca de 13,6 mil residentes e 12.147 imóveis na próxima década, com destaque para o Santa Cândida, com uma média anual de 588 novos domicílios.

"Com a inauguração da Linha Verde, houve uma mudança de padrão construtivo. A estrutura viária mudou e a oferta de serviços aumentou, o que valorizou os imóveis na região", explica o economista e diretor da Brain, Fábio Tadeu Araújo. "A região do Santa Cândida era um eixo estrutural, mas o mercado demorou para chegar até lá."

Para o coordenador do Banco de Dados do Ippuc, Lourival Peyerl, a iniciativa privada é muito ágil em identificar potencialidades. "O poder público sinaliza uma determinada ação e as empresas, imediatamente, fazem um estudo e investem nos locais determinados."

Várias construtoras e imobiliárias observaram o potencial dessas duas re­giões: LN, Sensata, Casteval, Paysage, MRV e Tenda têm empreendimentos em andamento – e outros entregues – no entorno da Linha Verde (principalmente no Xaxim e Guabirotuba), enquanto que a Vanguard Home (do grupo Plaenge), a Flor de Lis, a Porto Camargo, a Monte Sião, a Atenas e novamente a Sensata e a MRV estão com lançamentos no setor estrutural norte da cidade – especialmente nos bairros Boa Vista e Santa Cândida. "As construtoras estão vendo que essas áreas têm um custo ainda acessível de terreno", analisa o presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário no Estado do Paraná (Ademi-PR), Gustavo Luis Selig. Para ele, a região da Linha Verde crescerá mais em empreendimentos comerciais e residenciais econômicos e standard, enquanto que a região da Avenida Para­ná, uma zona mais dormitório, com mo­­­radores que trabalham na região central, se voltará para prédios residenciais standard e médio. "A tendência é que essa região (norte) se expanda como extensão do Juvevê e Cabral."

O perfil dos moradores das duas regiões é semelhante, com casais jovens na faixa etária de 30 anos. A diferença está na renda: na Linha Verde é de R$ 2,1 mil; na Avenida Paraná a renda sobe para R$ 2,6 mil.

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